Maria Marçal
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Como é difícil identificar sentimentos de amor.
Ao mesmo tempo em que saudável é nos sentir vivos e apaixonados, descobrimos não ser o bastante para termos a certeza de sua presença.
O coração da gente exige, clama por respostas de comportamento coroadas por afinidades entre os amantes e quando pipocam divergências em pequeninas coisas, o coração esbarra no sinal vermelho.
A convicção da existência do amor não se dá por regramentos.
Ou é ou não é.
O mais complicado é se descobrir em dúvida, questionando a todo momento sobre o futuro da relação, se a nossa felicidade está realmente ali.
Desistir, por conseguinte, implica em retornar ao ponto inicial, refazendo rotinas solitárias, buscando pelos amigos antigos, desfrutando domingos no parque à vista de casais aparentemente felizes. Esse não é um processo fácil.
Por outro lado, quando se tem a certeza no coração que o sentimento presente nos faz bem, feliz e em paz há que se dizer:
– Muito obrigada!… “é teu, somente teu, meu coração.” descansando nessa decisão.
Em ambos os casos nada nem ninguém interpreta melhor as certezas do coração, do que aquele que se preocupa em acertar.
