Lino Tavares

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Nossa entrevistada da série é a consagrada atriz Alcione Mazzeo, uma das mais versáteis intérpretes das artes cênicas brasileiras, com uma trajetória plena de êxitos, no curso da qual viveu  personagens que marcaram época nas telenovelas, minisséries e programas humorísticos que fizeram história nos tempos áureos das grandes produções nacionais.

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Primeiros Passos

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A geminiana Alcione Mazzeo aniversaria no dia 27 de maio, sendo natural de Santos, cidade portuária do interior paulista, onde viveu até os 15 anos com sua família de origem ítalo-portuguesa, mudando-se depois  para o Rio de Janeiro. Trabalhando como secretária, fez curso de manequim-modelo e mais tarde de interpretação.

Iniciou sua caminhada de sucesso num comercial realizado em 1969, a partir do qual conquistou importante espaço no cenário artístico, posando para editorias de revistas brasileiras como Desfile, Manchete, Pais e Filhos, bem como para calendários, capas de discos, fotonovelas  e outros veículos de divulgação. Em ascenção na carreira, desfilou nas passarelas do Brasil, México e Canadá.

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A Atriz

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A primeira aparição de Alciono Mazzeo no cinema aconteceu em 1972, participando do filme “Amante muito louca”, de Denoy de Oliveira, sucedendo-se exitosas participações em outras doze produções cinematográficas. Sua estreia na televisão deu-se no Fantástico, atuando em vídeo clipes. Após ter participado como substituta de uma atriz que havia faltado ao ensaio do programa “Moacyr Franco Show”, na Globo em 1970, Alcione foi contratada pelo diretor Augusto César Vanucci, passando a atuar no programa humorístico Satyricom, estrelado por Jô Soares, Agildo Ribeiro e Berta Loran. Foi o despontar de uma brilhante trajetória artística que se consolidaria ao longo de 18 anos na maior rede de televisão do país, com presença marcante em novelas como Ti Ti Ti – 2010 (Madame Jezebel), Tocaia Grande – 1995 (Irmã Auxiliadora), O Portador – 1991 (Rosário), Salomé – 1991 (Sarita), Cambalacho – 1986 (participação especial), Guerra dos Sexos – 1983 (Arlene), Sol de Verão – 1992, Baila comigo – 1981 (Laura) e Pecado Rasgado – 1978 (Vera). Enriquecem-lhe também o currículo inesquecíveis atuações em diversos seriados e em quase todos os principais programas de humor da televisão brasileira. sempre contracenando com atores e comediantes emblemáticos, como poderá ser visto nos vídeos postados no final da entrevista.

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A Comediante

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Predestinada a fazer história ao lado de Chico Anysio, maior produtor humorístico do Brasil e um dos maiores do mundo, a jovem paulista de Santos soube aproveitar com maestria a chance que lhe foi proporcionada através de uma participação especial, em 1975,  no quadro “Azambuja & Cia”, o que inspirou o mestre do humor nacional a criar para a comediante que despontava o personagem Maria Angélica, a namorada de Bozó, um dos integrantes de seu elenco de figuras caricatas da ficção televisiva. De temperamento irreverente, com um jeito de garota sapeca que tinha resposta para tudo, a aluna Maria Angélica,  da “Escolinha do Professor Raymundo”, tornou-se fator de IBOPE no mais popular programa de humor do país, sendo imitada por crianças” que se vestiam como ela, usando “maria-chiquinha” no cabelo e repetindo o bordão “que nem eu”, conforme observa a entrevistada, respondendo a uma das perguntas desta matéria. Ao se tornar parceira conjugal de Chico Anysio, com quem teve o filho Bruno Mazzeo (ator), Alcione Mazzeo inseriu em sua história o fato de ter sido  na ficção a  “namorada” da criatura (o personagem Bozó) e na vida real a esposa do seu criador (Chico Anysio), algo raro e talvez inédito  no meio artístico.

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Teatro

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No teatro, Alcione Mazzeo estreou em 1977, na peça intitulada “Camas redondas para casais quadrados”, atuando ao lado de destacados atores como Lúcio Mauro, Wanda Lacerda e Felipe Carone. Depois disso estrelou mais doze espetáculos teatrais, em que se incluem peças como “Grande Motel”, “Um caso de amor” e “Alfredo virou a mão”.

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Ação Comunitária

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No ano 2000, a atriz formou-se em Turismo, pela UniverCidade. Nessa área, fez curso profissionalizante de “guia de turismo”, com registro na Embratur, tendo  trabalhado  no receptivo do Rio de Janeiro, bem como voluntária na Audioteca Sal & Luz, na qual realizou a gravação de aulas para deficientes visuais.

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Alcione Mazzeo Responde

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Você considera que nasceu atriz ou abraçou essa arte como uma opção de vida ?

