Você alguma vez já parou para pensar que recebemos inúmeros recursos da Providência, indispensáveis a todos os nossos impulsos de melhoria para conquistarmos nossa redenção?
Muitos desses recursos se apresentam mais presentes no nosso carreiro evolutivo, mas que nos passam despercebidos como também nos passa a adoração a Deus em todo o Seu esplendor e glória.
Entre muitos desses recursos, veremos alguns deles relatados por André Luiz no livro “No Mundo Maior”, no cap. XIII intitulado “Psicose Afetiva”, pela mediunidade de Chico Xavier, quando em visita a uma jovem mulher que pensava em suicídio por não ser bem relacionado por um grande amor.
Induzida a um sono pesado pelo instrutor Calderaro, ela, desligada do seu corpo físico, se interage com sua mãe desencarnada e por um grande amigo do seu coração. Vejamos: “Recebestes mil recursos diversos da Providência, (…). O corpo terreno, as bênçãos do Sol, as oportunidades de trabalho…”.
“O corpo terreno…”. Numa porcentagem assustadora encontramos muitos espíritos reencarnados ou não que não conseguem assimilar a importância de um corpo físico, ou quando não, de um corpo perispiritual. Numa vida desregrada, diminui drasticamente o seu intervalo num corpo físico, voltando à pátria espiritual como suicidas indiretos.
A falsa modéstia levam muitos a atrair para si mesmos provas que não estavam em seu contexto de merecimento e, desabilitados para as assumirem, esse desfecho sempre termina com a morte prematura.
“As benção do Sol…”. É de difícil conotação uma criatura que não admira a Natureza, nossa mãe zelosa que a tudo nos dedica para que sejamos gratos ao Criador. Mas, pela incapacidade de sentir Deus na Sua estrutura incognoscível, difícil também lhe será admirar tanto o Sol quanto a chuva, o inverno quanto a primavera. São insatisfações gratuitas que em muitos se relevam. Reclamam sempre de tudo não se satisfazendo nas águas translúcidas da Verdade que dessedenta todos aqueles que procura, nelas, se saciarem.
“As oportunidades de trabalho…”. São inúmeras, porém, nem todos tem olhos para vê-las ou ouvidos para escutar-lhe sua aproximação ante as variegadas chances de servir. Nem só de pão viverá o homem, disse-nos Jesus, mas ele nos mantém firmes para as investidas das tempestades das contradições que destroem todo e qualquer sonho bem arquitetado. Servir o próximo é servir a Deus diretamente. Nosso semelhante é nosso irmão em consanguinidade espiritual. Deveremos nos atinar para isso, pois que se amarmos os nossos, que bem estaremos fazendo para sufocar todo ódio no mundo lá fora? Os laços afetivos se nos são importantes para a construção da nossa individualidade, mas os laços espirituais são bem maiores e mais substanciados na Lei de Amor.
Amemo-nos, pois, todos nós. Vamos estruturar novas conceituações da nossa cristandade, pois ela, até então, se encontra em ruínas, causadas pela nossa carência em servir. Sirvamo-nos a todos que sofrem. E que possamos, assim, reverenciar em nossos braços e abraços, os recursos sagrados da Providência em todos nós. Comigo, Leitor Amigo?