Aécio Cesar

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            Você alguma vez já parou para pensar por qual motivo seria em que cantamos hinos em nome do Senhor e minutos depois damos as costas à prática dos Seus ensinamentos? Por qual motivo seria que soletramos nos púlpitos as sagradas palavras do Evangelho e perseguimos todo irmão não afeito à nossa vontade malquerençada? Por que será que mesmo conquistando a razão que nos faz distinguir o bem do mal, a sombra da luz, hostilizamos todo aquele que pratica o que já está enfadonho no que dizemos? Por qual motivo lemos reiteradas vezes as passagens evangélicas para os outros enquanto nós infringimos faltas acerbas contra a moral de irmãos de credos contrários ao nosso? Por que choramos várias vezes pela morte de entes amados e no mesmo instante assassinamos com pensamentos e palavras, afeiçoados nossos de coração? Por qual motivo admiramos os pensamentos de ilustres filósofos da nossa história, mas fustigamos no lamaçal da pornografia nua e crua em todos os seus danosos segmentos como coisa natural da atualidade? Por que todos os anos fazemos elegia a santos de homens, em procissões de renome para depois desembaiarmos armas sejam elas lícitas ou não por causa da nossa ingente falta de princípios religiosos?

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Vendaval das Paixões 1

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Por que gostamos de escrever palavras de incentivo, ouvir pregações de consolo e momentos depois ordenamos em nossa consciência, a matança de princípios nobres que sempre nos enovelaram como irmãos do Senhor? Por que através de milênios, ano após ano, falamos de Jesus mas sempre nesses mesmos anos o traímos continuamente açoitando-O até o Calvário das nossas mais lastimosas intenções? Estamos suportando tantas corrupções em que o povo vem sofrendo heroicamente, mas por que no mesmo momento, oferecemos nossa carta de alforria à primeira eleição que nos forçam a votar num regime dito democrático? Pouco a pouco vamos esquecendo das benesses do Criador para muitos em forma de milagres, mas mesmo curados, beijamos os pés daqueles aniquiladores da nossa paz de espírito. Por que tal decisão? Cremos afanosamente nos diversos santos idolatrados – também antigos deuses do Egito – e desprezamos descaradamente o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó e mesmo assim desejamos a Misericórdia do Criador como válvula de escape às suas intransigências espirituais. Mesmo há mais de dois mil anos da morte do nosso Salvador, por que ainda encontramos cristãos que abençoam armas fratricidas como se fossem a razão absoluta do nosso existir?

            Ante essas questões alusivas aos nossos verdadeiros sentimentos religiosos vamos complementar no que diz Eusébio em sua preleção em que André Luiz nos relata no livro “No Mundo Maior” pela mediunidade de Chico Xavier: “O vendaval das paixões fulminantes de homens e de povos passa ululante, de um a outro polo, a semear maus presságios”. Creio que eu não preciso dizer mais nada, não é Leitor Amigo?

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