Lino Tavares
Meses atrás, escrevi comentário nesta revista eletrônica e em jornais, acerca dessa aberração linguística ditada pela presidente Dilma, “oficializando” – porque publica no Diário Oficial – essa flexão de gênero inexistente, que a identifica, ao arrepio das regras gramaticais, como presidenta. Poderia, para justificar a crítica, ter me aprofundado mais na busca de explicações plausíveis para comprovar esse despautério que atenta contra o idioma que herdamos do povo lusitano. Mas preferi argumentar no meu texto apenas o fato de a palavra “presidente” ser um substantivo comum de dois gêneros, tal como estudante, atendente e outros, cuja flexão de gênero ser faz pela anteposição do artigo “a”, “o”, “um”, “uma” e seus plurais, quando requer concordância de número.
Tendo recebido o texto a seguir, que circula na Internet, com explicações mais aprofundadas em torno da questão, considero oportuno fazê-lo circular neste importante veículo de comunicação virtual, para que os brasileiros – os lúcidos, logicamente – se deem conta, ainda mais, de que desrespeitar as regras do Português, por mero capricho e não por desconhecimento de causa, é tão grave quanto ultrapassar o sinal vermelho, no trânsito, ou desacatar uma autoridade no exercício de sua atividade pública.
Jumenta
O Final é Perfeito
O “Aurélio” deve estar se remoendo no seu túmulo…
Parabéns Sr. Hélio Fontes. Meu Português é bem macarrônico, mas seu texto é fabuloso.
“SUA EXCELÊNCIA, A SENHORA PRESIDENTA DILMA”
Agora, o Diário Oficial da União adotou o vocábulo presidenta nos atos e despachos iniciais de Dilma Rousseff.
As feministas do governo gostam de presidenta e as conservadoras (maioria) preferem presidente, já adotado por jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão, afinal os veículos de comunicação têm a ética de escrever e falar certo.
* * *
Na verdade, a ordem partiu diretamente de Dilma: ela quer ser chamada de Presidenta. E ponto final.
Por oportuno, vou dar conhecimento a vocês de um texto sobre este assunto e que foi enviado pelo leitor Hélio Fontes, de Santa Catarina, intitulado “Olha a Vernácula”
Vejam:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante.
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente.
Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não “presidenta”, independentemente do sexo que tenha.
Se diz capela ardente, e não capela “ardenta”; se diz a estudante, e não “estudanta”; se diz a adolescente, e não “adolescenta”; se diz a paciente, e não “pacienta”.
Um bom exemplo seria:
“A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizantas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.”
Assim ela pareceria mais inteligenta e menos jumenta.
Dilma só fez questão do A no final da palavra, devido a importância que deu a fato de ter uma mulher ocupando um cargo importante na política, que antes só tinha homens. Ela sabe que o correto é presidente. Ela explicou numa das entrevistas que deu na ocasião.
Regina, não é só isto, pois a Dilma sancionou uma lei exigindo a flexão de gênero nos diplomas acadêmicos, ou seja, se eu me formasse hoje, poderia ter em meu diploma Jornalisto ao invés de jornalista, é lei e está no diário oficial com a assinatura da presidenta.
Veja a lei acessando link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12605.htm