A revista VEJA publicou matéria sobre uma pesquisa feita nos Estados unidos.
Nessa pesquisa foi perguntado o seguinte:
Se a pessoa estivesse na presença de Deus, e se ela pudesse Lhe fazer apenas uma pergunta, o que indagaria.Quarenta e seis por cento dos entrevistados responderam que perguntariam:”Qual o sentido da vida?”.
Isto mostra como há muitas pessoas que não sabem qual a finalidade da vida; não sabem porque vivem. A vida para elas não tem significado.As conseqüências disso são fáceis deduzir.
A vida fica vazia; a pessoa não se auto-realiza, não se sente feliz, podendo até chegar a distúrbios psicológicos e mesmo comportamentais.Entretanto, Jesus nos ensinou claramente qual é o sentido da vida, informando-nos que somos seres imortais, e que vivemos para realizar a nossa própria evolução espiritual. Que ele chamou de edificar o reino dos céus no nosso íntimo.O Espiritismo recorda e explica os ensinos do Mestre, esclarecendo-nos que a vida terrena não é um fim em si mesma, mas um meio, cujo fim é desenvolver a potencialidade do Espírito.
Para isto, o Criador nos dá tarefas compatíveis com a nossa capacidade, ou seja, de acordo com o nosso grau evolutivo.
Ao realizarmos essas tarefas, trabalhamos para nossa evolução espiritual.
Todos possuímos um papel a desempenhar, nesse grande palco que é a Terra.
Qualquer que seja o grau evolutivo, desde o menos evoluído, até o mais adiantado dos espíritos aqui reencarnados, todos possuímos um trabalho, uma tarefa, pequena ou grande, sempre adequada a nossa capacidade, e de acordo com nossas necessidades evolutivas.
Descobrir a nossa missão, e realizá-la bem, constitui fator importante para nos auto-realizarmos e nos sentirmos felizes – a felicidade que o nosso estágio evolutivo comporta.
Pestalozzi ensinava que o ser humano possui três aspectos: o natural, o social, e o ético, ou espiritual.
Não basta educar o indivíduo para atender suas necessidades no plano natural (biológico, próprio de todos os animais), nem prepará-lo para a vida social somente, embora seja um ser gregário.Não basta atender suas necessidades de cidadão, os chamados direitos da cidadania. Importa atender também o aspecto ético, espiritual.A doutrina Espírita estabelece que somos Espíritos, animando temporariamente uma carne.
Temos anseios, ideais que transcendem a matéria, pois há em nós qualidades a serem desenvolvidas.Nossa meta é a perfeição relativa. Para isto e para a felicidade fomos criados, cabendo a cada um o trabalho de realizar esse evolver, o desabrochamento de nossas potencialidades.Há pessoas que julgam ter encontrado o sentido da vida na conquista dos valores transitórios da existência física.
Porém, mais cedo ou mais tarde vão percebendo que esses valores (dinheiro, poder, saúde, fama, prestígio) não guardam a importância que julgavam.
E como não temos controle sobre esses valores, cedo ou tarde sofremos a perda deles, por várias maneiras.
E há muitas pessoas que experimentam tantas dificuldades, não conseguem amealhar os valores materiais e se consideram injustiçadas, infelizes.
Entretanto, se nos interessarmos em nos informar acerca dos ensinos de Jesus e da Doutrina Espírita, e não ficarmos só na teoria, buscando aplicá-los na vida diária, iremos compreendendo quem somos, e qual o sentido da vida.Não importa se o indivíduo é rico ou pobre, culto ou de poucos conhecimentos sobre as coisas materiais; se é sadio ou doente, desta ou daquela raça, todos somos filhos de Deus criados iguais, subordinados às mesmas leis, e destinados a uma só meta: a perfeição relativa e a felicidade.Quando Paulo escreveu aos filipenses a frase citada de início possuía grande experiência do apostolado.
Doutor da lei, autoridade de prestígio, renunciou a tudo para seguir os ensinos de Jesus.
Enfrentou dificuldades imensas, como o abandono dos próprios familiares, o insulto dos ex-amigos, sendo banido do meio social onde vivera até então.Passou a se dedicar ao trabalho duro, vivendo com extrema simplicidade; dava tudo de si em favor do ideal que abraçara.
Apesar de todas as dificuldades, prosseguia, firme, para o alvo, ou seja, para Jesus, realizando sua evolução espiritual, através do serviço ao próximo.Reflitamos o que se passa conosco.
Recebemos os ensinos através dos livros, dos irmãos mais evoluídos, dizemos aceitar, mas geralmente ficamos nas palavras.
Procedemos como o operário que foge ao trabalho.Como árvores que só produzem folhas, ou, quando muito, flores, mas não chegam aos frutos.Não fazemos aquilo em que dizemos acreditar.
Porém, somos o que fazemos, e não o que falamos.
Alguém afirmou, com propriedade, que perdemos o endereço de Deus.
Para encontramos esse endereço, devemos buscar a nossa tarefa, encontrar o lugar em que podemos ser úteis, participar, e não ficarmos na posição de choramingas, só querendo receber.
Alguns procuram sua missão, mas parece que procuram para não achar.
A pessoa não quer se envolver, assumir compromissos, “vestir a camisa” das boas causas.Cabe a cada um de nós buscar sua missão, e encontrará o sentido da vida, sua auto-realização, a felicidade que tanto almeja”.
Rosângela Barreto é formada em Comunicação e Letras, exerce a função de Executiva de Contas em Recuros Humanos há 24 anos, nas horas vagas adora cozinhar e inventar pratos diferentes