* Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina
Os venezuelanos saíram às ruas no final de semana para protestar fortemente contra uma nova lei que busca doutrinar os estudantes da Venezuela no “Socialismo do Século 21” de Hugo Chavez e eliminar a instrução religiosa das escolas venezuelanas.
A lei também estabelecerá censura à imprensa, proibindo comunicações que “produzam terror nas crianças, incitem ódio e ofendam os valores saudáveis do povo venezuelano e a saúde mental e física da população”.
Os estudantes que estavam protestando pacificamente contra a nova lei foram submetidos a gás lacrimogêneo e jatos de água pela polícia, bem como pedras e paus atirados pelos que apóiam Chavez, de acordo com múltiplos relatos dos meios de comunicação.
Um grupo de jornalistas dos jornais de oposição, também num protesto contra a lei, foram agredidos e machucados por grupos pró-Chavez, incitando protestos e exigências de ações legais contra os culpados. Chavez denunciou o ataque e disse que está investigando.
No entanto, o presidente cada vez mais ditatorial da Venezuela não pediu desculpas e agiu de forma insolente em sua defesa da nova Lei de Educação.
“Temos de desmantelar o sistema de educação burguesa capitalista. Agora, a lei é obrigatória. As autoridades universitárias que não agirem de acordo com a lei não poderão ser reconhecidas. Basta com a ditadura nas universidades!”
Durante a assinatura da lei no sábado, Chavez disse que era necessário “a revolução profunda, a criação de novos homens e mulheres, a revolução socialista”, e acrescentou que “a verdadeira democracia só pode existir no socialismo”.
A lei dá a Chavez um controle total sobre o sistema educacional inteiro, público e particular, permitindo que ele decida o que deve ser ensinado, quais professores podem ser contratados ou demitidos, e quantos estudantes podem ser matriculados nas escolas particulares, noticia o jornal argentino La Nación.
A nova lei também dá poderes aos “conselhos comunitários” para serem organizados e pagos pelo governo, que atuarão como “agentes educacionais” com o “papel pedagógico de libertador para a formação de uma nova cidadania”, de acordo com o jornal espanhol El Pais.
Boatos circularam por semanas que os conselhos terão o poder de remover filhos a partir de 3 anos de idade da custódia de seus pais, a fim de criá-los de acordo com os valores socialistas, embora algumas autoridades tenham negado a alegação.
Chavez avisou que qualquer universidade que se recusar a obedecer à nova lei perderá o reconhecimento governamental. Contudo, líderes das universidades particulares da Venezuela anunciaram sua intenção de iniciar um “estado geral de protesto”
* Matthew Cullinan Hoffman é reporter correspondente do LifeSiteNews.com na América Latina
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