Aécio Cesar
Mesmo desconhecendo que mesmo não fazendo o mal, e, consequentemente não realizando o bem, poderia o Espírito se beneficiar de algum mérito nas suas entrelinhas? Não é difícil para muitos responderem a esta pergunta, embora sem meio termo a semeadura quanto à colheita se tornarão estéreis.
Com relação ao tema, vamos analisar bem o que a diretora Zenóbia diz ao grupo quanto aos frutos colhidos enquanto estiveram no abismo: “… a base natural da colheita segura é a sementeira cuidadosa”. Não adiantará intervermos na prática do bem sem uma diretriz segura que nos venha fortalecer nossos sentimentos à uma realização vitoriosa. A partir de palavras cativantes que espraiam sensações de letícia diante de um espírito faminto de verdades que venha dessedentá-lo de visões produzidas pela falta de visão espiritual, é o primeiro passo para a sua condição de liberto.
O espírito bem esclarecido pelo pão da alma procurará novos caminhos que o levem a disseminar, com confiança a Benemerência do Criador. Nada melhor que caminhar com os próprios pés rumo à própria edificação interior. A Lei Divina não recrimina, mas auxilia esse ou aquele espírito a entender que não existe favoritismo divino. Cada um terá seu ceitil garantido segundo o bem ou o mal praticados.
Pouco se fala em crianças nos planos espirituais. No entanto, André Luiz no livro em que ora estudamos, pela mediunidade de Chico Xavier, nos relata algo muito importante acerca delas. Vejamos: “Crianças nimbadas de luz guiavam adultos de rosto sombrio, figurando-se carinhosos e pequeninos condutores de cegos”. Vejamos bem que elas não se encontram em “Nosso Lar” e muito menos nos abismos sombrios. Entre um e outro elas se encontram como auxiliadoras dos enfermos que chegavam à Casa Transitória Fabiano. Mesmo estando em um lugar umbralino, tinham elas capacidades intelectuais de servirem à causa do bem, da sua maneira mesmo que restrita. Devemos convir aqui, que estas crianças não eram espíritos em formas infantis, senão André certamente nos diria.
Outra coisa que devemos destacar também é que esses espíritos pelos quais André Luiz encontrou assim que chegou à Casa Transitória, esses pequenos grupos de socorristas eram espíritos ainda encarnados que até ali chegavam para receberem algum aviso, diante das suas conturbadas lutas terrenas. Muitos confrades ou não deverão estar pensando: Como receberão algum auxílio estando àquela instituição em um lugar envolto por sombras compactas. Para relembrarmos e para não haver polêmicas desnecessárias, notaremos que essa Casa – quando analisada com parcimônia – é também um hospital onde são tratados enfermos no sentido de seguirem em frente na sua convalescência espiritual. Nada de mais encarnados nos períodos de sono tendo merecimento, ir ao encontro dessas Casas Transitórias que se comunicam, incontestavelmente, tanto com o Abismo quanto com a Terra, não é Caro Leitor? Cap.9
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