À População-Regional!
Nossa Região, pela posição geográfica que ocupa, basta olhar o mapa, é crucial para o ingresso no Estado, seja pela via rodoviária ou pelo Rio Uruguai. Pelo caminho reverso, somos passagem obrigatória para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso, bem como nossa vizinha do Prata, a República Argentina, a poucos 120 Km de Frederico.
De fato e de direito, somos um pólo regional, onde devem confluir forças de trabalho em prol do desenvolvimento econômico, social, educacional e político. Frederico tem várias Universidades, colégios e encaminhando-se, em futuro próximo, para um Hospital Regional, cuja complexidade, é diretamente proporcional ao benefício, em termos de atendimento médico e saúde pública, que a Região contará.
A cidade é cortada por importante estrada nacional, que leva riquezas, como dito, para todas as partes do País, e, até para o exterior, unindo mercados produtores e consumidores. Nossa gente tem como preocupação a qualidade de vida, onde se pode permanecer na rua, ou deixar um carro aberto, sem riscos de assalto. O valor que isso tem, pode ser medido pelos contrastes que as informações publicadas em jornal dão conta do clima de insegurança, que, de um modo geral, vive o País ou a Capital do Estado.
Já, com relação à atividade de prevenção, combate a incêndios e salvamentos, a nossa realidade ou de qualquer outro centro populacional, é exatamente a mesma. O Bombeiro, servidor público da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, que trabalha em Frederico, é o mesmo que trabalha em Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Capão da Canoa; Livramento, Bagé ou Rosário do Sul. Veste a mesma farda, usa o mesmo equipamento, se houver um acidente ou incêndio, em que sejam chamados a responder.
A “bota” utilizada para subir uma escada, com 30 metros de altura (a chamada escada Magirus), acoplada num caminhão com 20 ou 30 anos de uso, que não deve receber manutenção há muito tempo, é a mesma que pisa o solo da nossa cidade, anonimamente.
O valor que um Bombeiro recebe em Porto Alegre, salvo as verbas decorrentes de tempo de serviço e as que são devidas pelo exercício de parcas funções gratificadas, é igual ao que recebe, estando morando aqui. Com uma diferença crucial: nós convivemos, diariamente, com esses profissionais, lado a lado, pois podemos vê-los nas ruas da cidade, ou nas viaturas quando são chamados ao exercício funcional. Logo, trabalhar em grandes centros ou aqui, é exatamente igual. O que muda, é como a cidade trata esse profissional. É isso que faz a diferença. Aliás, toda a diferença!
Nossos profissionais, hoje, estão “acomodados”, num local destinado ao aquartelamento. Vejam que utilizei a expressão “acomodados”, ao invés de alojados ou instalados. O prédio é precário, insalubre, até. Nos dias de frio, sente-se a umidade que escorre de paredes e brota do chão. Como dormem esses profissionais, no aquartelamento, quando estão cumprindo escala de plantão?
Há local para treinamento adequando, para que o exercício não seja feito, somente, quando há ocorrências para serem atendidas? Há cozinha, banheiros e sala de instrução ou devemos contar com a improvisação, também? Todas essas questões são inquietantes e devem ser uma constante, até que saibamos se esses profissionais estão devidamente aquartelados. Há um início modesto de solução disso. Há uma verba pequena para o início de uma obra.
Mas, sabe-se que é 1/5 do valor necessário. Tem-se (100) mil e necessita-se de (500), para mais. É possível, que a obra custe em torno de 600 mil, para os padrões de hoje, Julho/2013, exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Como houve mobilização para vinda de um Hospital Regional para nossa pungente Região, há que ocorrer idêntico movimento, para construção e final implantação do Quartel do Corpo de Bombeiros, na nossa cidade.
As associações estão convidadas à participação, principalmente, aquelas que congregam os Municípios da Região e que são servidas pela corporação, pois usar o telefone, para chamar os Bombeiros todos sabem! Mas, como eles estão, é a grande questão, que se coloca!