 R: Nasci atriz, mas não tinha essa consciência ou pelo menos não achava ser possível isso. O mundo artístico sempre me atraiu.   Quando criança, em Santos,  eu escrevia para artistas (até hoje guardo fotos que ganhei na época do Carlos Zara, Eva Wilma, Daniel Filho com Dorinha Duval, entre outros. Quado o Moacyr Franco ia lá com artistas de novela fazer campanhas “ QUATO VALE UMA CRIANÇA”,  “FAÇA UMA CRIANÇA SORRIR”,  entre outras,  e similares às que o Renato Aragão faz hoje,  eu me juntava e ficava ajudando. E quado sozinha em casa, me vestia com as roupas de minha mãe;  aí eu pegava uma cestinha, enchia com florzinhas roxas aveludadas e ficava cantando “La Violetera”. Tinha um intenso mundo anterior.  Sonhava com os musicais da TV Excelcior … mais tarde quando fui chamada para participar de uma regravação de  SAMBA DE BRANCO, já sabia a música de cor. Mas eu era de uma cidade pequena, família classe média, então jamais poderia imaginar que iria um dia me transformar numa artista.  Adulta,  fiz curso de modelo no Senac à noite, porque trabalhava durante o dia como secretária. Fui de agência em agência de publicidade levar meu book até me transformar numa modelo bem sucedida.  Até que comecei a ser chamada pelo cinema e TV.
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Em que momento você percebeu que queria ser atriz ?

R: Quando a carreira de modelo não mais me satisfazia, não mais me preenchia ! Então resolvi aceitar os convites para o cinema e a TV e fui  fazer curso com o Jayme Barcellos, Cláudio Cavalcanti, Rubens Correia  e,  na CAL, com o Sérgio Brito. Só que não tive condições de completar o curso da CAL por falta de tempo. Também fiz aulas de voz com a Glorinha Beuttenmüller e de expressão corporal.
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Sua iniciação profissional no mundo da moda, como manequim-modelo,  e depois no das artes cênicas teve o incentivo de seus pais, ou eles tinham outros planos em relação ao seu futuro ?

R: Nasci numa pequena cidade do estado de São Paulo, filha de mãe portuguesa, portanto tive uma educação bastante  rígida. Aos 15 anos, me mudei com eles para o Rio de Janeiro.  Aqui me formei como professora e comecei a trabalhar como secretária. Quando meus pais decidiram se mudar para São Paulo, resolvi ficar, arcando com meu sustento. Não pude aceitar nenhum convite para publicidade enquanto morava c/ eles. Depois, quando fiz meu primeiro comercial, minha mãe parou de falar comigo !,Foi um período muito difícil mas também desafiador !! Foi quando tive oportunidade de “crescer”, de fazer minhas próprias escolhas,  de me libertar das muitas amarras e ir atrás da concretização de meus sonhos.
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No início da carreira de atriz, você pautou sua trajetória artística inspirada em alguém desse meio ou buscou sempre um estilo próprio na arte de representar  ?

R: Penso que era intuitiva.
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Sendo uma atriz e comediante polivalente, você se sente mais à vontade atuando no cinema, no teatro ou na televisão ?

R: São totalmente diferentes, complementares, um aprendizado constante. O TEATRO possibilita uma troca imediata com o público, a descoberta é diária, o prazer inenarrável ! A TV me proporcionou mais experiência. O CINEMA é bem mais difícil para mim por ser uma atuação mais contida.
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Em que papel você se sente mais à vontade, no de boa gente ou o de vilã ?

R: O que vale é o texto,  a história, todo contexto da personagem. O prazer está em poder se exercitar através de bons textos, num bate-bola com bons atores, sob uma direção inteligente e criativa.
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O que lhe agrada mais,  atuar nas produções humorísticas ou nas telenovelas e minisséries ?

R: Gosto de variar. Como nos últimos anos fiz mais humorísticos, adoraria fazer agora minisséries e novelas.
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Você  decora seus textos com facilidade ou só consegue isso com exaustivos ensaios ?

Depende do texto. Alguns são fáceis de decorar, são bem escritos. Outros precisam de uma adaptação (quando o diretor permite, claro) ao linguajar do personagem. No teatro, é mais fácil memorizar durante as marcações, mas na TV e no CINEMA o texto já tem que ir decorado.
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De todos os personagens que representou,  você elegeria algum como o mais marcante na carreira ?

