*Por: Lino Tavares
A meu juízo, o presidente Médici foi o melhor que o Brasil teve em toda a sua história. Em que outra fase de governo se teve tanto progresso e paz social como na dele.? E, de lambuja, ainda se ganhou a Copa de 70 com a melhor seleção de todos os tempos. Vale lembrar que Médici, amante do futebol, prognosticou o placar de 4 a 1 que o Brasil aplicou na Itália, na final daquela memorável conquista, no México.
Ao lado do edifício Central Park Residence, em Laguna-SC, onde tenho apartamento de veraneio, existe uma casa de dois pisos – simples, mas confortável – que, segundo uma senhora que encontrei na praia, pertencia (ou ainda pertence) à família Médici. Ela contou que o presidente Médice ia veranear lá e costumava se interessar pela vida dela e do caseiro, sempre perguntando se não lhes faltava nada e se propondo a ajudá-los no que fosse preciso. Disse, com os olhos marejados, que não conheceu pessoa mais generosa do que esse seu antigo patrão.
Essa colocação vale como uma espécie de desagravo à figura desse grande brasileiro que as maledicências caluniosas, grande parte delas cultivada na “mídia raivosa”, tentam enxovalhar através de um revanchismo sórdido por parte dos que não se conformam, até hoje, que o Exército Brasileiro – tão a serviço da Pátria quanto essas frações de tropa que hoje combatem o crime organizado no Rio – tivesse impedido que se consumassem as ações dos traidores que queriam entregar nossa soberania aos ditames de Moscou, naqueles tempos da “Guerra Fria”.
Ela vem à tona depois que o ministro da Defesa, Nélson Jobim, em recente pronunciamento numa cerimônia de formatura realizada na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende-RJ, disse de forma simplista e irreverente que os militares deveriam esquecer o passado, como se houvesse algo de que pudessem se envergonhar na sua senda de glórias e vitórias.
Cometeu esse desatino, como uma espécie de “reprimenda” ao fato de o grupo de cadetes formandos ter como Patrono de Turma o nome do ex-presidente Emílio Garrastazu Médici. Jobim, que costuma vestir a farda que não lhe pertence em “jornadas pirotécnicas”, perdeu, sem dúvida, uma excelente oportunidade de ficar calado naquela cerimônia de Entrega do Espadim.
* Lino Tavares é jornalista
OS LIVROS ESCRITOS POR PESSOAS MAL INTENCIONADAS, NÃO FALAM A VERDADE. RELATAM DISTORCIDAS ESTÓRIAS, POR PESSOAS MAL INTENCIONADAS.
EU VIVI NA ÉPOCA COM MUITO ORGULHO E TENHO SAUDADE. O QUE ACONTECEU NO RIO É UM RETRATO DO PASSADO, OS MILITARES SEMPRE FORAM CONTRA A DESORDEM. PORQUE LULA E SUA CORJA DE CORRUPTOS, NÃO FALAM MAL DOS MILITARES AGORA? O TEMPO É SÁBIO.
concordo em partes, eu por exemplo não vivi essa época pra ter certeza, hehe
brincadeira
os livros de História não colocam dessa forma, mas quero dizer que não credito em tudo que os livros dizem e é bom estar sempre aberta para novas opiniões e novos olhares sobre os fatos…
compactuo contudo da ideia de que o cadete (é cadete né?) foi incoerente e melhor seria o seu silêncio…
Olá, tenho opinião idêntica a respeito do valoroso Medici, quanto a Jobim, advoga em causa própria pois acredita que seu passado deve ser esquecido, tendo inclusive sido acusado de manter trabalhadores escravos em sua fazenda. O ministro é um bufão, freqüentemente fantasiado de algum herói, como naquela imagem em que se aproxima de uma onça domesticada