OS DOIS CELSOS 3
Mais um “ministro-residente” na da Pasta da Defesa


(*) Por: Lino Tavares


Considerando a enorme extensão territorial que possui, com milhares de quilômetros de fronteiras e costa marítima, além de ser o atual detentor das maiores reservas florestais e minerais do planeta, o Brasil deveria ter na Pasta da Defesa um de seus principais ministérios, sendo confiado a alguém com grande conhecimento acerca dos misteres inerentes à segurança nacional, a exemplo do que acontecia na época dos três ministérios militares, quando cidadãos fardados com total conhecimento de causa conduziam com muito acerto esse importante campo da vida institucional brasileira.

Dede que se criou esse Ministério essencialmente civil, nosso país perdeu o rumo na sua política de segurança externa, pelo fato de não ter sido administrado, até hoje, por um verdadeiro líder sem farda, dotado dos pressupostos desejáveis, para conduzir a Marinha, o Exército e a Aeronáutico em perfeita consonância com aquele padrão operacional indispensável a instituições armadas incumbidas de tão importante missão constitucional.

Não bastasse a tentativa fracassada de subordinar as Forças Armadas a um ministério único, iniciada na gestão FHC e continuada no governo Lula, o Brasil revelou-se ainda mais decadente nas questões de segurança e relações externas, quando confiou o seu Ministério das Relações Exteriores ao senhor Celso Amorim, que outra coisa não fez no curso de sua pálida atuação a não ser acumular fracassos. Entre eles, vale lembrar a ocupação indevida da Embaixada Brasileira, em Tegucigalpa, como abrigo do deposto presidente de Honduras, Manuel Zelaya, além das trapalhadas chanceladas pelo então presidente Lula, na constrangedora política de apoio a líderes totalitários, com sérios prejuízos ao conceito do Brasil junto às nações livres e democráticas.

Confirmando a tese de que esse importante órgão do governo nasceu fadado a ser uma figura decorativa do poder armado a serviço do nada, a presidente Dilma Rousseff resolve nomear para a Pasta, em substituição ao demissionário Nélson Jobim, a figura patética desse
ex-chanceler da ‘era Lula’, amado e venerado por irrequietos vizinhos como Hugo Chávez e Evo Morales, por sua postura servil de “brasileiro bonzinho”, tipo aqueles ‘cabeças de bagre’ da bola que, além de não jogar nada, deixam o adversário jogar.

A pergunta que fica é: “Será que quem permitiu a invasão de uma pequena embaixada brasileira por um foragido da lei de seu país, reúne condições para garantir a soberania desse “Baita Chão” repleto de riquezas chamado Brasil ? E, para “não dizer que não falei das flores, um questionamento final: Quem contratou o pior “Celso”, neste início de agosto, a Dilma Rousseff, com o seu “Amorim”, ou o Grêmio com o seu “Roth”?

(*) Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor.

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