R: MARIA ANGÉLICA, a namorada do Bozó, na TV. Eu vinha de uma carreira bem sucedida como modelo e só aparecia de forma sexy nos programas de humor, SATYRICOM, VIVA O GORDO etc. Me caracterizei, coloquei óculos fundo de garrafa, mudei a voz. Muita gente não me reconheceu – fui muito elogiada, as crianças passaram a me imitar. Todos repetiam o bordão  “QUE NEM EU !”. Foi o personagem de maior sucesso do programa do Chico Anysio em 1978. Está comprovado no livro da Silva Gontijo :  A VOZ DO POVO – O IBOPE DO BRASIL. Com ela ganhei respeitabilidade como atriz.
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Você atuou em programas que marcaram época, como a Praça da Alegria, de Manoel de Nóbrega. Acredita que naqueles tempos áureos do humorismo brasileiro havia mais criatividade do que nos dias atuais ?

R: O humor hoje é totalmente diferente ! Tanto no passado como nos dias de hoje, tem humoristas fantásticos e programas com muita criatividade.
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Em comparação com países culturalmente mais evoluídos do que o Brasil, como Estados, França e Itália, você acha que a televisão brasileira pode ser considerada top de linha ou ainda não chegou lá ?

R: Top de linha SIM !! Novelas maravilhosas exibidas no mundo todo  e séries como “FELIZES PARA SEMPRE?” que são um primor.
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Do ponto de vista pessoal e profissional, Chico Anysio foi um grande parceiro de sua vida  Como você definiria esse “monstro sagrado” da televisão brasileira ?

R: Não foi um grande parceiro na minha vida, embora eu seja muito grata a ele pelos filhos que me deu: Maria Angélica e Bruno. Eu o defino como um grande ator, o maior criador de tipos de todos os tempos não só no Brasil, mas como no mundo todo.
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Chico Anysio levava para casa aquele senso de humor que denotava em seus quadros, ou no ‘aconchego do lar’ fazia o tipo chefe de família sério e durão ?

R: Nem uma coisa, nem outra.  Ele era sério, mas com bom senso de humor . Tinha hábitos simples, gostava da casa cheia de amigos, de jogar “cabecinha” na piscina, de ir ao sítio em Piraí, de escrever até tarde no escritório dentro de casa e de vararmos a noite jogando cartas sozinhos.
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Em qual dos personagens que lhe foram confiados por Chico Anysio, você se sentia mais identificada consigo mesma ?

R:Apenas a ingenuidade da Maria Angélica, porém em menor dose.
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Que personagem você considera como o mais significativo da carreira, inlcuindo  telenovela, programa de humor, cinema e televisão ?

R:Acredito que apenas a Maria Angélica, conforme expliquei anteriormente. .
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Sendo uma mulher reconhecidamente bonita, você diria que a beleza ajuda, atrapalha ou não faz nenhuma diferença para a conquista de um espaço nos meios artísticos ?

R: Abre portas mas as vezes rotula e fica difícil fazer os papeis que se gosta.
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Os artistas sempre foram alvo dos chamados fofoqueiros de plantão, levantando questões em torno de suas vidas pessoais. Você se incomoda com isso ?

R: Odeio  mentira e me incomodo muito quando inventam mentiras envolvendo e prejudicando terceiros.
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Como você encara o assédio dos fãs, quando a reconhecem e pedem autógrafo nos lugares públicos por onde anda ?

R: É muito gostoso quando os fãs se aproximam elogiando meu trabalho, pedindo autógrafo e selfies. Adoro ser lembrada !!   Só não gosto quando o momento é inapropriado, como num velório etc.
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Você viveu o auge da carreira de atriz no tempo do Regime Militar. Alguma vez se sentiu prejudica  por algum tipo de censura da época  ?

R: O auge da minha carreira de atriz foi na década de 80
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No seu ponto de vista, o que gratifica mais o artista, dirigir ou atuar  ?

R: Nem todos os atores dirigem !!
Penso que para quem dirige, a visão é mais completa, as decisões e responsabilidades são maiores.
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Além do talento,  que outros requisitos você considera fundamentais para o artista  se tornar bem sucedido na carreira de ator ?

R: Mais do que talento é preciso ter SORTE, vocação e determinação.
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O fato de o  cinema brasileiro nunca haver conquistado um Oscar, a seu ver, é uma injustiça ou ainda lhe falta condições para isso ?

R:Faltaram condições para isso, apesar de termos grandes filmes e estarmos nos aproximando cada vez mai. Mas não assisti ao “O Sal da Terra” de Wim Wender e Juliano Salgado que tem chance de ganhar o prêmio de melhor documentário.
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Que momentos você destacaria como os mais importes da carreira  ?

R: O sucesso do personagem Maria Angélica e minha estréia no teatro.
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Quem você considera como maior  ator e maior atriz brasileiros de todos os tempos ?

R: Chico Anysio – grandioso seu trabalho no filme “Tieta do agreste”, do Cacá Diegues. Irene Ravache  –  Super natural, carismática, generosa, encantadora … amo ela ! Mas são tantos !! Como a Marilia Pera, que é uma atriz completa, já que canta e dança; Fernanda Montenegro …
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Quem imita quem, na sua visão de artista: a arte imita a vida ou é a vida que imita a arte ?

