O Brasil chora a perda de sua Rainha do Rock

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Lino Tavares

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Dois dias após o Reino Unido ter coroado Rei Charles III, o Brasil chora a perda de sua ‘Rainha do Rock”, título merecidamente atribuído a Rita Lee, uma das artistas mais completas que nosso país conheceu, que com sua arte polivalente reunia em si as qualificações de cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz e escritora.

O Brasil chora a perda de sua  Rainha do Rock

Rita Lee Jones de Carvalho nasceu no dia 31 de dezembro de 1947, na cidade de São Paulo, tendo nos deixado portanto aos 75 anos de profícua existência, dedicada à arte de fazer pessoas felizes no embalo de suas lindas e trepidantes interpretações musicais. Foi uma musa dos anos de ouro da música popular, mesclando gêneros que a identificavam como uma cantora eclética. Entre eles, figuraram com intensidade ímpar o Pop Rock, o Disco, o New Wave, o MPB, a Bossa Nova e o Eletrônico.

Entrou para as paradas de sucesso sobressaindo-se com raro brilhantismo como integrante do Grupo “Os Mutantes”, entre os anos de 1966 e 1973. No ano seguinte, iniciou nova caminhada artística na Banda “Tutti Frutti”, que alcançou grande sucesso até 1978, a partir do que Rita Lee alavancou sua carreira solo, lotando casas de espetáculos e encantando multidões. Entre as canções mais famosas, figuram em seu apreciado repertório músicas como “Ovelha Negra”, “Mania Você”, “Lança Perfume”, “Agora só se fala em você”, “Baila Comigo”, “Banho de Espuma”, “Amor e Sexo” e “Flagra”, embalo frenético que fala dos tempos românticos em que, comendo pipoca ou chupando drops de anis, os casais de namorados trocavam afagos no escurinho do cinema. ( https://www.youtube.com/watch?v=fx5hbtk5-EM )

Rita Lee, a exponencial diva da música brasileira, que partiu, foi a quarta recordista em vendagem de discos no país. Muito querida no meio artístico, realizou shows inesquecíveis dividindo palco com Elis Regina, Gilberto Gil, Banda “Titãs” e outras expressões musicais.

Passou a viver na companhia do guitarrista Roberto de Carvalho em 1976, a quem dedicou amor e por quem sempre foi amada.. Sua maneira irreverente de ser gerou algumas controvérsias nos meios sociais, mas os eventuais senões que porventura tenham aflorado no seu cotidiano da fama não passam de um grão de areia perto do legado que ela deixou com sua arte magnânima, por conta da qual deve ter ido cantar e encantar no plano da felicidade eterna da outra dimensão.
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