Autoria da crônica, Maria Souza – Porto Alegre – RS
Quem te mandou aqui camisinha, nesta hora?
Será que não vês que estás vestindo quem quer ficar despido?
Não fiques aí na espreita de minha cama…
Não te quero..
Não te necessito!
É tão difícil entenderes que nos atrapalhas na hora que preciso
estar só com meu amor?
Não tens noção que meu amado só quer a mim e mais ninguém agora,
porque foi tão difícil chegarmos aqui, deixando dissabores,
desencantos, preocupação com o desejo …
tudo planejado para ninguém interferir nessa cumplicidade a dois!
Ah, que queres aqui camisinha?
Cai fora!
E ela, sensatamente, escutou minhas lamúrias sem dizer nada…
Apenas saiu de seu lacre e correu para meus dedos, pedindo aconchego,
se posicionando de forma a me proteger do mundo maligno que se torna
quando não está nos vestindo.
Olhamos para aquela ‘capinha redentora’ contrariados e ela foi incisiva,
insuportavelmente intolerante, para conosco e fez a sua parte…nos envolveu com saúde mental e física para percorreremos outros tantos paraísos de amor!
Agora que meu sublime amor foi embora, fico a pensar:
Santa Camisinha … que bom que não me destes ouvidos naquele momento!
Que bom que não deixastes morrermos por amor.
Um beijo, amiga.
Devo-te uma.
Eu sabia que o talento de Maria Marçal marcaria mais um gol de placa, ainda neste domingo, com uma seugnda pulicação. Essa, além de ser um bom entretenimento como leitura, tem seu valor social e cultural, por enfocar algo que é vital: o uso do prevervativo no relacionamento amoroso. Parabéns, mais uma vez.