R: As 2 visões estão certas !!  Quantos  filmes, novelas, personagens, sentimentos, não são inspirados em pessoas e situações que existem ou já existiram? Mas também, moda, atitudes, comportamentos expostos nas artes são imitados na vida.
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Você concorda com a tese de que os bons ou maus exemplos das artes cênicas podem influenciar positiva ou negativamente no seio da sociedade ?

Quando há discernimento, não !! Mas os fracos são influenciados sim.
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Como encara a polêmica proposta de legalização da maconha,  uma avanço ou um retrocesso ?

Um avanço !! Já existem provas que a maconha beneficia pacientes de câncer, Aids, glaucoma e esclerose múltipla.
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Criou-se o Ministério da Cultura, alguns anos atrás, para apoiar as artes de forma mais específica. Ele tem cumprido seu papel, nesse aspecto, ou deixa a desejar ?

Deixando muito a desejar !!
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Ao contrário do cinema, que ainda não ganhou um Oscar, a televisão brasileira tem sido laureada no exterior. Considera que ela atingiu o ápice, ou ainda precisa evoluir em alguns aspectos ?

R: Conforme falei anteriormente,  a TV BRASILEIRA é top de linha, tem elevado nível de qualidade! Sua tendência é se aprimorar e crescer ainda mais. Será, com certeza,  a melhor do mundo !!
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Bate-Bola com Alcione Mazzeo

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Amigo de fé ?  Meu anjo da guarda

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Eterna lembrança ?  Momentos felizes, pessoas especiais que passaram por minha vida.
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Para sempre grata ?  À vida que permitiu que me mantivesse  “inteira”, apesar de tantas  adversidades,  com boa  saúde emocional e física.
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Momento mágico ?  Nascimento de meu filho.
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Para esquecer ?  Traições de pessoas próximas a mim. Épocas de desemprego,  quando precisei trabalhar em outras áreas para me sustentar.
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Grande sonho realizado ?   Conhecer a Itália. E de quebra, conheci a Grécia no ano seguinte !!
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Um sonho futuro ?  Retornar aos palcos, fazer teatro com bom texto, colegas  e diretor.
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Decepção ?    Guardo no meu íntimo; mas tomo cuidado para não ficar uma pessoa amarga.
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Surpresa boa ?   Quando meu neto me liga.
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Superstição ?  Tinha muitas, mas hoje apenas evito passar o sal diretamente a outra pessoa; prefiro largá-lo na mesa.
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Religião ?  A que ajuda o ser humano se tornar melhor.
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Cor preferida ?   Amarela
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Número de sorte ?  27 (o que mais gosto);   5  (o que os astrólogos dizem em relação. a meu signo)
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Prato preferido ?  Lagosta.  Por ser cara, como pouco.  Em segundo lugar:  salmão, lula, legumes.
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Principal Hobby ?   Cinema.  Quando tenho dinheiro, viajar.
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Time do coração ?  Fluminense
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Cantor ?  A voz doce de Gary Moore, Milton Nascimento, Bob Marley, Sam Smith
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Cantora ?   Gal Costa, Simone, Bette Midler, Carly Simon…Um parêntesis:  sou grande admiradora do Wynton Marsalis. Esta madrugada tive insônia às 4 hs  – liguei a TV e lá estava ele tocando blues com o Cat Stevens. Simplesmente geniais !!
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Personalidade mundial ?  Papa Francisco
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Personalidade  brasileira ?  Zilda Arns    (e se puder escolher uma segunda,  Nise da Silveira)
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Deus ?  A força que nos move, que nos fortalece e faz com que sigamos adiante com serenidade e determinação.
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Quem é Alcione Mazzeo ? Um ser humano procurando se aprimorar sempre, se libertando das crenças impostas no passado, buscando ter mais tolerância e compreensão pelas diferenças dos outros. Uma profissional que ainda acredita poder se realizar no ofício que a torna feliz.
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Projetos na carreira ?   Retornar aos palcos e  às novelas.
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Foto de Família

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Alcione Mazzeo com o filho, também ator, Bruno Mazzeo
Alcione Mazzeo com o filho, também ator, Bruno Mazzeo

Vídeos de Alcione Mazzeo contracenando…

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Com Chico Anysio (Bozó)

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No Flashback da Lady Kate – Zorra Total

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Com Natália Tímber (Irmã Duce) -1982

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Com Natália do Vale – Baila Comigo (1981)

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Com Mussum – Os Trapalhões

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Com Miele – Praça da Alegria

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Com Jô Soares – Tangarella (1976)

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Com Renato Aragão (Didi) e Chico Anysio

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1 thoughts on “Alcione Mazzeo. Uma História Vitoriosa de Luz, Câmera e Ação

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