(*)Por Wilmar Marçal

Desde a antiguidade o homem busca através de normas e leis estabelecer o equilíbrio na sociedade.

Algumas vezes o bom-senso e a razão não são suficientes para sensibilizar pessoas e governantes.

É preciso viver na prática a essência de atuar e agir em prol daqueles que esperam nas leis o cumprimento e a perfeita sinergia entre direitos e deveres.

De modo destacado, o governo federal fez, e vem fazendo, vultosos investimentos em possibilitar que muitos brasileiros e brasileiras estudem Medicina em países de língua latina, especialmente em Cuba.

Por outro lado, o sonho de praticar a profissão esbarra na vaidade de alguns professores e professoras que, revestidos de “deuses e deusas”, não convalidam os respectivos diplomas.

São os conhecidos colegiados de cursos das universidades públicas, que, composto por “titulados seres” mostram-se inoperantes em tentar resolver o problema social da saúde pública.

Seus membros se intitulam “juízes” e barram o procedimento de regularização dos diplomas conseguidos no exterior.

Situação real e anacrônica. No momento em que vivemos a globalização, que permuta cientifica e cultural se fazem on-line, ainda há resquícios de alguns “doutores” em Universidades em querer a realidade longe do que seja plausível.

Ora, o curso de medicina em Cuba é sim um modelo de prevenção muito interessante para os países como o Brasil, que vive o ressurgimento de doenças tropicais, algumas de caráter epidêmico, como tuberculose, dengue, febre amarela, sífilis e tantas outras.

A negativa de algumas Universidades Públicas na convalidação dos diplomas aos recentes profissionais é muito mais uma insegurança profissional por parte dos que não querem a boa e importante competitividade.

A medicina não pode ser um mercado e não deve permitir o corporativismo. Aos “médicos medrosos” que, por vezes, se vestem de beca e capelo, julgam a improcedência e a decência dos diplomas conseguidos em boas universidades fora do Brasil, resta somente aplicar a Lei, ou melhor, o rigor da lei.

Por isso, este ato de convalidação dos diplomas obtidos no exterior, precisa ser motivado pelo legislativo, pois se deixarmos para o executivo jamais haverá avanço.

Quando alguns seres humanos, de referida classe, mortais como todos, ainda insistem em prevaricar o bem-estar da população pela ganância em não dividir benefícios, está na hora de ações legais. A lei também serve para quem persiste no mau-senso.

* Wilmar Marçal é professor universitário e ex-reitor da UEL./Pr.

11 thoughts on “O Rigor da Lei

  1. Mari Costa says:

    Oi Giba

    Sua postagem é de extrema improtancia e relevancia, Cuba é exemplo e referencia na area de medicina, tem ate um documentario de Roger moore que compara o sistema de saúde de Cuba, Inglaterra e França com o dos EUA, Moore critica a forma como os EUA tratam o assunto.
    Mas em referente as leis, elas foram feitas para ser cumpridas.
    Bjs no coração

  2. Rose says:

    Giba,O Ministério da Educação, juntamente com o Ministério da Saúde, irá promover, ainda no primeiro semestre de 2010, o inédito exame nacional, que traz mudanças na sistemática de verificação das competências e habilidades de médicos formados em outros países e que desejam exercer a Medicina no Brasil.

    No Brasil, são ao todo 25 universidades públicas que participam do processo
    Todos os médicos formados no Brasil devem, obrigatoriamente, ter seus diplomas regis¬trados no MEC, pré-requisito para o registro no CRM. Da mesma forma, não podia ser diferente, todos os brasileiros formados em escolas médicas do exterior são obrigados a revalidar seus diplomas em universidades públicas brasileiras reconhecidas pelo MEC.
    Por outro lado, decisões judiciais – nenhuma delas em caráter definitivo e sempre contestadas, chegaram a conceder a médicos estrangeiros o direito de obter registro profissional no Cremesp, mesmo sem a revalidação de seus diplomas no Brasil e sem o contestadas – chegaram a conceder a médicos estrangeiros o direito de obter registro profissional no Cremesp, mesmo sem a revalidação de seus diplomas no Brasil e sem o reconhecimento do MEC.
    No momento em que fazemos sérias críticas diante da precariedade de parte do ensino médico no Brasil, não seria possível admitir facilidades à revalidação de diplomas obtidos em escolas do exterior que oferecem formação sabidamente pior que a nossa.

    O Cremesp ressalta seu profundo respeito e reconhecimento aos médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior que obtiveram a revalidação por vias legais. Muitos deles já estão devidamente registrados no CRM e exercem legalmente a profissão, prestando relevantes serviços nas áreas de assistência, ensino, pesquisa e gestão.
    Essa é a justificativa do Cremesp, é ficar de olho e acompanhar.
    Boa matéria, grande abraço
    (Rose)

  3. Silvana Marmo says:

    Olá Giba,
    O comentário é do meu filho:

    Estava lendo a noticia no blog que você indicou.
    Logo no inicio vi a seguinte frase: “É para isto que servem as religiões? Intolerância religiosa agressiva e com vítimas? Preconceitos homofóbicos? Alianças políticas? Religiões… ah, religiões. Pregam uma coisa e praticam outra.”
    No parágrafo seguinte o autor da noticia inicia com “Eis aí mais uma das razões por que combatemos as religiões”
    Na minha opinião a religião não comete crime nenhum, não faz vítimas e nem agride ninguém, quem faz isso são as pessoas, que tem a capacidade de discernir o que estão fazendo, não importa em nome de que fazem isso.
    Deve-se combater a ignorância alheia, a intolerância e não uma crença. Sim, de fato algumas religiões podem instigar certas atitudes, mas são elas que fazem tais ações? Ou é um ser pensante que tem capacidade de filtrar informações?
    Se quiser um bom fórum de discussões indico o http://forum.jogos.uol.com.br/Papo-cabeca_f_55 meu nick lá é Sphex

