A Geração da Lógica...Eu Primeiro 1

Maria Marçal

Ontem, em conversa com uma de minhas amigas, conjecturamos sobre a mudança de atitudes/pensamento, das gerações passadas com relação a presente.

Se observa que, nessa década, o comportamento humano mudou no que diz respeito a assumirem, sem medo de melindres, posições à cerca das relações amorosas, nos embates profissionais ou mesmo se permitirem rebater/discutir no emaranhado mundo famíliar.

Vivemos agora a geração da lógica, onde o MEU desejo prevalece.

Em última instância se estabeleceram garantias à vontade própria, através do gerenciamento, numa forma egoísta no bom sentido, das questões de vida, porém sob a condicionante de usar o verbo na primeira pessoa, sempre.

Não se questionam mais os porquês nem as preocupações com o que ‘os outros’ irão achar.

Exemplo disso são os casais formalizados nessa década: primeiro se fixa, entre eles (de maneira fria e lógica), um regramento sobre bens, finanças (de um e outrem), para depois iniciar, propriamente dito, o amor a dois, cujo não é mais para o resto da vida e, sim, para até quando as partes julgarem benéficas entre si.

Faço um parêntese aqui dizendo que, no meu tempo, o amor era o condutor da união, inexistindo estas conversas às claras e tão pé-no-chão como acontece hoje.

Já no tocante ao trabalho, o medo de se impôr falava mais alto do que bater à mesa (como agora) na busca pelo ético, correto e justo nesse campo das oportunidades. E assim nada vingava, muito diferente do que ora presenciamos com olhos de admiração pela coragem do enfrentamento.

Nessa nova visão se tiver que ‘brigar’ pelo cargo, pela isenção no momento das decisões…que se brigue.

A geração da lógica se ampara na Lei da Realidade com a predominância do EU, não tendo qualquer relação com sonhos, amor cor-de-rosa, quando se minimizava em favor do outro para prosseguir seja no trabalho ou no seio sócio-familiar.

O viver com exclusividade é uma escolha arriscada frente aos padrões convencionais, os quais se alinhavam no NOSSO, mas, nessa maturidade que me assiste, considero salutar que tenham conseguido desbancar posições tão sonhadoras, onde se apostava – no escuro – que ética, decência, pudor, divisão com igualdade de direitos seriam alicerces para um futuro seguro e sem ‘dores’.

Se essa geração da lógica, ao lidar com a realidade se precavendo quanto a riscos futuros, soube fazer acontecer é quase tardio que, nós (pais, avós, chefias), venhamos a buscar por mudanças de comportamento, pegando carona nesse trem que tem todas as condições de não errar o passo dado.

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Maria Marçal  é Portoalegrense, autora do Blog Maturidade, aposentada pela Justiça gaúcha, divaga pelo mundo das relações humanas, além de ser atuante nas temáticas que envolvem à Justiça.

A Maturidade nos torna missionários da Paz no campo emocional e crítico.
Eis meu caminho e espero que me acompanhem…
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