Existiriam planos invisíveis para nós, onde se agrupariam almas endividadas com a Justiça Divina, ditas erroneamente como regiões infernais eternas? De fato existem sem que sejam eternas. André Luiz nos traz pormenores a respeito quando presente a uma palestra do instrutor Albano Metelo quando de passagem pela colônia “Templo da Paz”, descrito no livro, “Obreiros da Vida Eterna”, no lápis de Chico Xavier. Num grande salão, veio a descobrir que através de um globo cinematográfico, esse instrutor iria colocar nele seu campo de visão, ou seja, seu trabalho nas regiões vencidas pelo sofrimento insofismável.

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Comovido pelo filme que desenrolava na tela ali exposta à frente daquela platéia, não deixou, André, de fazer parte da sensibilização geral das imagens e sons onde a dor e a aflição reinavam. “Infelizes desencarnados, em despenhadeiros de dor, imploravam piedade. Monstros de variadas espécies (…) compareciam horripilantes, ao pé de vítimas desventuradas”. Para os mais céticos esses cenários de sofrimento seriam quais clichês mentais dos mais loucos dos homens. Mas infelizmente não eram. E, embora, muitos na Terra aguardam pelo Paraíso Bíblico, outros tanto farão parte dessas hordas compactas de infortunados ligados um a um pela sintonia de pensamentos.
Gosto muito de dizer essa frase: “Somos o que pensamos”. Muitos dos nossos irmãos habilitam a conviver com espíritos – encarnados e desencarnados –, que lhes têm como hábito infeliz, fazer o mal a outrem, viciando-se com pensamentos os mais bárbaros possíveis. São desejos os mais assombrosos. Impulsos aqueles os mais violentos onde se procura saciar ímpetos de animalidade que, mesmo à custa de novas existências, são insaciáveis. Em Além-túmulo, no entanto, os pensamentos tão bem arquitetados pela consciência culposa, ganham mais vida se materializando perante o assombro dos seus criadores e, podemos afirmar que passam a envolvê-los mais fortemente com tamanha infelicidade juntamente com outros que se imantam com a mesma afinidade desastrosa.
“Para onde se dirigiam aquelas fileiras imensas de Espíritos sofredores?”. Contemplava perplexo, André Luiz. Aquela paisagem era das mais lúgubres possíveis. Resultado dos sentimentos inferiores que ali eram expurgados. E, juntamente com aqueles cenários assombrosos, onde lamentações transmutavam uma atmosfera asfixiante, outros ruídos sinistros, entre gargalhadas e acusações diversas eram ouvidas, não sabendo bem em que direção elas viam ou iam. Até que ponto Leitor Amigo, esses pedidos de clemência desses sofredores seriam ou não em vão? É o que veremos na próxima semana. Cap.1-i

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