Aécio Cesar

 

Haveria possibilidade de um espírito sofredor desejar auxílio apenas com os lábios e não com o coração? Caso isso acontecesse na Terra, diria acertadamente que sim, contudo nos planos espirituais os nossos sentimentos são expostos automaticamente para aqueles que já têm uma visão mais acentuada nesse sentido.

André Luiz nos narra no livro: “Obreiros da Vida Eterna”, na mediunidade do médium Chico Xavier, uma passagem em que a diretora da Casa Transitória transmite alguns pontos indispensáveis para aqueles que realmente iriam adentrar na Casa Transitória. Vejamos: “Sofredor algum será recolhido tão só porque implore abrigo com os lábios”. Bastante significativa essa citação, onde a sua franqueza era o seu carro-chefe no esclarecimento sem machucar corações já bastante torturados. Se nessas investidas no Abismo, magotes de espíritos eram socorridos, com certeza teriam material destinado para que acusasse a sinceridade de coração, pois creio que estando alguns que falseassem seus sentimentos no seu interior, não comungando, desta forma, com a própria convalescência, ficaria mais difícil a captura e a devolução às regiões de sofrimentos de onde vieram.

Haveria possibilidade de um espírito sofredor desejar auxílio apenas com os lábios e não com o coração?

Em outra citação poderá fortalecer meu pensamento do parágrafo anterior: “Nossas defesas magnéticas funcionarão rigorosas e apenas os corações sinceramente interessados na renovação própria, serão portadores de senha indispensável ao ingresso”. Para facilitar esse entendimento, vamos dar um exemplo. Quando vamos ao banco é necessário que passemos por aquela porta rotatória impedindo, desta feita, que alguém possa entrar, ali, armados. Na Casa Transitória não seria diferente, embora devamos convir que ali fosse mais refinado esse processo pois mexia principalmente com os sentimentos.

É fato, que a ignorância diariamente fazia presas suas vítimas a sucumbirem ao seu chicote de dor. Inadmissível era ir contra aos desígnios do Criador, porque suas leis eram condescendentes com o livre-arbítrio das criaturas. Ninguém enganaria a Justiça Divina como os humanos assim fazem com a justiça escrita pelos homens. A cada um seria cobrado o ceitil como ingresso a regiões com menos sofrimentos e com mais facilidade de adentrar em Verdades que somente o Espírito com certa exatidão dos seus sentimentos poderá engajar-se como missionários do bem.

É certo afirmar que pagaremos pelo mal que causamos a terceiros tanto de pequena quanto de grande monta. E solícitos à melhoria íntima, estaremos mais leves no sentido de consciência mais tranquila. De sobejo, quem estaria sofrendo mais nesta historia, Leitor Amigo, o sofredor de hoje ou o algoz do passado? Cap. 8h

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