Gilberto Vieira de Sousa
Contradizendo a tudo o que tradicionalmente aprendemos na escola sobre Hitler, descobrimos uma outra face deste personagem histórico, que retinha consigo profundos conhecimentos ocultistas os quais poucos homens ocidentais vieram a conhecer naquela época.
A Cruz Suástica é o símbolo que traz sempre más lembranças, pois ficou marcada pelas atrocidades do nazismo.
No entanto a cruz Suástica é um símbolo (yantra) conhecido há mais de 5.000 anos e é considerada sagrada, representando equilíbrio, expansão e evolução do universo e de grande magnetismo, conhecida como Lot’chu, constando no I ching.
Ganesha, o Deus indiano mais cultuado, filho de Shiva e Shakti, o que afasta os empecilhos, protetor dos negociantes, tem a suástica desenhada na palma de sua mão (Abaya Mudra). Shiva também usa este yantra; assim como, em vários templos na Índia o vemos desenhado na porta de entrada
Este símbolo usado no sentido anti-horário tem os resultados de destruição, dissolução.
Hitler era interessado em magia e mantinha a seu serviço ocultistas que orientavam Hitler ao uso da suástica no sentido da destruição e do grande poder magnético pessoal.
É de se crer que seu poder influente sobre as massas do povo alemão fosse algo incomum. Hitler era um homem que agia sabendo muito bem o que fazia, e não era um mero louco e insano, sem objetivos concretos.
Hitler possuía 25% de sangue judeu em suas veias. Nasceu num povoado austríaco, centro de médiuns e videntes, com um ambiente psiquicamente carregado que influenciou sua visão da realidade. Dois famosos médiuns, os irmãos Schneider, nasceram no mesmo povoado e um deles teve a mesma ama de leite que Hitler.
Quando pequeno estudou na abadia de Lambach, onde sonhava ser sacerdote. Foi neste local que teve seu primeiro contato com o símbolo da suástica, que teria sido trazida pelo abade Teodorich Hagen, que ordenou que fosse esculpida em paredes, mesas e objetos de culto de toda a abadia. Hagen, viajou pelo oriente e era profundo conhecedor de magia e ocultismo.
Nesta mesma época, a abadia recebeu a visita de um padre, Adolf Joseph Lanz, cujo físico correspondia exatamente ao protótipo da raça ariana. O padre Lanz se trancou várias vezes na biblioteca do monastério onde estudou mais de 30 anos de pesquisas feitas pelo abade Hagen. Segundo Lanz, que posteriormente veio a fundar a Ordem do Novo Templo e editar o Jornal Ostara em Viena, os únicos seres realmente humanos são os arianos louros de olhos azuis, o resto não passa de “macacos”, os símios de Sodoma, evocados na Bíblia, os demônios saídos de Gog e Magog, raças de cabelos escuros opostas aos arianos. Lanz afirma também que os arianos são a obra prima de Deus, dotados de poderes paranormais emanados por “centros de energia – chakras” e “órgão elétricos – kundalini”, que lhes conferem supremacia sobre qualquer outra criatura.
A raça ariana era tida como a mais perfeita pelos Nazistas
O Fürer era um vegetariano convicto, não bebia, nem fumava, e esta atitude sua foi influenciada pela doutrina cátara de pureza, a exemplo da vida de Átila, o huno. Durante sua fase de pintor em Viena, Hitler se dedicava ao estudo do ocultismo e da magia e foi um assíduo leitor do Jornal Ostara publicado por Lanz.
É importante informar quanto ao caráter vegetariano de Hitler, há controvérsias, “Hitler não era vegetariano. Seu doutor às vezes prescrevia a dieta vegetariana para melhorar sua saúde. Goebbles, o Ministro da Propaganda, tomou esse fato e distorceu-o para criar nas pessoas a idéia de que o Furer era um homem santo como o contemporâneo vegetariano Mahatma Gandhi. Hitler trapaceava quanto às ordens de seus médicos e fingia ser um vegetariano, comendo macarrão recheado com carne picante e coberto com molho de tomate.”
