Você alguma vez já parou para pensar que nem sempre a conduta que adotamos perante a sociedade que fazemos parte não é aquela em que procuramos, dela, esconder-nos mesmo em vão?
Não há outra pessoa a não ser nós mesmos em reconhecer a fundo nossos deslizes, nossos desequilíbrios, nossas afeições, nossos vícios, nossos segredos aqueles mais profundos. Deus sabe das nossas vicissitudes e somente Ele para fazermos redimir de todas elas. Mas para tal feito haverá um preço, não que Deus o peça, mas será imprescindível para nosso próprio bem.
Ouvimos nos noticiários ultimamente, tantas reformas a serem colocadas em prática não é mesmo? Haveria, pois, uma outra, a religiosa, ou simplesmente para nós outros, a reforma íntima. Sim, com a máxima urgência. Movimentos religiosos principalmente com relação à Doutrina Espírita, estão procurando infiltrar modismos que segundo os Evangelhos Sagrados não são de agrado do Criador.
Mas deixando essa cláusula para depois, vamos ao que no interessa nessa semana. Vejamos o que o instrutor Calderaro desta vez explica a André Luiz sobre o assunto relatado no livro “No Mundo Maior” pela mediunidade de Chico Xavier, precisamente no capítulo 8 – No Santuário da Alma: “O homem pela sua conduta pode vigorar a própria alma ou lesá-la”.
Através do nosso livre-arbítrio poderemos atrair para o nosso caminho sombra e/ou luz. Como disse anteriormente, cada um de nós sabe a pedra de tropeço que vez outra caímos conscientes dos erros praticados. Não adianta ir ao confessionário, beber água benta, fazer tratamento de passes se o enfermo não procura atentar para os seus erros e procurar corrigi-los. Eles voltarão novamente se o interessado não procurar se abster dos seus efeitos. Não se mata uma erva daninha apenas podando suas folhas, seus galhos e até mesmo seu tronco. Se as suas raízes não forem retiradas do solo, certamente um tempo depois ela irá brotar novamente. Assim é o homem com os seus vícios. Não adiantará apenas desejar, tem que fazer por onde esse desejo venha a se realizar.
Seguindo o raciocínio do instrutor acima: “O caráter altruísta, que aprendeu a sacrificar-se para o bem de todos, estará engrandecendo os celeiros de si mesmo, em plena eternidade”. Todo caráter tem um misto de bem ou de mal. Vencerá aquele em que o bem lhe alicerce as virtudes engrandecedoras da alma já consciente da sua reforma íntima. Não poderemos esconder por muito tempo aquilo que não somos perante as pessoas que nos cercam. Em alguma situação que nos calque os instintos apenas adormecidos, esse vulcão que existe dentro de nós soltará suas lavas em todas as direções machucando aqueles que conosco convivem. O escândalo é necessário, disse-nos Jesus, mas ai daquele que pelo escândalo vier a público. Sabemos, sim, dos nossos erros. Sabemos também dos meios de aliviar nosso fardo. Por que então teimamos em alimentá-los? A resposta é a mais clara possível: Porque gostamos de sofrer. A dor ainda não nos despertou para as realidades da vida. O mal em nós ainda impera. E haja lágrimas para lavar nossas almas dos nossos infortúnios muitos deles gratuitos, não é mesmo Leitor Amigo?