Carlos Athanasio
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Parei uns dias de escrever. Afastei-me dos motivos que levam a escrever e imergi num “mundo de silêncio”, como dizia o Lulu Santos, para poder voltar a sentir as notícias e o que está acontecendo pelo Estado e pelo mundo.
Devem ter sido mais ou menos uns quarenta dias. Foi boa a reclusão, mantido o hábito da leitura de dois jornais e o acesso diário ao blog do nosso correspondente do Programa Ideia Pública, que agora conta com duas horas de ligação entre AM e FM, Políbio Braga.
Desliguei-me, na verdade, da condição de ter que escrever e poder fazer a minha leitura dos fatos e dos sentidos, dos porquês das ações e omissões, embora a responsabilidade pela edição e produção da pauta do programa que tenho, comece na segunda-feira e seja concluída na quarta, início de tarde, quando enviamos a pauta à Rádio LA.
Mas, aqui, o espaço é outro. Nossos contatos serão mais esporádicos, tendo em conta que daremos lugar a novos valores que estão sendo descobertos e necessariamente, a mudança faz parte do crescimento, do aprimoramento, principalmente, de um jornal tão tradicional que está de cara nova. Parece, até que saiu de um Spa, e agora, passa a apresentar-se pelas cidades, passando de mão em mão, como novo AU! Fico feliz com esse rejuvenescimento que deve aproveitar a todos.
O Jornal estando mais novo; nós, também, ficamos mais novos e atualizados. Quanto ao Mundo, que deu tantas voltas desde a minha imersão, retorna com um tema preocupante e antigo, sendo que ouvimos, aqui, em FW, no início deste ano, um integrante da missão brasileira da ONU, vindo da Síria, sobre a situação aquele País, que já era preocupante, quando da entrevista e da matéria publicada, também, no AU. Explico melhor: naquela oportunidade, os observadores brasileiros da ONU foram “convidados” a se retirarem do País, pois não havia mais condições de segurança para eles.
De lá para cá, tudo piorou. Agora, houve, segundo consta, a utilização de gás contra população civil; são gases bem antigos que são utilizados, desde a 1ª Guerra Mundial, como Tabun e Sarin, que são gases chamados “tóxicos dos nervos”, pois eles atuam no sistema nervoso central, causando a paralisia dos músculos, gradativamente, até que param a respiração e o coração.
Esses gases foram amplamente usados nos dois conflitos mundiais e ainda há estoques deles pelo mundo; evoluíram, depois, para vírus bem mais letais (ebola), até chegarem ao mais recente que se tem notícia, o “VX”, aquele do filme a “Fortaleza”, com Sean Connery, Ed Harris e Nicolas Cage. Mas, a “geopolítica e poder”, que era destacada pelo velho Golbery, entraram em campo e logo haverá invasão da Síria, não por causa das armas químicas, mas, por causa das riquezas do País que será expropriado pelos amigos americanos, em nome da paz mundial.
Nesse ponto, um presidente democrata estará se igualando a todos os presidentes republicanos que eram favoráveis às intervenções internacionais, como os Bush’s, por exemplo. O havaiano Obama, que gosta de surf e da música dos Beatles, vai invadir um País estrangeiro, com aval do Congresso Americano, em busca do petróleo que move o mundo.
Não é a cena da população civil dizimada, pela arma química, que moverá o levante americano, mas o estoque do ouro negro que está acabando nos EUA e que o Oriente Médio tem de sobra. Go Home, Yankees!