Em 1912 era fundada a Sociedade de Thule à qual Hitler veio ter conhecimento, mas que nunca fez parte, adquirindo porém conhecimentos desta ordem a partir de seu secretário e lugar-tenente Rudolf Hess. Criada pelo barão Rudolf von Sebottendorf, que em viagem à Turquia entrou em contato com iniciados drusos que afirmavam receber seus ensinamentos espirituais do “Senhor do Mundo” o senhor de Thule ou Shambala – o governo oculto do mundo, reino dos hiperbóreos. Daí o nome Thule. Para Von Sebottendorf, a raça dos hiperbóreos (ariana) possuía um poder oculto: “quem o controlá-lo poderia dominar o mundo” – este poder seria o vril.
Hitler também teve contado com a ordem do Vril, ligada à Thule. Esta ordem é um grupo esotérico que continua vivo ainda hoje na Índia, seu país de origem, onde conta com mais de dois milhões de adeptos.
A palavra vril significa uma reserva formidável de energia presente no homem e da qual ele utiliza apenas uma ínfima parte. Dentro dos conhecimentos iogues, vril e kundalini siginifcam a mesma coisa: o fogo serpentino – o 3o Logos.
Os adoradores do vril veneram o Sol levantando suas mãos em sua direção numa saudação semelhante à feita pelos nazistas e pelos antigos egípcios no culto a Rá, o Deus Sol. Os templos deste culto estão decorados com grande variedade de cruzes gamadas, aliás, na Índia a cruz gamada é tida como um símbolo de poder, porém ela é escrita em sentido horário, onde representa a evolução e nos quadrados mágicos da numerologia judaica tem o valor 360 representando o fogo – a espiritualidade e o Logos. Os nazistas inverteram a posição da suástica, que veio representar o elemento terra – Malchut na Cabala, tendo assim o valor 666 – o número da Besta.
Mas em meio a tudo isto existia algo mais: haviam seitas tibetanas e sua magia. A Thule e seus seguidores foram profundamente influenciados pela magia negra tibetana e tiveram mesmo contato com os bompos tibetanos de barrete negro na Alemanha. Estes teriam sido invocados para agir politicamente na Europa através de sua magia tântrica.
Mais uma coisa interessante sobre a personalidade de Hitler, era que ele tinha a astrologia e a geomancia em alta conta, e as consultava antes de seus ataques. Aliás, todos os ataques foram feitos seguindo as linhas de força geomânticas e telúricas da Europa. A consulta ao pêndulo e à rabdomancia para saber a posição dos barcos aliados era algo costumeiro, feito muitas vezes por Himmler, uma brilhante mente do nazismo de Hitler. Acredita-se que Hitler tivesse algum tipo de pacto demoníaco, onde oferecia os judeus queimados nos fornos para adquirir mais poder para rodar a suástica invertida sobre toda a Europa e assim conquistar o mundo. E o teria feito se não tivesse vacilado em seu último combate.
Hitler veio falecer em abril de 1945, e sua morte ainda é uma incógnita, não se sabe se ele fugiu, suicidou-se ou se foi assassinado. A morte de Hitler é cercada de profundo mistério, mas recente exposição organizada em Moscou, as autoridades russas expuseram uma parte superior do que se supõe ser o crânio de Adolf Hitler, ditador da Alemanha entre 1933 e 1945, que se suicidou no dia 30 de abril de 1945. Leia sobre os últimos dias que antecederam a sua morte.
“Se não chegarmos a triunfar não nos restaria senão, ao soçobrarmos, arrastar conosco metade do mundo neste desastre”. – Hitler a H.Rauschning, “Gesprache”
O ambiente no bunker era tenso, sufocante. Faziam mais de cem dias, entre entradas e saídas, que um pequeno grupo de funcionários, oficiais e oligarcas nazistas, estavam lá entocados como lobos acuados ao redor de Adolf Hitler. Construída nos jardins da Chancelaria do Reich, em Berlim, a casamata tinha a função de protegê-los dos ataques aéreos aliados que devastavam a capital da Alemanha. Acentuando ainda mais a situação troglodita e claustrofóbica em que viviam, chegou-lhes a notícia que o Exército Vermelho estava às portas. No dia 18 de abril de 1945, um colossal vagalhão blindado de tanques, canhões e aviões, esparramou dois milhões e meios de soldados russos para as cercanias da cidade. Mais de um milhão deles combateram uma espetacular batalha de ruas, contra as derradeiras forças da resistência alemã. Ao preço de 300 mil baixas, os soviéticos penetraram-na por todos os lados.
