Por: Carolina Pereira
Da redação do: Decision
Depois que uma anomalia em um roteador localizado em Sorocaba, interior paulista, causou queda parcial da rede da banda larga da Telefônica, nos dias 2 e 3 de julho, aumentou a preocupação das empresas com possíveis problemas em serviços de internet e os prejuízos que esse tipo de pane podem causar.

Falhas desse tipo acontecem freqüentemente. Segundo o instituto de pesquisas Freeform Dynamics, falhas nas aplicações e infra-estrutura paralisam os negócios de uma entre cinco empresas pelo menos uma vez por semana. Entre os clientes, a pergunta deixou de ser “qual a probabilidade disso acontecer?” para ser “o que fazer para se prevenir contra essas vulnerabilidades?”.

Dependência X Investimento

Edison Fontes, professor do curso de MBA em Gestão da Segurança da Informação da Fiap, afirma que as companhias precisam analisar a dependência que têm de cada tipo de serviço e prever o impacto nos negócios de uma possível pane nesse recurso, para então avaliar qual a melhor maneira de se proteger.

“A companhia deve analisar qual a criticidade do recurso para a empresa e qual o impacto financeiro ou de imagem que um problema como o ocorrido com o Speedy pode causar”, diz Fontes. Para o professor, uma alternativa é contratar os serviços de dois servidores diferentes, por exemplo. “Ter um segundo provedor mais barato ou até de conexão discada pode ser uma opção viável”, acredita.

O serviço de infra-estrutura redundante, na qual as operações não são dependentes de uma única operadora de telecomunicação, também está em alta. Segundo Jorge Moskovitz, diretor comercial da BSA Brasil, fornecedora de soluções de TI e outsourcing, a venda de serviços desse tipo de solução aumentou 25% desde a pane da Telefônica. “O custo ainda afasta os clientes de médio porte, mas nossa previsão é que esse preço caia em 50% até o final do ano por causa do aumento da demanda”, prevê Moskovitz.

Compensação

A Telefônica anunciou, no dia 14 de julho, que os clientes do Speedy terão desconto equivalente a 120 horas na próxima fatura como compensação pelo período em que o serviço apresentou problemas técnicos devido à falha na rede da operadora. A decisão foi tomada em conjunto com a Fundação Procon-SP e o Ministério Público Estadual (Promotoria de Justiça do Consumidor).

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