Maria Marçal
Roberto Carlos na sua arte de tratar das questões emocionais tem uma música que expressa o quanto somos fracos para tomarmos decisões rompendo laços que não estão mais ao abrigo do amor.
Chama-se De tanto Amor.
E por que nos amarramos à lembranças, a expectativas que não acontecem, a relacionamentos que exigem mais do que dão?
Aonde se esconde a fortaleza que nos liberta, que nos faz começar o dia com um sorriso, destituindo do cargo este amor amargo, silencioso na intimidade de cada um.
Muitos dizem que não seremos impulsionados a terminar relações sem amor, se não tivermos outro amor para substituí-lo.
Não acredito, particularmente, nessa versão.
Por vezes é melhor procurar a paz desacompanhada do que trocar de par tentando encontrar no seguinte o que faltou no anterior.
E nesse turbilhão de sentimentos sombrios, enroscados na indecisão, as pessoas vão deixando o tempo passar, agarrados a um nó que não se desfará enquanto a ‘vítima’ não segurar a ponta enovelada e trabalhar até o seu final, o que nada mais é do que a libertação.
Para que se prender à corda ruída?
A resposta está quando se descobre que sorrir é melhor do que chorar!
Cada um a seu tempo, tenho certeza, tem esta capacidade de emergir, se reconstruir com dignidade.
Sim! a dignidade deve ser vista como âncora para findar relacionamentos difíceis, sem amor, acomodados na indiferença.
Certa vez, no auge do sofrimento de minha separação uma amiga/colega psiquiatra me disse:
– Está na hora de reagir, Maria!
Foi aí que percebi o quanto meus amigos me viam mal, destruída, incapaz.
Palavrinhas mágicas tem esses realmente amigos, pois nos ajudam assim a desfazer o nó.
Depois daquilo participei de um concurso literário, onde contava como fiz para sobreviver afetivamente. O resultado foi um livro com a publicação de meu Conto.
Serve, portanto, este texto para dizer a quem passa pela indecisão de tocar o ‘seu barco’ que tudo tem saída, quando se olha para cima…quando se credita ao nosso Ego a capacidade de reação.
Claro que não é simples…mas até se aprender a andar precisa de nosso esforço pessoal.
Um grande abraço, amigo leitor.
Maria Marçal
obs.: Dra. Miriam – me lembrei de ti com este texto. O obrigada ainda está valendo!
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Meu querido! somente agora estou lendo teu belo comentário.
Agradeço e digo que enriquece, com a música, este texto.
beijo,
Maria Marçal
Romper um antigo laço,ir embora assim…
é preciso que já não haja mais nada a nos prender,
nem mesmo uma palavrinha sequer!
-Como?Como não há mais nada!?
-Paguemos então na mesma moeda…com Roberto!
Que é pra gente saber de uma vez por todas que
essas coisas,passe o tempo que passar,jamais vão
ficar bem resolvidas -aposto que não!Falo por mim:
http://www.youtube.com/watch?v=2WmrUY3ZCc0