A última aparição de Hitler
Hitler ainda recebeu alguns convidados mais próximos para seu aniversário em 20 de abril. Há uma foto dele na ocasião. Com a gola do capote levantada, ele cumprimenta, do lado de fora da Chancelaria do Reich destruída, alguns jovens garotos da juventude nazista que haviam se destacado na defesa desesperada da cidade. O Führer estava uma ruína humana. Os últimos acontecimentos haviam-lhe retirado a seiva. Sua tez acinzentou-se, o rosto encovou-se e os olhos adquiriram uma opacidade de semimorto. Para consolá-lo e sacudi-lo da letargia depressiva em que se encontrava, Joseph Gobbels, seu Ministro da Propaganda, lia-lhe diariamente trechos da “História de Frederico o Grande”, de Carlyle, especialmente a passagem onde é narrada a milagrosa salvação daquele capitão-de-guerra prussiano na Guerra dos Sete Anos (1756-63), que escapou do destino dos derrotados devido a um desacerto ocorrido entre seus inimigos.
A determinação de ficar ali e travar a batalha final foi tomada numa reunião no dia 22. Inspirando-se na tradição nórdica do herói que morre solitariamente num último combate, ou no sepultamento do guerreiro viquingue incinerado no seu barco de comando, Hitler comunicou a todos a intenção de comandar pessoalmente as operações. Recebeu, porém, telefonemas de alguns seguidores e de outros generais que instaram para que se retirasse enquanto havia tempo. O Führer manteve-se intransigente. Ninguém o arrastaria para fora da liça.
O atentado de 20 de julho e o desencanto
Uma das razões, mais remotas, da aparência cinzenta e desencantada de Hitler, resultou do choque que ele teve, nove meses antes, do atentado cometido contra a sua vida. Naquela ocasião, no dia 20 de julho de 1944, um grupo de conspiradores, quase todos altos membros da hierarquia militar e integrantes da nobreza alemã, conseguiram fazer com que o coronel do estado maior Claus Schenk von Stauffenberg, colocasse uma bomba no quartel-general do Alto Comando. O artefato explodiu na sala de reuniões onde Hitler estava presente, mas apenas provocou pequenas escoriações nele. Refeito do susto, o ditador ordenou uma caçada em massa contra todos os envolvidos, que terminaram executados depois de serem sumariamente condenados à morte num Tribunal Popular. O outro motivo que levou Hitler a desejar suicidar-se, e em seguida ser incinerado, decorreu da notícia que ele recebeu do destino infausto do ditador fascista Benito Mussolini. O Duce fora capturado em Dongo, no norte da Itália, por partisans comunistas, e seu corpo foi exposto, pendurado de cabeça para baixo num posto de gasolina em Milão, junto ao da sua amante Claretta Petacci, em 28 de abril de 1945. Hitler temia que seu cadáver fosse profanado ou levado como troféu de guerra para a URSS.
O casamento e uma traição
Hitler e Eva Braun
Poucos dias depois de ter tomado a decisão definitiva, resolveu formalizar sua união com Eva Braun, encomendando um casamento de emergência dentro do abrigo. O casal decidira por fim à vida juntos. Hitler tinha-se mantido solteiro, até então, em nome da mística que sua solitária figura messiânica exercia sobre o povo alemão. O salvador não poderia ser um homem comum, com esposa e filhos, envolvido pela contabilidade doméstica, e na rotina matrimonial burguesa.
