Armas de fogo - Urubus na carniça 3

 

(*) Por: Lino Tavares  

Fazer uma consulta popular e não respeitar o resultado consagrado nas urnas, pretendendo repeti-la pouco tempo depois, com o intuito de acomodar as coisas ao sabor de interesses escusos, é uma desfaçatez que merece repúdio unânime por parte da população.

A consulta sobre a fabricação e uso de armas no Brasil já foi feita e o povo optou pela manutenção do direito de ter acesso, na forma da lei, a esse instrumento de defesa pessoal e familiar.

Esse fato deveria, pelo menos no decorrer de duas décadas, ser considerado capítulo encerrado nessa polêmica discussão.

Se o negócio é repetir consulta popular até conseguir o resultado almejado, então que se faça um novo plebiscito para saber se o povo prefere, atualmente, o regime presidentecialista ou parlamentarista. Afinal, muita coisa mudou desde aquela consulta nesse sentido até os dias atuais.

Como por exemplo, a corrupção à solta nos primeiros escalões do Poder Executivo.

Não resta dúvida de que aqueles grupos pró desarmento (dos outros) estão usando descaradamente uma espécie de “chantagem sentimental social”, aproveitando o triste espisódio da matança de estudantes em Realengo, Rio de Janeiro, como urubus na carniça, para saciar seu apeitite de manipular a indústria de armas com fins inconvessáveis.

(*) Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor.

4 thoughts on “Armas de fogo – Urubus na carniça

  1. psicologia de gaveta says:

    não acho que a discussão sobre a legalização ou não é uma daquelas dicotomias que não levam a lugar algum, o tiro tem que ser dado no alvo certo e não é esse…

  2. Lino Tavares says:

    Como autor da matéria, sinto-me gratificado pela aquiescência àquilo que escrevi, por parte dos leitores lúcidos e bem intencionados que comentam aqui sobre o tema. Infelizmente, vive-de hoje no país das acomodações político-eleitoreiras, onde tudo é pensado e feito em função do poder pelo poder, que, em última análise, nada mais é do que manter as chaves dos cofres públicos nas mãos, para extorquir dinheiro, via impostos lesivos e negociatas, dos que realmene trabalham, produzem e cumprem as leis – inclusive as injustas – desta Nação de grupelhos dominantes.
    Grande abraços a todos
    jornalista Lino Tavares

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