A virtuosíssima cantora Gigliola Cinquetti, que encantou gerações com suas canções românticas, a quem homenageio, ilustrando esse texto
Lino Tavares
A música brasileira, seja do gênero que for, está entre as mais apreciadas do mundo. No esplendor da musicalidade universal, que teve seu apogeu na segunda metade do século passado, nosso país exportava em larga escala sua genialidade musical, figurando inicialmente com os sucessos de Carmem Miranda, a “Pequena notável”, que assombrou o primeiro mundo com seu repertório ilustrado por trejeitos e adereços típicos do Brasil tropical, desfilando garbosa aos olhos das exigentes plateias americanas.
Depois vieram os anos dourados da Jovem Guarda e da Tropicália, movimentos que despertaram o interesse das legiões de apreciadores da boa música, a despeito da explosão musical do além fronteiras, representada pelo surgimento de bandas famosas como “The Beatles” e “The Holling Stones”, bem como de cantores solo de primeira grandeza, como Frank Sinatra, Nat King Cole, Julio Iglesias e vários outros.
Não obstante toda a pujança da criatividade musical brasileira, destoamos do resto do mundo no que tange ao cultivar de nossos artistas e melodias de outrora, focando de forma quase exclusiva nos sucessos musicais do momento e deixando de lado, como se fosse coisa anacrônica, aquelas pérolas musicais de ontem, que multidões aplaudiam de pé.
Viajando recentemente por países latinos da Europa, percebi que a maioria de seus jovens denota apreço à música do presente, sem colocar no baú do esquecimento a arte musical aflorada em épocas passadas, quando muitos deles sequer eram nascidos.
Tive certeza disso num bar das redondezas do Rio Tejo, em Lisboa, onde dei uma palhinha cantando “A volta do Boêmio” (https://www.youtube.com/
O mesmo acontece na Itália, onde são venerados ainda hoje artistas consagrados como Nico Fidenco, Peppino Di Capri, Sérgio Endrigo e a virtuosíssima cantora Gigliola Cinquetti, que encantou gerações com suas canções românticas, a quem homenageio, ilustrando esse texto com a foto de capa de um de seus discos de maior sucesso, contendo o autógrafo concedido por ela ao médico gaúcho, nosso amigo Carlos Rizzon, por ocasião de um show que realizou em São Paulo na década de 1970.
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