Teve ainda um espumante ataque de fúria quando soube (ele, mesmo nos estertores, ainda era informado de tudo), que Heinrich Himmler, o Reichsführer SS, havia, às suas costas, à socapa, contatado com o legatário sueco, o conde Bernadotte, para negociar uma paz em separado com os exércitos ocidentais, que avançavam Alemanha a dentro vindos do Rio Reno. Numa das suas derradeiras ordens, determinou a expulsão sumaria dele do Partido Nazista, exonerando-o de todos os cargos de chefia. Mas aquela altura de nada adiantava.
O momento final
No dia 29 de abril, deu-se a reunião final. O General Weidling, governador militar de Berlim, e comandante da LVI Panzer Corps, ainda aventou a possibilidade de uma escapada pelas linhas soviéticas, mas Hitler o dissuadiu. Não tinham nem tropas, nem equipamento, nem munições, para qualquer tipo de operação. Era ficar e morrer!
O Führer então despediu-se formalmente das pessoas mais próximas que ainda o seguiam até aquele momento. Pressentindo o suicídio, os que estavam no bunker reagiram de uma maneira inesperada. Muitos, após colocarem discos na vitrola, puseram-se a dançar e alegremente, confraternizaram com os demais, como se um esmagador peso, repentinamente, tivesse sido removido de cima deles. O fascínio de feiticeiro que Hitler exercera sobre eles cessara como que por encanto.
Depois do almoço, no dia 30 de abril, trancou-se com Eva Braun nos seus aposentos. Ouviu-se apenas um tiro. Quando lá penetraram encontraram-no com a cabeça estraçalhada à bala e com a pistola caída no colo. Em frente a ele, em languidez de morta, estava Eva Braun, sem nenhum ferimento visível. Ela ingerira cianureto, um poderosíssimo veneno. Eram 15:30 horas! Rapidamente os dois corpos, envolvidos num encerado, foram removidos para o pátio e, com o auxilio de 180 litros de gasolina que os embeberam, formaram, incendiados, uma vigorosa pira. Ao redor deles, uma silenciosa saudação fascista prestou-lhes a homenagem derradeira.
Berlim, o mausoléu de Hitler
Lá fora, a capital do IIIº Reich também ardia num colossal braseiro. Monumentos, prédios públicos, palácios, edifícios, casas, praças e avenidas, pareciam um entulho só. Os sobreviventes, apavorados com o terrível rugido dos canhões e das bombas, que lhes soavam como se fosse o acorde final do “Gotterdammerung”, o wagneriano “Crepúsculo dos Deuses”, acreditavam que a hora do apocalipse chegara. Berlim, com 250 mil prédios destruídos, virara um cemitério lunar. A grande cidade, transformada em ruínas, assemelhava-se a um fantástico mausoléu erguido pela barragem de fogo aliada para sepultar uma das monstruosidades do século. Hitler suicidara-se aos 56 anos, e o seu regime, que segundo seus propagandistas mais pretensiosos deveria ser o Reich de Mil Anos, naufragou com ele doze anos depois dele ter assumido a Chancelaria da república alemã, em janeiro de 1933.
O médium do Anticristo
Texto parcial, de Hermínio C. Miranda publicado na revista O Reformador de Março de 1976.
Um jovem de cerca de 20 anos vagava pelo Museu Hofburg, em Viena, como de costume. estava deprimido como nunca. O dia fora muito frio, pois o vento trouxera o primeiro anúncio do outono que se aproximava.
Ele temia novo ataque de bronquite que se aproximava. Ele temia novo ataque no seu miserável quartinho numa pensão barata. Estava pálido, magro e de aparência doentia. Sem dúvida alguma, era um fracasso.
Fora recusado pela Escola de Belas – Artes e pela Arquitetura. As perspectivas eram as piores possíveis. Caminhando pelo museu, entrou na sala que guardava as jóias da coroa dos Hapsburg, gente de uma raça que não considerava de boa linhagem germânica. Mergulhado em pensamentos pessimistas, nem sequer notou que um grupo de turistas, orientado por um guia, passou por ele e parou diante de um pequeno objeto ali em exibição. -“Aqueles estrangeiros – escreveria o jovem mais tarde – pararam quase em frente ao lugar onde eu me encontrava, enquanto seu guia apontava para uma antiga ponta de lança.
