Existiriam no Além, espíritos destinados à própria sorte sem que Deus pudesse interceder com Seu amor incondicional? Embora muitos desses espíritos assim venham pensar, não tenhamos nenhuma dúvida de que o Criador, juntamente com Jesus não abandonariam suas ovelhas a viver errantes tanto no mundo físico quanto nos planos espirituais.
André Luiz, desta vez, ainda estando no Vale de dor, nos relata no livro: “Obreiros da Vida Eterna” na psicografia de Chico Xavier, a confissão de uma velha senhora ali residente entre lágrimas e soluços. Vejamos algumas citações: “Nossas faltas, mal pagas na Terra, uniram-nos aos Espíritos perversos do abismo!”. É fato que devemos aqui raciocinar quanto ao estado psicológico de muitos espíritos que passam a conviver nesses terríveis lugares. Sabemos que muitos outros passam, por essas paragens, adormecidos, por não compactuar com o mal propriamente dito e visto. Mas, temos a mania de considerar, principalmente se pertencerem à nossa família, que esse ou aquele parente já esteja desperto, consciente e trabalhando. Não generalizando, existem, sim, esses espíritos, mas nem todos acreditados como homens bons na Terra e que não visitem nem que sejam por algumas horas, esses sítios de sofrimentos, não que Deus se contente, mas o que vigora aqui é a nossa sintonia com regiões assim, possibilitando a nossa necessária purgação.
Nessa parte desse Umbral em que André Luiz e a equipe visitavam, existiam fieis de vários tipos de credo religioso. Católicos, crentes e até mesmo espíritas. Espíritas? Por que não? Principalmente eles. Vamos ressaltar aqui uma citação do clamor de um desses confrades. “Eu conheci Bezerra de Menezes na Terra, aceitei o Espiritismo. No entanto, minha crença não chegou a ser fé renovadora. Dedicava-me à consolação, mas fugia à responsabilidade!”. É reconhecível aceitar tal situação de muitos espíritas que ainda não estariam prontos para encarar e aceitar certos ensinamentos, não estando condescendentes com o conhecimento fraterno ainda que fragmentado.
É de se reconhecer que, mesmo estando presentes numa Casa Espírita, se não desenvolve a caridade àqueles que precisam de nossa maior atenção, fácil será permanecer por algum tempo nesses cipoais de dor. Querendo ou não, aceitando ou não, revoltando ou não, é da Lei de Causa e Efeito que sejamos purgados por deliberação exclusivamente da nossa parte.
Ante os pedidos de salvação de muitos, os verdugos ali vigilantes, começaram a dispersá-los sob o crivo dos chicotes por onde se viam uns se escondendo nas sombras, enquanto outros, resistindo às dores causadas pelos látegos sinistros em seus corpos. Como podemos observar, aqui se faz aqui mesmo se paga, indiferentemente se estamos envoltos num corpo físico ou fora dele. Ninguém sairá destes tormentos sem pagar o último ceitil. Nada mais que compreensível, não acha Leitor Amigo? Cap. 8f
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