Se Comprometendo 1

Foto ilustrativa – google

Maria Marçal

Há sujeitos que abominam esta palavra: compromisso. Fogem como o diabo da cruz ( linguagem popular) dessa maneira especial de viver, que, sob outra ótica, se encaminha para construção de Elos, não deixando o tempo passar sem compartilhamentos.

Acredito que exista um culpado nessa história do comprometimento: a nova visão de liberdade.

Antes éramos dependentes dos pais, depois direcionados, exclusivamente, ao companheiro/a, à realização no trabalho com o compromisso de ser o melhor perante o Superior e tantos mais exemplos de ‘aprisionamento’.

Isto mudou!

Um filho alça vôo… um pai se separa… uma mãe não cozinha mais fazendo suas refeições fora… os aparelhos domésticos nos descomprometem… as emoções se dispersam sem endereço fixo.

Se comprometer passou a ser vestir uma roupa apertada. Não gostamos e não a vestimos.

Queremos estar soltos e que nos vejam assim, embora isto implique em esconder as imperfeições, as gordurinhas indesejadas, demonstrando um conforto e bem estar fictício, figurativamente falando.

Se comprometendo ficou restrito àquela velha e simpática forma de viver, onde gostávamos de saber que éramos únicos para alguém, que o esforço de trabalhar com garra resultaria numa aguardada promoção e tínhamos, também, a percepção de que comer comprometidamente era sinônimo do amor de quem nos queria, perfumados e exclusivos.

Que pena não ser mais assim o pensamento dos jovens e maduros dessa Era, os quais vagam e divagam na errônea ilusão de que a vida é bem melhor se tocada em centenas de teclas e não no coração de quem, verdadeiramente, quer nosso olhar permanente e confiante na sua direção.

Assim:

YOU ARE THE LOVE OF MY LIFE….AND STILL OF YOU… YOUYOUYOU

 

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