A princípio, nem me dei ao trabalho de ouvir o que dizia o perito; limitava-se a encarar a presença daquela gente como intromissão na intimidade de meus desesperados pensamentos. E, então, ouvi as palavras que mudariam o rumo da minha vida: “Há uma lenda ligada a esta lança que diz que quem a possuir e decifrar os seus segredos terá o destino do mundo em suas mãos, para o bem ou para o mal.” Como se tivesse recebido um choque de alertamento, ele agora bebia as palavras do erudito guia do museu, que prosseguia explicando que aquela fora a lança que o centurião romano introduzira ao lado do tórax de Jesus (João 19:34) para ver se o crucificado já estava “morto”. Tinha uma longa e fascinante história aquele rústico pedaço de ferro.
O jovem mergulharia nela a fundo nos próximos anos. Chamava-se ele Adolf Hitler. Voltou muitas vezes mais ao Museu Hofburg e pesquisou todos os livros e documentos que conseguiu encontrar sobre o assunto. Envolveu-se em mistérios profundos e aterradores, teve revelações que o atordoaram, incendiaram sua imaginação e desataram seus sonhos mais fantásticos(…)
Vejamos outro exemplo: O relato da Segunda visita de Hitler à lança, narrada pelo próprio.
Novamente a sensação estranha de perplexidade. Sente ele que algo poderoso emana daquela peça, mas não consegue identificar o de que se trata. De pé, diante da lança, ali ficou por longo tempo a contemplá-la:
· Estudava minuciosamente cada pormenor físico da forma, da cor e da substância, tentando, porém permanecer aberto à sua mensagem. Pouco a pouco me tornei consciente de uma poderosa presença em torno dela – a mesma presença assombrosa que experimentara intimamente naquelas raras ocasiões de minha vida em que senti que um grande destino esperava por mim.
· Começava agora a compreender o significado da lança – escreve Ravenscroft – e a origem de sua lenda, pois sentia, intuitivamente, que ela era o veículo de uma revelação – “uma ponte entre o mundo dos sentidos e o mundo do espírito”.
As palavras entre aspas são dos próprio Hitler, que prossegue:
“Uma janela sobre o futuro abriu-se diante de mim, e através dela vi, num único “flash”, um acontecimento futuro que me permitiu saber, sem sombra de dúvida, que o sangue que corria em minhas veias seria, um dia, o veículo do espírito de meu povo.”
Ravenscroft especula sobre a revelação. Teria sido, talvez, a antevisão da cena espetaculosa do próprio Hitler a falar, anos mais tarde, ali mesmo em frente ao Hofburg, à massa nazista aglomerada, após a trágica invasão da Áustria, em 1938, quando ele disse em discurso:
“A Providência me incumbiu da missão de reunir os povos germânicos…com a missão de devolver minha pátria 1 ao Reich alemão. Acreditei nessa missão. Vivi por ela e creio que cumpri.”
Tudo começara com o impacto da visão da lança no museu. Já naquele mesmo dia, em que o guia dos turistas chamou sua atenção para a antiqüíssima peça, ele experimentou estranhas sensações diante dela. Que fascínio poderia ter sobre seu Espírito – espetacular ele próprio “aquele símbolo cristão ? Qual a razão daquele impacto? Quanto mais a contemplava, mais forte e, ao mesmo tempo, mais fugidia e fantástica se tornava a sua impressão.”
“Senti como se eu próprio a tivesse detido em minhas mãos anteriormente, em algum remoto século da História – como se eu a tivesse possuído, como meu talismã de poder e mantido o destino do mundo em minhas mãos. No entanto, como poderia isto ser possível? Que espécie de loucura era aquele tumulto no meu íntimo?”
