Adeus, Maradona! Craque argentino virou saudade
Lino Tavares
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O futebol mundial veste luto neste 25 de novembro de 2020 pela morte de um de seus maiores ícones da bola, configurado na carreira brilhante de Diego Armando Maradona, nascido em Lanús, Província de Buenos Aires, no dia 30 de outubro de 1960. Malgrado as contradições existentes entre o brilhantismo ímpar de seu talento raro e seu comportamento social desaconselhável, em razão do envolvimento no mundo obscuro das drogas, o craque argentino que hoje partiu causa enorme consternação nos meios esportivos, conquistando um lugar perpétuo na memória dos apreciadores do esporte bretão e tornando-se credor de saudade eterna entre todos aqueles que viram e aplaudiram suas jogadas geniais pelo mundo afora.
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Seria hipocrisia afirmar, à guisa de homenagem póstuma, que o mundo perdeu o seu maior futebolista de todos os tempos, um vez que se tem consciência de que a classificação de melhor atleta da história continua pertencendo ao Rei Pelé, dono de uma biografia futebolística mais rica do que aquela que Maradona construiu ao longo de sua extraordinária carreira. Isso não diminui, contudo, o esplendor da trajetória desse craque de exceção, que entra para a história como o segundo maior futebolístico que o mundo até aqui conheceu. Sua vocação ímpar para o fino trato com a bola foi revelada a partir dos nove anos, quando era morador de favela nos arredores de Buenos Aires, sendo levado pela mão de um amigo ao pequeno Argentino Juniors, da capital porteña, onde conquistou apreço nas categorias de base do clube.
Pouco tempo depois já era alvo da cobiça das grandes agremiações do futebol argentino. Aos 16 anos chegou a ser convocado para a seleção argentina, que se tornaria campeã mundial de 1978, mas foi injustamente cortado, causando arrependimento tardio na comissão técnica. Depois de barbarizar no Argentinos Juniors, Maradona foi levado para a Bombonera, onde revitalizou o futebol do Boca Juniors até ser transferido para o futebol europeu, conquistado o mundo e colocando na cabeça a coroa de rei do futebol de sua época, vestindo a camisa do Barcelona e do Napoli. Em 1986 chegou à consagração total ao se tornar peça fundamental na conquista do bicampeonato mundial da seleção argentina, disputado no México.
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Encerrando esse tributo a Diego Maradona, eu diria que o mundo se despede hoje do seu “pequeno príncipe da bola”, considerando que o craque argentino tornou-se um gigante do futebol, a despeito de possuir apenas 1,65 m de altura.
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