Maria Marçal
Quando chegam os finais de semana nos vimos enquadrados naquilo que plantamos por dias, quem sabe, meses e nem sempre o resultado desses atos nos tornam pessoas satisfeitas, felizes para enfrentar as horas de folga.
As decisões que nos imputamos têm consequências.
Gosto de comparar essa ‘nudez da realidade’ aos textos maravilhosos de Sandra Russo em seu livro Perdoem nossos prazeres.
São eles –
DORMIR ACOMPANHADAS
“Mergulhar aos poucos nas águas do sono. Mas, antes, ou enquanto isso, enquanto mergulhamos, os pés buscam seus pés. A pele dos dedos dos pés começa a acariciar a superfície morna da outra pele. Este abraço começa de baixo para cima. E sobe. Nós nos entregamos a essa deriva. E quando o sono começa a nos mastigar, deixamos isso acontecer porque não morde. Dormimos abraçadas a ele. Assim está bem.”
DORMIR SOZINHAS
“A cama é um mundo que é nosso. Esta noite somos donas de suas leis. Somos soberanas com os lauréis deste lençol branco que cheira a flor de laranjeira. Antes de nos deixarmos vencer pelo sono, somos felizes. Brevemente. Discretamente. Ninguém nos obedece, não obedecemos a ninguém. Nesta cama não há nenhum jogo de poder.
Que bela maneira de descansar.”
Nesses dois mundos distintos se percebe que a felicidade da gente está interligada à liberdade que damos aos nossos desejos, ações e, principalmente, quando nos sentimos soltos para decidir.
Estar na cama sem par pode significar um final de semana de bem com a vida, tudo depende de como encaramos e descodificamos o Uno.
Não obstante, quase a totalidade das pessoas, já experimentaram o calor do corpo de quem ama ou amou na cama, se entregando ao puro prazer e motivados por atitudes definitivas.
A vida prazerosa não se dá bem no terreno das consultas, das dúvidas.
O mais importante é que se tenha a magnitude da decisão, da liberdade no dizer: SIM e/ou NÃO e que esse processo ocorra de forma solta, leve para não deitarmos à cama acompanhados da inveja de situações que não lutamos para pôr em prática.
Bom final de semana!
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Maria Marçal é Portoalegrense, autora do Blog Maturidade, aposentada pela Justiça gaúcha, divaga pelo mundo das relações humanas, além de ser atuante nas temáticas que envolvem à Justiça.
A Maturidade nos torna missionários da Paz no campo emocional e crítico.
Eis meu caminho e espero que me acompanhem…
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