Hitler dedicou-se daí em diante ao estudo de tudo quanto pudesse estar relacionado com o seu fascinante problema. Cedo foi dar em núcleos do saber oculto, que se poderia provar pelas suas leituras habituais, pois seus assuntos prediletos eram a história de Roma antiga, as religiões orientais, ioga, ocultismo, hipnotismo, astrologia… Parece legítimo admitir que tenha lido também obras de pesquisa espíritas, porque os autores não especializados insistem em grupar espiritismo, magia, mediunismo e adivinhação, e muito mais sob o rótulo comum de ocultismo.
Sim, Hitler estudou tudo isso profundamente e não se limitou à teoria; passou à prática. Convencido da sua missão transcendental, quis logo informar-se sobre os instrumentos e recursos que lhe seriam facultados para levá-lo a cabo. O primeiro impacto da idéia da reencarnação em seu espírito o deixou algo atônito, como vimos, na sua primeira crise espiritual diante da lança, no museu de Hofburg; logo, no entanto, se tornou convicto dessa realidade e tratou a sério de identificar algumas de suas vidas anteriores. Esses estudos levaram-no ao cuidadoso exame da famosa legenda do Santo Graal, de que Richard Wagner, um dos seus grandes ídolos, se serviu para o enredo da ópera Parsifal.
Hitler foi encontrar nos escritos de um poeta do século XIII, por nome Wolfram von Eschenbach, a fascinante narrativa da lenda, cheia de conotações místicas e simbolismos curiosos, que captaram a sua imaginação, porque ali a história e a profecia estavam como que mal disfarçadas atrás do véu diáfano da fantasia.
Mas, Hitler tinha pressa, e, para chegar logo ao conhecimento dos mistérios que o seduziam, não hesitou em experimentar com o peiote, substância alucinógena extraída do cogumelo mexicano, hoje conhecida como mescalina. Sob a direção de um estranho indivíduo, por nome Ernst Pretzsche, o jovem Adolf mergulhou em visões fantásticas que, mais tarde, identificaria como sendo cenas de uma existência anterior que teria vivido como Landulf de Cápua, que serviu de modelo ao Klingsor na ópera de Wagner.
Esse Landulf foi um príncipe medieval (século nono) que Revenscroft declara ter sido “the most evil figure of the century” – a figura mais infame do século. Sua influência tornou-se considerável na política de sua época e, segundo Ravenscroft, “ele foi a figura central em todo o mal que se praticou então”.
O Imperador Luiz II conferiu-lhe posto que o situava como a terceira pessoa no seu reino, e concedeu-lhe honrarias e poderes de toda a sorte. Landulf teria passado muitos anos no Egito, onde estudou magia negra e astrologia. Aliou-se secretamente aos árabes que, apesar de dominarem a Sicília, respeitaram seu castelo, em Carlata Belota, na Calábria. Nesse local sinistro, onde se situara no passado um templo dedicado aos mistérios, Landulf exercia livremente suas práticas horríveis e perversas que, segundo Ravenscroft, deram-lhe a merecida fama de ser o mais temido feiticeiro do mundo. Finalmente, o homem que o Imperador Luiz II queria fazer Arcebispo de Cápua, depois de elevá-la à condição de cidade metropolitana, foi excomungado em 875, quando sua aliança com o Islam foi descoberta.
Ravenscroft informa logo a seguir que, a seu ver, ninguém conseguiu exceder Wagner em inspiração, quando este coloca, na sua ópera, a figura de Klingsor ( ou seja, Landulf) como um mago a serviço do Anticristo.
Aliás, muitas são as referências ao Anticristo no livro do autor inglês, em conexão com a trágica figura de Adolf Hitler.
Mas Hitler acreditava-se também uma reencarnação de Tibério, um dos mais sinistros dos Césares. É fato sabido hoje que ele tentou adquirir ao Dr. Axel Munthe, autor de O Livro de San Michele, a ilha deste nome, que, em tempos idos fora o último reduto de Tibério, que lá morreu assassinado. O Dr. Munthe se recusou a vender a ilha porque ele próprio acreditava ter sido Tibério, o que não parece muito congruente com a sua personalidade. Aliás, as especulações ocultistas (usemos a palavra) dos líderes nazistas estão cheias de fenômenos psíquicos e de buscas no passado. Goering dizia, com orgulho, que sempre se encarnou ao lado do Führer.
