Gil de Marqui
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Minutos antes de o show começar a platéia era pura ansiedade. Preenchido com uma capacidade incrível de atrair inesgotáveis olhares de admiração, ele discretamente entrou. Voz, violão, simplicidade e leveza que nós conhecemos bem e que por diversos motivos nos encantam.
O último álbum “Chico” lançado em julho de 2011 atiçou bastante os fãs. Isso porque durante o pré-lançamento foi possível comprar o disco pelo site (http://www.chicobastidores.com.br) e receber por meio de uma senha o aval para acessar conteúdo exclusivo relacionado aos preparativos da produção musical. Vídeos, fotos, novidades e até manuscritos de letras foram postados diariamente durante a elaboração do álbum que desencadeou a nova série de shows.
Desde 2007, o cantor se manteve abstinente dos palcos. A turnê “Chico” teve início em novembro de 2011, em Belo horizonte no Palácio das Artes.
Isso explica a expectativa do público Paulista que esgotou rapidamente os ingressos de 4 semanas de apresentações em março e ganhou de presente apresentações extras no início de abril.
27 músicas estavam no repertório, mas a primeira que realmente arrancou coro de quase toda a plateia foi “Essa Pequena”. Em seguida, diversas outras emocionaram e levantaram a voz do público como “Geni e o zepelim” e “O meu amor”.
A versão de “Cálice” com a letra de “Criolo” foi uma surpresa boa e muito bem recebida, afinal, não é sempre que podemos apreciar o senhor Buarque praticamente “mandando um rap”.
E em uma noite tão bonita, até o cenário contribuiu. Pudemos apreciar pinturas de Cândido Portinari (O Bloco Carnavalesco e O Circo) e de Oscar Niemeyer (A Mulher Nua) e reproduzidas em tecidos enormes.
No final, depois de dois bis e muitos pedidos de um terceiro bis duas palavras eram unânimes na boca de nós todos: Já acabou?
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Gil de Marqui é jornalista e correspondente internacional do Gibanet.com
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Oi. Vale acrescentar que esse período em que “o cantor se manteve abstinente dos palcos” foi preenchido por uma produção literária bárbara, que, penso, guardado um tempo, fará o Chico escritor maior do que o Chico compositor. Mais ou menos como o Vinícius.
Concordo com você Tiago
Boa observação, Tiago Marquesi!
Chico intercala seus trabalhos literários com as composições musicais e o público leva vantagem porque sempre ganha trabalhos excelentes. Beijos!