Post com a segunda parte da série, onde citarei o nome de algumas cidades e bairros que foram batizados com nomes indígenas e o significado destes.
Farei em ordem alfabética publicando uma letra por vez, ao final publicarei os termos que nossos colaboradores enviarem.
Sintam-se a vontade para participarem.

Municípios paulistas com nomes do idioma “Tupi” iniciados com a letra “B”

Bananal: A denominação vem do curso d’água que cruza a cidade, o Banani, que significa rio sinuoso. A povoação de Bananal foi fundada por João Barbosa de Camargo por volta de 1783. Ele construiu a capela do Bom Jesus do Livramento, considerado o marco inicial da localidade, elevada à condição de cidade em 1849.

Barirí: Muitos bandeirantes percorreram a região pelo Rio Tietê em busca de ouro no sertão de Cuiabá. Foi fundada pelo mineiro José Antônio de Lima, em 1833, com o nome de sítio do Tietê. O nome tem origem indígena e significa corredeira, encachoeiramento do rio. Passou a município em 12 de julho de 1891, ganhando o atual nome.

Barueri: O padre José de Anchieta foi o fundador da cidade, cujo nome tem duas interpretações: “flor vermelha que encanta”, em razão da flora às margens do rio Barueri Mirim; ou “barreira” ou “barranco”. Ganhou autonomia em 26 de março de 1949.

Batatais: Existem duas versões para a origem do nome. A primeira vem de Mbaitata, espírito que protegia campos contra os incêndios; A segunda está ligada as roças de batatas dos índios. O povoado surgiu em 1814 e um ano depois passou a se chamar Vila de Senhor Bom Jesus dos Batatais. em 8 de abril de 1875, virou cidade.

Bauru: Originou-se do Distrito do Espírito Santo de Fortaleza, por volta de 1976. A emancipação política ocorreu em 1º de agosto 1896. Há divergência em relação ao termo original. Pode ser corruptela de mabai-yuru, ou seja, forte declive, referência às cachoeiras e vales que cortam a região central da cidade. Outras hipóteses: Corruptela de upaú-ru, que significa rio das lagoas ou cesto de frutas.

Bertioga: É no canal de Bertioga que está situada a mais antiga fortaleza brasileira, o Forte São João. A localidade conquistou sua emancipação político-administrativa em plebiscito realizado no dia 19 de maio de 1991. Em outubro de 1992, foram realizadas as primeiras eleições municipais para prefeito, vice-prefeito e vereadores. Há duas versões para o nome da cidade: Corruptela de parati-oco, “casa das tainhas” ou de buriquioca, “buriqui = macaco e oca = casa, morada.

Birigui: Aglutinação de mberu = “mosca” + i = “diminutivo”, é uma referência aos insetos que atacavam os viajantes de passagem pela região. Foi fundada em 7 de dezembro de 1911, como distrito de Penápolis. Ganhou o statos de minicípio em 8 de dezembro de 1921.

Biritiba Mirim: Originário de Birityba, lugar de muitos juncos. Foi fundada em 5 de maio de 1873 por Benedito Antônio do Espírito Santo. Conquistou sua autonomia em 30 de dezembro de 1964.

Bocaina: Significa relevo ou entrada da mata. Quando de sua fundação, no século 19, chamava-se São João de Bocaina, em homenagem ao santo junino. Mesmo depois de emancipar-se, em 19 de dezembro de 1906, continuou com o nome do santo. Somente em 1938 passou a ter a denominação atual.

Boituva: Emancipada em 6 de setembro de 1937, a tranquila cidade de 35 mil habitantes é hoje conhecida pelo pára-quedismo e pelos abacaxis, mas já foi um local bem perigoso. Explica-se: boituva significa muitas cobras. Emancipou-se em 6 de setembro de 1937.

Borá: Um tipo de vespa muito comum na região deu origem ao nome. Em 1934, as familias Souza, Pregolato e Vedovati deram início ao povoado, que pertencia a Paraguaçu Paulista. Foi elevada à categoria de cidade em 31 de março de 1965.

Boracéia: O fundador é Eugênio Burjato que veio de Rovigo, na Itália, em 1895, e se estabeleceu na fazenda Floresta. Em 31 de março de 1938, foi criado o distrito de Floresta, que pertencia a Pederneiras. Passou a ser distrito de Itapuí e mudou a denominação para Boracéia, que é o nome de um tipo de dança indígena.

Em breve a terceira parte desta matéria, não percam.

Fontes:
Vocabulário Tupi-Guarani-Português – Prof. Silveira Bueno – Editora Éfeta.
Enciclopédia dos municípios brasileiros – IBGE
Jornal Diário Popular
Internet

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.