Aqui no Brasil, grupos de baderneiros pegaram carona na onda de protestos dos Estados Unidos
Lino Tavares
Os protestos que começaram nos Estados Unidos e se espalham pelo mundo, tendo respingado aqui no Brasil, empunhando a bandeira do antirracismo, são desproporcionais àquilo que é apontado como causa inicial dessas aglomerações inoportunas em tempo de pandemia. Um policial bandido sufocou um homem, pressionando-lhe o pescoço com o joelho, até levá-lo à morte por asfixia, o que caracteriza, antes e acima de tudo, um crime hediondo contra um ser humano.
Sem a menor dúvida, ações dessa natureza precisam ser protestadas com a cobrança de rigorosa punição ao autor do delito. Mas parece que o foco do protesto foi canalizado exclusivamente para a cor da pele da pessoa vitimada e não para a agressão covarde de que ela foi alvo, que seria tão condenável quanto se tivesse sido praticada contra uma pessoa de cor branca, ainda que o policial assassino fosse da etnia negra.
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É claro que pode ter havido alguma dose de preconceito por parte do policial branco que, coincidentemente ou não, tirou a vida de um homem negro de forma brutal. Mas isso, ainda que admissível, não tipifica na plenitude um crime de racismo, como esses que são estupidamente praticados por mentes doentias que não conseguem conviver com as diferenças, sejam da natureza que forem.
Essas manifestações se revestiriam de maior credibilidade e boas intenções se fossem voltadas de forma mais específica contra a violência policial, atendo-se ao crime praticado, sem incorrerem com ênfase desmesurada a ilações de natureza meramente racial, como se estivéssemos diante de um ataque da antiga Ku Klux Kan contra seus desafetos raciais. Aqui no Brasil, grupos de baderneiros pegaram carona na onda de protestos dos Estados Unidos e misturaram as estações, transformando em manifestações políticas com objetivos claramente definidos em faixas e cartazes aquilo que deveria ser apenas um ato de solidariedade ao movimento dos nossos irmãos do norte. Por conta desse oportunismo pueril, esses contingentes de baderneiros teleguiados promoveram quebradeiras em São Paulo, que certamente os desmascaram acerca da real intenção que inspirou tais atos condenáveis pela sociedade ordeira, mas estranhamente não criticados pela grande mídia, sempre tão “zelosa” com as medidas de distanciamento social, cuja desobediência tem sido alvo de suas críticas veementes em circunstâncias outras.
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