Aécio Cesar

 

Diante do quadro, à primeira vista de horror, até quando iriam esses momentos de loucura? Para responder, vamos observar outra impressão post-mortem onde André Luiz nos relata no livro: “Obreiros da Vida Eterna”, pela mediunidade de Chico Xavier. O trabalhador que o nosso narrador do além conheceu no cemitério pediu que observasse um senhor desencarnado de cócoras sobre a própria sepultura. Vejamos: “Ai, meu Deus! – dizia – quem me guardará o dinheiro? Quem me guardará o dinheiro?”. Este exemplo aqui analisado são para aqueles que dinheiro é tudo no mundo dos vivos. Não sabem que a dor maior será quando acordarem no Além-Túmulo e ver que a ilusão que alimentava, ali na sepultura se extinguia.

Primeiras Impressões Post-mortem II 1

André, a princípio tentou auxiliar aquele senhor, mas foi orientado que nada iria, no momento, socorrê-lo: “Não ouve. A mente dele está cheia das imagens de moedas, letras, cédulas e cifrões”. A visão destes que assim alimentaram a sua passagem no mundo frente à riqueza mal utilizada, deixarão muitos assim, perdidos nas moedas que não souberam administrar. E o muito que tinham transformou-se em nada em que a realidade é presença eficaz nestes momentos.

O novo pupilo analisava cada palavra dita do trabalhador que tinha naquele lugar seu ofício de socorro quando assim era possível. Vejamos outra citação: “Vai demorar-se bastante na presente situação e, como vê, não podemos em sã consciência facilitar-lhe a retirada, porque iria castigar os herdeiros e zurzi-los diariamente”. Embora a situação aqui possa acontecer, devemos convir que em muitas ocasiões espíritos nessas situações se desprendem do corpo em decomposição e vão para os seus lares tirarem satisfações aos parentes que são encontrados, muitos deles, usando o dinheiro do falecido com festas extravagantes e sem que nada possa fazer a não ser gritar, gritar e gritar…

Para complementar o aprendizado, André ouviu do servidor otimista: “Estamos diante de infelizes, aos quais não falecem proteção e esperança, porquanto outros existem tão acentuadamente furiosos e perversos que, do fundo escuro do sepulcro, se precipitam nos tenebrosos despenhadeiros das esferas subcostais…”. Como podemos analisar aqui, as primeiras impressões da morte vai depender muito do estado religioso de cada um. Daqueles que procuraram conhecer um pouco de si mesmo diante da jornada evolutiva que conta pontos tanto para aqueles que praticaram o bem quanto para aqueles outros que aderiram às fanfarras do mal.

Quem dera se as religiões criadas pelos homens no mundo pudessem preparar melhor seus fieis, embora devessem considerar que a educação familiar também contará pontos para que essa trajetória na carne seja com mais vitórias e menos derrotas. É… Não é tão fácil a vida de um morto, ainda que, vivo, não acha Leitor Amigo?

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