Cleptocracia e Corrupção Endêmica

João Antonio Pagliosa

Recordo que em 1995, li uma matéria em revista (creio ter sido a Isto É), cujo foco era mostrar o nível de corrupção dos brasileiros.

A matéria enfatizava que nas empresas, organizações, instituições, o roubo é prática generalizada e ocorre com todos, isto é, desde o office boy até os diretores e patrões.

Li inclusive, entre aflito e atônito, que gerentes de instituições financeiras recebiam aulas/cursos para aprender a surrupiar dinheiro das contas de seus clientes, através da criação de códigos diversos e tais gerentes tinham na ponta da língua explicações mais ou menos convincentes, caso o correntista se manifestasse com queixas sobre seu saldo.

Como normalmente eram valores pequenos, (tipo vinte a duzentos reais) e realizavam estas operações duas a tres vezes por mês, com clientes cuja conta era bem “gorda”, o correntista dificilmente reclamava. E o banqueiro lucrava uma barbaridade (hoje mais que nunca), e vez por outra premiava seu gerente com um jantar elegante com “mimo” próximo a R$1,99. Uma beleza!

Hoje mais que nunca, sei que estão saqueando este país de forma absurda, e entendo que se não houver a participação efetiva de cidadãos de bem, não conseguiremos mudar este quadro caótico de roubalheira generalizada de bens públicos, em todas as esferas de poder.

É deprimente (para dizer o mínimo), aquilatar que a corrupção é REGRA nos negócios entre governo e empresas. Todos (quase sem exceção), querem levar vantagem em tudo e isto se tornou um hábito que sómente a consolidação de princípios éticos pode paralisar e defenestrar.

Ouço atordoado a nossa presidente Dilma falar de um jeito, e lamentavelmente agir no sentido oposto ao que propala. É incoerente, ilógico e insano!

Sim, somos a sexta economia do planeta mas somos também um povo carente de tudo. Nestes nove anos e pico de governo petista o governo fez o quê para a sua população? Criou o quê? Ajudou o quê? Fala sério!

Necessitamos reformas urgentes que permitam direcionar dinheiro grosso para nossa infraestrutura que está prá lá de capenga.   Cadê a reforma previdenciária que sangra nossos cofres? Cadê Garibaldi? Cadê a reforma trabalhista que está massacrando nossas empresas e comprometendo a vida de milhões de trabalhadores?

E nossos políticos sem visão queixam-se da crise mundial, da desaceleração chinesa, da valorização do real, e tantas outras cretinices/babaquices.

O que precisamos é reforma fiscal que defina o volume de arrecadação necessária para os gastos do governo, e uma reforma tributária que defina a forma de arrecadação para atender o programa fiscal.

Nossos políticos estão batendo cabeça, falam bobagens demais e são notórios nefelibáticos que não entendem o óbvio: O Brasil precisa crescer sem temer a concorrência de produtos estrangeiros e sem temer a taxa de cãmbio com qualquer moeda em relação a nosso real.

Quem é competente se estabelece, vira o jogo, cresce e progride. O resto é papo furado e conversa prá boi dormir.

Dilma quer acabar com a miséria no Brasil. Como fará isso com a atual performance governamental? Sem acabarmos com a cleptocracia e a corrupção endêmica que grassa soberba e altiva na mente de nossos políticos, o dinheiro nunca chegará a quem de fato precisa.

Dilma precisa agir como a rainha Ester (Antigo Testamento), isto é, precisa fazer o que tem que ser feito.Sem medo e sem vacilos periclitantes. Na minha opinião, ela não está fazendo. Cadê a gerente durona?

Com carinho.

João Antonio Pagliosa

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João Antonio Pagliosa é joaçabense e reside em Curitiba. Agrônomo pela UFRRJ em 1972, é especialista em Nutrição Animal com mais de 35 anos nesta atividade. É palestrante e escritor com artigos publicados em muitas revistas e jornais do país, é idealizador e administrador do blog Amor Em Profusão e é um pregador da palavra de DEUS.

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