Lino Tavares
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Sempre me neguei a votar, desde a primeira vez em que compareci a uma seção eleitoral, pela singela razão de não concordar que qualquer ‘charlatão’ concorra a cargo eletivo, sem ser submetido, sequer, a um teste psicotécnico, para pelo menos provar que sabe raciocinar. Quando surgiu no cenário eleitoral a urna eletrônica, essa minha disposição em não votar consolidou-se definitivamente, pois, além das candidaturas fáceis já mencionadas, passamos a conviver, a partir de então, com uma enorme possibilidade de fraude no processo de votação, posto tratar-se de um componente do mundo da informática, tão vulnerável quanto outro computador qualquer.
Na primeira eleição em que se usou urna eletrônica no Brasil, escrevi um artigo em jornal de grande circulação, levantando a possibilidade do aparelhamento da “engenhoca eleitoral”, para favorecer grupos de interesses das coligações partidárias, atualmente transformadas em verdadeiras quadrilhas, montadas estrategicamente para conquistar o poder, nele se perpetuar e colocar em prática o que se pode chamar de “crime organizado do colarinho branco”.
Mesmo depois que a chamada “eleição informatizada” já estava consolidada, sendo classificada pelos ingênuos e por seus “fraudadores beneficiários” como “uma conquista exclusivamente brasileira” – já que é rejeitada no resto do mundo – nunca deixei de observar nos meus artigos que determinados pleitos eleitores deixavam margem à desconfiança de fraude, em função de resultados surpreendentes apresentados, alguns dos quais contrariando completamente os números das pesquisas eleitorais. Tenho questionado repetidas vezes o motivo pelo qual a maioria dos candidatos à reeleição – em todos os níveis de poder – acaba sendo contemplada com um segundo mandato, se ao término da primeira gestão nada fez de positivo no sentido de solucionar os problemas de seus governados.
Analistas políticos e setores da mídia têm atribuído esse triunfo “milagroso”, via de regra líquido e certo, ao uso eleitoral da máquina estatal por parte de quem concorre, estando no exercício do mandato. Em alguns casos, por uma questão de lógica, isso até pode acontecer, mas não o suficiente para descartar a possibilidade de fraude, haja vista que esses candidatos, com as chaves do tesouro na mão, dispõem de um enorme poder de manipulação junto àquela minoria de notáveis – “gente da área da Informática” – que tem por incumbência programar as urnas eletrônicas para as eleições.
Isso deixa margem para que se questione se o que temos hoje no Brasil são eleições livres e democráticas ou uma farsa eleitoral a serviço de quem pode mais, ou seja, quem está no poder e nele quer continuar, para consolidar os seus projetos, não de governo, mas de enriquecimento ilícito às custas do dinheiro público. Isso pode e deve ser questionado na mídia, nas entidades, nos tribunais e principalmente nos plenários do poder legislativo, como se vê no vídeo a seguir, algo que, mesmo se constituindo numa grave denúncia, sequer sensibilizou a nossa frouxa e desmoralizada Justiça Eleitoral, no sentido de uma tomada de posição, visando a acabar com “esse circo eleitoral eletrônico”, no qual os eleitores brasileiros, como diz o deputado denunciante, não passam de autênticos palhaços.
TAMBÉM CONCORDO. ESSA FARSA JÁ ACONTECEU NO CONGRESSO. PORQUE NÃO NAS URNAS ELETRÔNICAS?
SE A PESQUISA DÁ UM PERCENTUAL A FAVOR DA OPOSIÇÃO, É SÓ AJEITAR A MAQUINA, PARA QUE ELA DIRECIONE, PARA O CANDIDATO DONO DELA. COMO PODEREMOS SABER? O GOVERNO (PARTIDO DOS TRAMPOSOS) CONSEGUE INVERTER A VERDADE E A MENTIRA.
Excelente matéria, Lino! Continue falando a verdade, pois és o único jornalista que ainda o faz.
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