Primitivismo Mental… Por que esse magnetismo tão poderoso ainda exerce tamanha fascinação com aqueles que a ele se prendem?
Sabemos que trazemos, na nossa romagem evolutiva, resquícios de existências passadas, mas nem por isso deveremos macular o nosso presente com as nódoas do pretérito, não é mesmo?
Para elucidar melhor esse meu raciocínio, vamos analisar o que o Instrutor Gúbio comenta em sua palestra, narrada pelo espírito de André Luiz no seu livro “Libertação”, no seu capítulo 2, intitulado “A Palestra do Instrutor” através da mediunidade de Chico Xavier. Vejamos: “O objetivo essencial de tais exércitos sombrios é a conservação do primitivismo mental da criatura humana, a fim de que o planeta permaneça, tanto quanto possível, sob seu jugo tirânico”.
Como existem colônias que são responsáveis pelo reajustamento de almas no sentido de mostrar-lhes a reforma íntima indispensável para o seu crescimento espiritual, outras colônias escravizam almas em suas vibrações desarmônicas aprisionando, com seu cetro de ferro, a liberdade em que o homem ainda não se familiarizou com ela como deveria de ser.
Essa liberdade, no entanto, que nos acotovelam atualmente, tornou-se em libertinagem a céu aberto. Muitas culturas as usam no sentido de criar certos posicionamentos que vem infligir diretamente nos conceitos de civilidade. Mas, custeadas com o direito de liberdade de expressão, de sentimento, de espiritualidade, sei lá, a voz que se ouve nas ruas é a de revolta e de medo ao mesmo tempo em que se manifesta sem nada obter de positivo, pois que, suas raízes, não estão tão profundas, fincadas tão somente num monte de areia surreal.
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Com isso, esses exércitos sombrios dito por Gúbio, aproveitam da fragilidade com que anda a humanidade para incutir-lhes o seu veneno magnetizador tornando-a, ainda, como um ser primitivo em pleno século XXI. Esse jugo tirânico se manifesta em todos os cantos. Desde autoridades políticas e religiosas, até mesmo em conglomerados pobres, todos necessitam de maiores esclarecimentos. O desconhecido ainda gera vítimas do materialismo em que muitas igrejas no mundo se posicionam como supostas libertadoras de almas. Pode até libertar – a alma – do corpo, mas quando a verdade vem encarar essa alma liberta, face a face, aí é que está o problema.
É sabido que as afinidades se atraem. O homem ainda se encontra em processo de correção das suas faltas. Não tendo bases religiosas alicerçadas na rocha da fé raciocinada, difícil coagir as sombras que o envolve na surdina, alimentando a ideia de que ele e não as sombras, lhe impõem as vontades em destrambelhos.
Portanto, o primitivismo mental age, libertino, nas asas incomensuráveis da idolatria, da indiferença e do descaso às coisas espiritualizadas. Muitas vezes, os soldados das sombras não precisam estar perto de nós para nos magnetizarmos em suas teias sombrias. Basta apenas através do pensamento, pois essas turbas encontram sempre a sintonia perfeita entre a humanidade desavisada para espalhar o seu jugo tirânico. Assim sendo, vigiemos, pois, primeiro, seguido da prece acolhedora. Comigo Leitor?