Um casal, recém casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, a mulher reparou através de uma enorme vidraça que tinham na sala, que uma vizinha pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
– Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!
Provavelmente está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
– Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis brancos, alvissimamente brancos, sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
– Veja ! A vizinha aprendeu a lavar as roupas. Talvez a outra vizinha a ensinou porque, não fui eu quem fez isso.
O marido calmamente respondeu:
– Não, é que hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa vidraça!
Indicação do amigo José Felipe do blog Um Pouco de Tudo
Oi querido Giba,
Eu conhecia essa história, também. Adoro pensar nela quando ouço pessoas que se ocupam com a vida alheia e não sabem o que acontece dentro de sua própria casa. Algumas pessoas enxergam a vida sempre embaçada e por essa razão acham que tudo ao redor está embaçado e jamais admitem que o problema está apenas na própria visão, que um bom óculos (de bom senso e consciência) já resolveria parte do problema…
Grande beijo, meu querido.
Jackie
Olá meu amigo giba…
Eu já conhecia esta história, mas ela me fez lembrar aquela frase: "Tens a capacidade de ver o cisco que tem no olho do outro, mas não consegues ver a trave que tens no teu".
Abração meu amigo
Giba, podemos usar o que você escreveu para nossa vida cotidiana,é fácil julgar e condenar o outro. Como é forte o gosto para se cultivar maledicências, culpar os outros se eximindo de assumir responsabilidades. Em razão disso muita gente mente deslavadamente, acusa os outros, arma ciladas e, a todo custo, justifica sua própria situação e a mantém, ilusoriamente, convencida de se estar na direção certa. Já é uma subcultura perversa esta de justificar-se como bom na medida em que se desprestigia e encontra motivos, até mesmo falsos, para dizer que o outro não é e desmoralizá-lo. Não é este um defeito peculiar da cultura contemporânea. Na verdade, esta é uma deficiência, de certo modo congênita, ao coração humano. É muito fácil criticar e emitir juízos a respeito dos outros e das situações em estando, enquanto juiz, de fora e distante. Por isso mesmo, as pessoas são extremamente exigentes quando se trata de reclamar os próprios direitos, de serem atendidas nos seus pleitos ou na satisfação de suas necessidades. O mesmo não se verifica, tendo como referência a si mesmo, quando diz respeito a respostas dadas aos outros, comprometimentos, a verdade dos fatos e uma generosidade solidária.
A própria Bíblia nos fala :‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (Lc 6).
Boa metáfora essa de hoje Giba, abração amigo (Rose)