Aécio Cesar

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            Você Leitor Amigo, estaria pronto para deixar o corpo físico se a morte viesse lhe buscar hoje? Certamente que não, pois que estamos muito apegados à família, aos amigos, à nossa posição na sociedade a qual fazemos parte, nas nossas coisas conquistadas com tanto sacrifício…

Você Leitor Amigo, estaria pronto para deixar o corpo físico se a morte viesse lhe buscar hoje? Certamente que não, estamos muito apegados à família...

            Decerto não quero demonstrar aqui que nós espíritas somos insensíveis. Não. Mas o que prezo mostrar é o apego excessivo a certas coisas que nos rodeiam. Esse, sim, é o grande empecilho quando deixamos de viver e de conviver com aqueles que nos são caros quando o momento da libertação espiritual chegar até nós. Não aceitamos a morte como destruidora das nossas crenças tão bem alimentadas.

            Para termos melhor coerência quanto o assunto em baila, vamos ver o que Jerônimo, o chefe da equipe em que estava designada para participar do desencarne da irmã Adelaide disse a André Luiz, na psicografia de Chico Xavier no livro: “Obreiros da Vida Eterna: “Em tais circunstância, apenas lastimo aqueles que se agarram em demasia aos caprichos carnais”. É o que procurarei aqui enfatizar para melhor ser entendido no título escolhido por mim para essa semana.

            É muito trabalhoso e muitas vezes tão desanimador o esforço que fazemos no Além para desfazermos dessas mazelas que nos seguem Além-túmulo. A nossa consciência sendo o juiz intimorato da nossa razão não deixará passar em branco esse nosso apego bastante destruidor dos sentimentos, àqueles outros, os mais louváveis.

            Discorrendo sobre o assunto vamos ler o que o mentor acima citado nos esclarece a respeito: “… o semeador de espinhos não pode aguardar colheita de flores”.  De fato que durante toda a nossa passagem no mundo não nos preocupamos em enfatizar virtudes, sendo para nós, bastante difícil, quando reentrarmos novamente na pátria espiritual, esperarmos receber flores que não nos pertençam. Se o mal não está em nosso genoma, já é um sinal de luz em nosso coração, mas se também o bem não fora feito, isso poderá nos pesar muito quando o nosso julgamento vier a ser sancionado pela nossa razão.

            Para encerrarmos o pensamento do ilustre instrutor Jerônimo, vejamos essa outra citação: “Os que se consagram à preparação do futuro com a vida eterna, através de manifestações de espiritualidade superior, instintivamente aprendem todos os dias a morrer para a existência inferior”. Mais claro impossível, não é mesmo? Devemos em nossa rotina diária alimentarmos de pensamentos superiores para que a razão da nossa existência em um mundo de caos seja coroada de êxitos. Façamos, pois, o bem seja ele com quem for e como for. O importante é deixarmos um rastro de esperança àqueles que procurarmos assistir como se eles fizessem parte da nossa família consanguínea.

            Que essa ligação que nos prendem tão forte à nossa família seja estendida para os irmãos que são, na visão do Cristo como nossa família universal, abençoada mais diretamente pelas benesses do Criador, Pai Amoroso e Justo para com todos os Seus filhos. É isso aí. Concorda comigo, Leitor Amigo?

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