Hitler ainda se aprofundaria muito mais nos mistérios da sua missão tenebrosa.
Precisava receber instruções mais específicas, e , como sabemos, tudo se arranja para que assim seja. A hora chegaria, no momento exato, com a pessoa já programada para ajudá-la. Um desses homens chamou-se Dietrich Eckhart. Sua história á algo fantástico, mas vale a pena passar ligeiramente sobre ela, a fim de entendermos seu papel junto a Hitler, que, antes de encontrar-se com Eckhart, fizera apenas preparativos para o vestibular da magia e do ocultismo. Dietrich Eckhart era um oficial do exército, de aparência afável e jovial e, ao mesmo tempo, no dizer de Ravenscroft, “dedicado satanista, o supremo adepto das artes e dos rituais da magia negra e a figura central de um poderoso e amplo círculo de ocultistas – O Grupo Thule”. Foi um dos setes fundadores do partido nazista, e, ao morrer, intoxicado por gás de mostarda, em Munich, em dezembro de 1923, disse, exultante:
-Sigam Hitler! Ele dançará, mas a música é minha. Iniciei-o na “Doutrina Secreta”, abri seus centros de visão e dei-lhe os recursos para se comunicar com os Poderes. Não chorem por mim: terei influenciado a História mais do que qualquer outro alemão.
Suas palavras não são mero delírio de paranóico. Há muito, nas suas desvairadas práticas ocultistas, havia recebido “uma espécie de anunciação satânica de que estava destinado a preparar o instrumento, o homem inspirado para conquistar o mundo e liderar a raça ariana à glória”. Quando Adolf Hitler lhe foi apresentado, ele reconheceu imediatamente o seu homem, e disse para seus perplexos ouvintes: – Aqui está aquele de quem eu fui apenas o profeta e o precursor.
Coisas espantosas se passaram no círculo mais íntimo e secreto do Grupo Thule, numa série de sessões mediúnicas (Ravenscroft chama-as, indevidamente, de sessões espíritas…), das quais participavam dois sinistros generais russos e outras figuras tenebrosas.
Certa manhã de setembro de 1912, Walter Stein e seu jovem amigo Adolf Hitler subiram juntos as escadarias do museu Hofburg. Em poucos minutos encontravam-se diante da Lança de Longinus, posta, como sempre, no seu estojo de desbotado veludo vermelho.
Estavam ambos profundamente emocionados, por motivos diversos, é claro, mas, seja como for, o disparador daquelas emoções era a misteriosa lança. Dentro em pouco, Hitler parecia Ter passado a um estado de transe, “um homem – segundo Ravenscroft – sobre o qual algum espantoso encantamento mágico havia sido atirado” . Tinha as faces vermelhas e seus olhos brilhavam estranhamente. Seu corpo oscilava, enquanto ele parecia tomado de inexplicável euforia.
· Toda a sua fisionomia e postura – escreve Rovenscroft, que ouviu a narrativa do próprio Stein – pareciam transformadas, como se algum poderoso Espírito habitasse agora a sua alma, criando dentro dele e à sua volta uma espécie de transfiguração maligna de sua própria natureza e poder.
De tanto investigar os mistérios e segredos da história universal, em conexão com os poderes invisíveis, Hitler se convenceu de realidades que escapam à maioria dos seres humanos.
Faltavam ainda algumas peças importantes para consolidar as conquistas do jovem Hitler, o Papa daria a mão para alçar Adolf Hitler ao poder.
Quem suspeitaria de Adolf Hitler, quando ele compareceu, pela primeira vez, a uma reunião de meia dúzia de modestos dirigentes do Partido dos Trabalhadores?
Mais uma vez, fica provada a má influencia da crença na história.
Se Hitler, os outros líderes que existiam e que surgiram durante a ascensão do Partido dos Trabalhadores tivessem se baseado apenas na razão, teriam conseguido uma saída razoável para a crise financeira e não seria preciso mais este conflito insano que foi a segunda guerra mundial.
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