Plácido Vaz, de Cabo-Verde à Terra de Camões

Plácido Vaz é um jovem cantor e compositor cabo-verdiano que atualmente mora em Portugal

Entre sua infância no arquipélago africano e sua juventude na pátria lusitana muita história e muitas emoções vem sendo transformadas em poesias musicadas por este artista.

Recentemente ele gravou seu primeiro single “Gana Bai”, nas plataformas digitais YouTube e Spotify.

Neste primeiro single, a composição é de seu irmão Natalino Vaz, que mora em Cabo Verde, conhecido como Rapper Young Tb.

A canção fala de separação, imigração, saudade de casa, dos pais, dos amigos e foi gravada em Crioulo, língua materna de Plácido Vaz.

Plácido Vaz também musicaliza os poemas do jornalista brasileiro Álvaro Tallarico.

Vamos conhecer um pouco mais deste artista internacional

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1. Plácido, quando e porque você migrou de Cabo Verde para Portugal?

Vim para Portugal em 2006, para fazer um curso em Direito.

2. Em que as diferenças culturais portuguesas influenciaram seu trabalho?

Influencia muito porque chegando aqui em Portugal conhece se coisas novas, vive se coisas novas e isso automaticamente na nossa vida e para quem faz música acaba sempre por estar na forma como fazemos a música ou até nas oportunidades  se vai procurando. Aliás o facto de viver em Portugal fez com que eu conhecesse mais a própria cultura, principalmente as músicas.

3. Quais suas influencias?

Tenho muitas influencias, imensas. A partir do momento que cheguei aqui fui morar num apartamento em que os meus 5 colegas de casa, cada um ouvia gêneros de musicas diferentes. Então fui “bebendo” de muitos lugares.

Mas se falar de artistas em específico em Cabo Verde minhas maiores influencias são Ildo Lobo, Orlando Pantera, Bulimundo, e muitos Outros. E a música brasileira também é uma grande influencia não só para mim, mas para a música de Cabo Verde em geral, porque as formas de tocar e expressar encaixam muito bem na nossa forma de fazer o mesmo, Samba, batucadas, forro, bossa nova. Todos esses gêneros são muito familiares para nós cabo verdianos porque temos a mesma herança da Africa.

4. Separação, imigração, saudade de casa, saudade dos pais, saudade dos amigos, qual destes elementos são mais fortes em suas composições?

Diria Saudade e imigração são os temas centrais porque com esses dois temas faz me falar da vontade de ir, da saudade dos pais e amigos, das minhas lembranças de Cabo Verde, da vida do emigrante longe das ilhas. Saudade é o sentimento essencial do cabo-verdiano.

5. O seu álbum já tem data prevista para lançamento?

O Álbum não tem uma data concreta, mas a minha intenção é ser editado ainda este ano ou no inicio do próximo, a pandemia atrasou algumas coisas, mas também ajudou me a comprimir as ideias, as musicas, se as coisas continuarem nessa andança que temos feito não vai demorar muito.

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6. Conte-nos um pouco sobre este projeto, quantas músicas, artistas participantes, etc.

O Álbum Vai se Chamar “Caminho Lonji”, o tema central é mesmo saudade e emigração, mas também traz mais músicas que falam do Camponês, Amor, e traz vários gêneros diferentes da música de Cabo Verde como Funana, coladeira, morna, batuque etc.

Vai ter entre 10 a 12 temas maioritariamente originais. É uma produção independente, estou a fazer em colaboração com um estúdio aqui do Porto, Audioproduçoes que vai editar o Álbum, também o produtor de Gana Bai, Edson Sanches ( Julinho), que é um excelente músico e produtor Cabo-verdiano residente em Aveiro. Ele está a produzir varias músicas do Álbum. Entre os músicos tenho meu amigo Jota que é o elemento da minha Banda, estamos lado a lado a fazer os trabalhos no estúdio desde o inicio. Tenho tido colaboração de mais alguns amigos músicos  que tem ajudado muito nessa aventura.

7. Como tem percebido a receptividade portuguesa ao seu trabalho?

Tem sido muito progressivo, desde 2013 que comecei a fazer concertos ao vivo sempre tenho tido o apoio crescente dos portugueses e agora com o lançamento de Gana Bai tem aumentado. E ainda há muito mais a conquistar.

8. Pretende fazer alguma apresentação no Brasil?

Sonho com isto, e cada vez mais acredito que é possível, porque estão a trabalhar agora Com a Cláudia Rolim que é minha assessora de imprensa e tem ajudado a abrir porta por aí. Também estou com um novo projeto com o Jornalista e letrista brasileiro em que estou a musicalizar as letras dele e estamos agora a preparar o trabalho que em breve apresentaremos ao publico e isso pode ser também uma das possibilidades de ir ao Brasil. Mas gostaria muito e vamos trabalhar para fazer uma apresentação no Brasil.

9. Plácido Vaz por Plácido Vaz.

Acredito que sou sonhador e curioso, sou leal aos que me são próximos e cada vez mais lutador.

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Plácido Vaz e o cantor e compositor Cabo-Verdiano Adalberto Silva Betú.

Ping-Pong com Plácido Vaz

1. Um hobby

Tocar violão

2. Um esporte

Futebol

3. Uma música

Mar Azul, de Cesária Évora.

4. Um filme

Invictus (sobre Nelson Mandela)

5. Um livro

Americanah

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6. Um autor

Mario Lúcio sousa

7. Personalidade internacional feminina

Alicia keys

8. Personalidade internacional masculina

Barack Obama

9. Uma boa lembrança

Minha infância em Cabo Verde na casa dos meus Avós

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Plácido, deixe uma mensagem para nossos leitores.

Um grande abraço aos leitores de Gibanet, dizer para eles que o povo Brasileiro e Cabo-Verdiano são muito parecidos em muitas coisas. Pesquisem a música de Cabo Verde e a nossa Cultura que vão adorar descobrir o meu lindo Pais. Espero um dia, não muito distante, conhecer o Brasil e apresentar para todos o meu trabalho.

Grande Abraço, estamos Juntos.

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Confira abaixo o single “Gana Bai”

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