Hoje comemoramos a Proclamação de uma República que – convenhamos – não deu certo. Fazendo um análise da Era Republicana, relativo ao período compreendido entre o Golpe de Estado de 1930 e os dias atuais, temos como saldo um resultado decepcionante, que remete a uma pergunta que não quer calar: “Qual foi a vantagem, afinal, que tiveram nessa República de Bananas e Maracutaias os brasileiros que trabalham e produzem, sem nunca terem se aproximado do poder, para usufruir de suas benesses, como fazem a maioria dos ocupantes de cargos eletivos e seus apaniguados “convidados especiais” dos cargos em comissão?
Nos dois Palácios que sediaram esse período conturbado da vida nacional (Catete e Planalto), os acontecimentos mais marcantes se expressam em sucessivos fracassos como:
A ditadura sucedida de um suicídio da Era Vargas;
A Renúncia nunca esclarecida de Jânio Quadros;
O Contra-golpe anticomunista com 20 anos de Regime de Exceção dos Presidentes Militares;
O mandato tampão pleno de fracassos do Governo Sarney;
O impeachment do pusilânime Governo Collor, mandato concluído na pacata gestão Itamar;
O duplo mandato com reeleição forjada através da compra de votos do Período FHC;
O duplo mandado enlameado na mais sórdida corrupção da abominável Era Lula/Mensalão;
E, finalmente, o atual governo da Presidente Dilma Rousseff, que desrespeita às regras gramaticais, “oficializando” a aberrante expressão Presidenta, fruto de uma fraude eleitoral escancarada, com uso da máquina pública, ora estagnado em todos os campos de ação da vida nacional, sobrevivendo da propaganda oficial e subliminar veiculada em programas televisivos jornalísticos e de entretenimento.
Suponho que algum leitor que conhece a fundo esse período republicano a que me refiro esteja a perguntar, depois de ler isso:
E a Era JK não conta?
Conta sim, mas deixei para aludi-la no final do texto, por se tratar de uma espécie de “oásis” em meio a esse deserto de “anomalias republicanas”, no qual se colheu bons frutos, como a entrada do Brasil na era industrial e a construção de Brasília, nossa linda e progressista capital que, afinal, não tem culpa de haver sediado tantas mediocridades presidenciais em tão curto espaço de tempo.
Lino Tavares
Pois Lino Tavares, lendo o seu bem lançado texto, que muito bem faz uma análise dos fatos e da história republicana deste PaÍs, e de forma minuciosa, tece comentários abalisados e verdadeiros a respeito do currículo político do nosso Brasil, que em úlitma análise até nos envergonha em dizer que somos brasileiros. Com exceção da era JK, como Você muito bem menciona, foi quem iniciou o desenvolvimento da nação, que só não teve prosseguimento adequado, em face das mediocridades dos demais presidentes da república que o sucederam.
Esta é a minha modesta opinião, salvo melhor juízo!
Delmar Antonio Marques de Souza.