Aécio Cesar

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            Você alguma vez já parou para pensar que os desequilíbrios espirituais são portas escancaradas para as moléstias da alma que, afetando-a, atacará consideravelmente o corpo somático o qual, nele, a alma se asila temporariamente? E não é só isso. Essas moléstias continuarão além-túmulo caso o seu interessado – o próprio espírito – em vida física, não recuperar o seu estado de equilíbrio.

            Nesse sentido, vamos ver o que o Instrutor Eusébio em sua preleção nos diz a respeito relatado por André Luiz no livro “No Mundo Maior”, na mediunidade de Chico Xavier: “Existe, porém, nova ameaça ao domicílio terrestre: o profundo desequilíbrio, a desarmonia generalizada, as moléstias da alma que se ingerem, sutis, solapando-vos a estabilidade”. Ante o caos que instalou nas almas reencarnadas nesse mundo, difícil uma analogia quanto à veracidade do Homo sapiens em construção mental ante a Essência Mental do Seu criador.

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Existe, porém, nova ameaça ao domicílio terrestre: o profundo desequilíbrio, a desarmonia generalizada, as moléstias da alma que se ingerem, sutis, solapando-vos a estabilidade

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            Não somos tão crianças assim para não entender o mecanismo de equilíbrio que rege toda a Criação. Sofre por conveniência. Sofre com consciência de causa. Sofre por não aceitar as leis espirituais que nos governam. Sofre porque o homem não admitindo seus erros, venha cometer mais atrocidades indiferente com a Justiça Divina que com o seu pulso forte, age segundo a mentalidade desse quanto daquele espírito em estágio de aprendizado no mundo. Sofre porque o homem ainda não sabe rezar, quanto menos vigiar. Sofre porque a vigilância de seus pensamentos está no semelhante e não em si mesmo. E assim, sofre, continuadamente toda a Humanidade, uns poucos, outros muito…

            Devemos convir que mesmo sendo o passado, um tempo que se foi, ele, consideravelmente, vem interferindo – e muito – no modus vivendusda população global. Se a Lei do Esquecimento rege a memória de todo um Universo de almas em exílio, essa mesma Lei deixa respaldo por onde seus réus se afetam e desarmonizam com o semelhante, trazendo à tona maldades vividas que, de tão fortes, caracterizam-se como tumores sociais descerrando dos pródromos morais, a gana da violência incontrolável.

            A corrida pela moeda contagia corações ainda enlutados pela semântica de vida fácil – nociva – que proporciona a cicuta a todos os despreparados da sorte; as paixões regem um mundo dissoluto de vontades incontroláveis onde prazer passageiro se mescla com promiscuidade interesseira; inteligências voltadas para o bem são inibidas em atuarem em favor dos menos favorecidos. Prolonga-se, dessa forma as enfermidades morais em que as Potestades Superiores, que auxiliam a personalidade humana, procura, em vão, sanar esse câncer em que as sociedades não desejam dissipar.

            O sofrer humano ainda não é página virada no contexto comportamental de qualquer sociedade. Vale uma atenção mais redobrada de todos nós, principalmente porque, se estamos interligados pelos vórtices da fraternidade genuína, se apenas um de seus membros venha tentar burlar a sintonia com o Criador, todo o seu composto vem a desequilibrar originando a lepra das discórdias. Pesado, não? Mas não sou eu quem diz. Os fatos estão aí ao vivo e a cores. Concorda comigo, Leitor Amigo?

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