  4. Silvana Marmo says:

    Caro amigo,
    Tenho um filho de 16 anos que é ateu, exatamente como voce descreve, acho que escolhi errado a palavra, só gostaria de dizer sobre a maldade humana. O amigo Felipe postou um texto muito lindo sobre o homem que veio do barro, disse a ele que não sei muito sobre o Espiritismo para discutir, mas que iria estudar para retomar, eu sou um evolucionista de formação (Universidade) e criacionista de formação familiar, (meu filho acabou de me falar que para qualquer pessoa isto é impossível, mas se tratando de mim…) resumindo Bipolar com 2 neurônios gêmeos que dormem a maior parte do dia rsrsrs
    Meu carinho

  5. Giba says:

    Entendi seu ponto de vista e concordo.
    Mas preste atenção em um detalhe. Os semelhantes se atraem, e em uma doutrina que só prega o bem, o amor e o autruismo, não encontramos certo tipo de pessoa. Em uma doutrina que prega o ódio ao inimigo, encontramos pessoas que sao capazes de colocar fogo em uma pessoa viva e ainda dizer que foi em nome de Deus, para justificar sua maldade interior.
    Dificilmente um ateu faria uma coisa destas, pois geralmente os ateus são pessoas inteligentes que gostam de ganhar pelo argumento, pois assim ficam com seus egos satisfeitos.
    Se você quiser, faço um artigo a rspeito deste tema e nós debatemos até onde for possível.
    Depois diga por que quer me matar.
    Obrigado pelo carinho
    Giba

  6. Jânio says:

    Olá Gilberto:

    Eu me lembro de um tempo em que os médicos eram as pessoas mais ricas do Brasil, perdendo só para os bancários, funcionários do Banco do Brasil.

    O tempo passou, o país mudou, hoje temos muitos médicos e o tratamento poderia ser mais acessível, se o governo fosse um pouco mais competente em sua gestão.

    A idéia de ter mais médicos no Brasil, além da questão da demanda das faculdades, tem também a demanda do mercado de serviços, uma verdadeira máfia.

    Eu me lembro quando um médico de minha cidade colocou o revólver na cabeça de um homeopata e o fez sumir da cidade, tudo porque ele cobrava muito mais barato, inclusive dando remédios de graça.

    Belo post.

    ABS

  7. Silvana Marmo says:

    Giba, concordo plenamente com suas colocações o que eu quis dizer que é simplesmente uma questão da maldade do ser humano que independe da religião. Por fogo em um índio dormindo, tem algo que justifique?
    Acredito que, quando alguém ataca uma crença ou religião alem da ignorância temos a maldade. E pela resposta do garoto a intenção dele é de atacar e não discutir.
    Meu carinho

  8. Silvana Marmo says:

    Olá,
    Gostei da materia, quando abri bati o olho onde voce fala do professor e como sou precipitada, reclamei.
    Vamos começar pela vaidade humana, ela é descabida e maldosa.
    Assim como não é válido o diploma de um estrangeiro no Brasil, muito países não aceitam os nossos. Alguns possuem convênios com o Brasil o que facilita o processo. Se a área for Administração de Empresas, Análise de Sistemas, isso não é um problema. Problema é se for alguma profissão que necessita registro em Conselho Regional, OAB, como Médico, Dentista, Advogado, Engenheiro Civil, etc… Quanto ao jornalismo o diploma é obrigatório pra trabalhar no ramo. Em outros países não é… Qualquer pessoa que conheça bem um assunto poderá ser jornalista daquele assunto.
    Por que os nossos dentistas que são de 1º mundo não podem exercer a função em Portugal?
    Então se vivemos num mundo globalizado e online, porque só nós temos que aceitar. Quando vem um médico estrangeiro todo mundo acha o máximo, mas os nossos são tão bons ou muito melhores que muitos no 1º mundo. Aposto que, um grande medico da Europa não consiga fazer os milagres que nossos plantonistas fazem em PS sem material suficientes.
    Precisamos sim globalizar e melhorar o Ser Humano.
    Meu carinho

  9. Silvana Marmo says:

    Olá, Giba
    Vamos começar pela vaidade humana, ela é descabida e maldosa.
    Assim como não é válido o diploma de um estrangeiro no Brasil. Alguns países possuem convênios com o Brasil o que facilita o processo. Se a área for Administração de Empresas, Análise de Sistemas, isso não é um problema. Problema é se for alguma profissão que necessita registro em Conselho Regional, OAB, como Médico, Dentista, Advogado, Engenheiro Civil, etc… Quanto ao jornalismo o diploma é obrigatório pra trabalhar no ramo. Em outros países não é… Qualquer pessoa que conheça bem um assunto poderá ser jornalista daquele assunto.
    Por que os nossos dentistas que são de 1º mundo não podem exercer a função em Portugal?
    Então se vivemos num mundo globalizado e online, porque só nós temos que aceitar. Quando vem um médico estrangeiro todo mundo acha o máximo, mas os nossos são tão bons ou muito melhores que muitos no 1º mundo. Aposto que, um grande medico da Europa não consiga fazer os milagres que nossos plantonistas fazem em PS sem material suficientes.
    Precisamos sim globalizar. Mas das duas formas.
    Meu carinho

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