Os que acreditaram na disposição da presidente Dilma Rousseff em depurar o seu governo, promovendo a decantada faxina, colocando fora do poder todos quantos se vissem envolvidos em denúncias de corrupção, a manutenção do ministro do Esporte, Orlando Silva, no cargo – contrariando todas as expectativas – caiu como uma ducha fria, apagando a chama da esperança de que, enfim, o Brasil havia conquistado o governo implacável de que necessitava para promover o tão esperado choque de moralidade capaz de colocar esse país nos eixos.
As denúncias relativas aos desmandos no Ministério do Esporte, com acusações diretas e contundentes contra o seu titular, não parecem ser menos graves do que aquelas que culminaram com a queda do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, e do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Se é assim, o tratamento diferenciado dado por Dilma ao ministro Orlando Silva, em relação aos outros dois aqui citados, conduz a uma pergunta que não quer calar: que motivo teria levado a presidente da República a esse procedimento ?
Pode até existirem vários, mas um deles parece de certo modo óbvio. Sabe-se que, embora filiada ao PT de Lula, oriunda dos quadros do PDT de Leonel Brizola, Dilma Rousseff iniciou sua militância político-doutrinária, na época do “Regime Militar”, incorporando-se a grupos de extrema esquerda, como o Colina – Comando de Libertação Nacional, depois unido ao grupo Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, que agiam no Brasil sob os auspícios do Movimento Comunista Internacional, com o firme propósito de atrelar o Brasil à Cortina de Ferro, comandada por Moscou.
Isso posto, não é difícil concluir que o ministro do Esporte Orlando Silva, embora sendo o único representante do Partido Comunista do Brasil no primeiro escalão do Governo Federal, é aquele que mais se identifica, do ponto de vista doutrinário, com a biografia política da presidente Dilma. Essa identidade de ideias talvez torne o titular da Pasta do Esporte digno de um crédito de confiança bem mais consistente por parte de nossa atual chefe da Nação, que custa a acreditar que um camarada marxista seja capaz de ter praticado os atos indignos de que está sendo acusado pelo ex-policial João Dias.
Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor
É verdade, caro JK. A vassoura da Dilma tem outra finalidade: É meio de transporte.
Na verdade quase todos saíram por vontade própria, vai ver essa faxina quem faz é o vento e não a vassoura.
Abraço amigo Lino.
E não me venham com essa de faxina da Dilma, porque esse ministro saiu, por socicitação dele próprio, premido pelo pedido de investigação no Supremo. É sempre assim, na hora do aperto os corruptos renunciam para escapar da “demissão por justa causa”.
Muito bom seu trocadilho sobre o Ministério do Esporte. Se me permite, vai figurar na próxima ImprenSátira. Afinal, estamos naquela de rir para não chorar. Fica a pergunta: o que é mais corrupto o Ministério do Esporte ou a CBF ?
Abraços
Esse já era. Agora qual será o menos pior para esta pasta: Aldo Rebelo ou Flávio Dino?
Eu acho, na minha opinião, que para ser ministro dos esportes, o bom seria um goleiro, pois caso houvesse alguma denúncia poderia usar como defesa, que ele é o único que pode meter a mão.
O jeito é rir, pois se levarmos tudo isso a sério ficaremos loucos.