A adoção de check-list oriundo da aviação tem mudado essa realidade na saúde

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Por Gabriel Redondano, Diretor-Presidente do GCA (Grupo Care Anestesia)

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Desde a publicação do clássico “Err is Human: Building a Safer Health System” nos Estados Unidos, em 1999, muita coisa evoluiu na assistência em saúde.

Outra comparação assustadora foi a expressão “A Jumbo jet a day”, em que ilustrava que todo dia faleciam nos hospitais dos EUA – com eventos relacionados a serviços de saúde – o equivalente a um avião lotado de passageiros.

A adoção de check-list oriundo da aviação tem mudado essa realidade na saúde. A medida vem evitando catástrofes e aumentando a segurança dos pacientes que procuram um hospital.

O check-list ou pausa cirúrgica é realizado sempre antes de começar uma cirurgia, e somente após o “ok” em todos os quesitos, a anestesia e a operação podem começar. Ou seja, o “avião” está seguro para decolar e já temos ideia de como será o pouso.
Nesse check-list é evidenciado e dito em voz alta para todos da sala:

Qual é a cirurgia a ser realizada; se envolve lateralidade (lado direito ou esquerdo); se os aparelhos de anestesia estão testados e calibrados e se todos os recursos estão disponíveis (monitores, ventiladores, bombas de infusão, anestésicos, drogas de emergência, aparelhos para manuseio da via aérea, pressão da rede de gases); se a aspiração está disponível caso o paciente tenha alergias; quais medicamentos ele toma; qual a técnica anestésica será empregada – de acordo com o consentimento prévio do paciente –; se o jejum está adequado; se nos pós-operatório será necessário uma vaga de UTI ou enfermaria; qual  tipo e dose de antibiótico indicado; se há outras necessidades (reserva de componentes sanguíneos, exames de imagem e/ou patologia), além de reforçar os cuidados hemodinâmicos necessários.

Só após destas confirmações iniciamos os procedimentos. A qualquer alteração, corrigimos e depois reiniciamos. É sempre recomendável trocar um pneu com o carro parado do que em movimento.

 

Sobre o autor

A adoção de check-list oriundo da aviação tem mudado essa realidade na saúde
Dr. Gabriel Redondano, diretor-presidente do GCA – Grupo Care Anestesia (Fotografo: Matheus Campos)

 

Gabriel Redondano

Médico-Anestesista

Título Superior em Anestesiologia/TSA

Título Europeu em Anestesia e Terapia Intensiva (EDAIC)

Certificado de Atuação na Área da DOR (CAAD)

Pós-Graduado em Terapia Intensiva e Anestesia em Pacientes de Alto Risco
MBA em Gestão, Inovação e Serviços em Saúde, Diretor-Presidente do GCA (Grupo Care Anestesia)

Coordenador do Departamento de Anestesia do Vera Cruz Hospital – Campinas

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Informações à Imprensa

Jornalistas Kátia Nunes (19) 99751-0555 e Carlo Carcani Filho (19) 98877-2109
E-mail: comunicacao@antoniamariazogaeb.com.br

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