Aécio Cesar
Por que se dá o nosso impulso de desviarmos de irmãos que se encontram jogados nas vielas do mundo? O Instrutor Albano Metelo quando em passagem aos abismos purgatoriais teve a mesma tendência. Mas corrigiu a contento. Descerrando Vales onde dor e sofrimento se misturava com revolta e ignorância o solícito mentor acima revelava em palestra na colônia espiritual “Templo da Paz” o que lhe demoveu aprofundar mais e mais ao encontro daqueles rincões onde se encontravam irmãos em luta pesada consigo mesmos. Seres angélicos acorrendo todos os espíritos que se encontravam perdidos naqueles lugares, veio ele, a saber, quando se espantou com uma forte luz a iluminar aquelas almas sofredoras: “O Senhor Jesus visita hoje os que erram nas trevas do mundo, libertando consciências escravizadas”. Todo sofrimento é efeito do mau uso de alguma espécie de sentimento que não foi bem ministrado. E me pergunto: E a riqueza espiritual a que todos nós temos direito. O que dela fazemos? Deixamos para depois quando a morte nos ceife a vida física, reconhecendo tarde demais que muito longe estamos de receber uma nesga de merecimento, pois que munidos estamos pela incredulidade e pela falsa aparência religiosa.
André Luiz passa para nós o contato que teve com o instrutor acima citado no livro em estudos “Obreiros da Vida Eterna” psicografado pelo lápis do médium Chico Xavier. É verdade que, com o tempo, multiplique o contingente de almas que aportam o umbral da vida espiritual em total decadência moral-religiosa. Muitos destes espíritos impõem por méritos não reconhecidos pela Contabilidade Divina. Não admitem o erro e a correção como meios de reajuste e equilíbrio a que tanto digladiamos dentro de nós.
Jesus, o Mestre por excelência, que descia às furnas de dor para levar esperanças àqueles sofredores, intrigou o instrutor Albano quando ouviu a citação acima analisada por nós. Não tem como não se sensibilizar nesta passagem. Se estamos seguindo Jesus, por que tantas intransigências no trabalho por Ele proposto? O socorro é mais espiritualizado quando nos encontramos sintonizados na harmonia do bem pelas cordas sentimentais do Amor Puro e Transparente. Como negar-lhe o salvo-conduto, dando-nos as costas como resposta aos nossos posicionamentos errôneos quanto à elevação espiritual sem esforço algum? O que dizer da nossa parcela de solidariedade que não deixa de ser o nosso passaporte para regiões mais resplandecentes? Decerto que não ficaríamos ouvindo cupidos com suas harpas cantando hosanas a um Deus Justo, que estaria muito ocupado em interpor a idealizações como essas. Muitos se encontram nas trevas que construíram aguardando nosso apreço, nossa consideração, nossa sentimentalidade de um com outro irmão. Quanto maior é a subida, mais se nos mostra a grandiosidade divina quanto ao desvelo dos seus servidores fieis àqueles que sofrem mais do que nós. E que tal Leitor Amigo também arregaçar as mangas nesse trabalho renovador? Comecemos, pois, o quanto antes. Cap.1-b
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