Maria Marçal
Quantos sinais imputamos, desde o nascimento, de que a intenção é saber-se independente e, finda a adolescência, damos início ao processo inverso, assinalando, a partir de então, ser bem melhor estarmos aninhados, protegidos por um teto com profissão definida e desejos pontuados.
Aves em ninho …
Território simbólico repleto de sentimentos.
Ali se instala o colo familiar e a certeza de que não estamos sozinhos.
Nesse ninho ‘nossas aves interiores’ deixam as asas descansarem e, tão dentro dessa intimidade, reconhecemos a grandeza de sempre buscar alçar voo no dia seguinte, porque somos seres em movimento, que erram, acertam, criticam, elogiam, mergulham e vem à tona.
Aves em ninho…
Gosto de me sentir como uma ave que procura, dia a dia, a beleza da montanha, mas, contrário a isso, prezo minha capacidade de avaliar que, retornar ao ninho, me credencia a adormecer pronta e revitalizada para voar novamente ao amanhecer.
Assim continue acontecendo…
E se esse, também, é um bom caminho para meu estimado leitor, em algum momento, nos encontraremos no topo da montanha.
Lino…
Tu és suspeito em falar, querido amigo! rsrs
A poesia é um dom não para leigos, mas pessoas que tem alma sensível voltada aos sonhos.
Acho que, como tu, sou uma taurina meio pé-no-chão que mistura realismo com doses críticas. Um tanto diferente dessa postura tão especial dos poetas de carteirinha.
Mas sempre sou grata a esses elogios que retribuo com carinho.
Beijos, Lino.
Maria Marçal
Maria Marçal é uma poetisa não assumida. Mas quando quiser assumir, bastará apenas procurar uma editora e lançar seu primeiro livro. Aposto que a nossa amiga comum, Santra Paula (poeta) pernambucana pensa como eu a esse respeito. Um beijo na minha doce amigo e sempre lembrada, da seresta no Portinho..