CPMF Nunca Mais 3*

Sou totalmente favorável à CPMF, desde que o desdobramento da sigla  signifique Corte Profundo nos Marajás do Funcionalismo. Não passa de grave atentado à economia popular querer criar uma fonte de arrecadação teoricamente destinada à Saúde, metendo a mão no bolso de quem movimenta dinheiro em contas bancárias, a maioria delas usadas de forma impositiva para o recebimento de salários ganhos com o suor de cada dia. Enquanto esses governos inoperantes tentarem resolver a ineficiência da máquina pública emperrada aumentando e criando impostos, este país continuará sendo não mais do que uma republiqueta gigante pela própria natureza, mas anã no seu arcabouço estatal falido e corrupto.

Disponibilizar verbas para gastos supérfluos, como esses direcionados às obras da Copa de 2014, além de outros despedícios do dinheiro público que bem conhecemos nesses governos perdulários que aí estão, e querer recriar taxas usurpativas como a CPMF, que não passam de “priraria bancária”, sob a cantilena enganosa de aplicar tais recursos na área da saúde, é de uma desfaçatez  inominável.

Com que direito e com que moral a presidente Dilma Rousseff se dispõe a “garimpar” na economia popular,  para bancar gastos vinculados a um Ministério que tem orçamento próprio, como os demais, enquanto assistimos indignados e sem ter a quem reclamar à cúpula dos três poderes da República elevar os próprios salários a patamares capazes de fazer inveja aos mais bem pagos executivos da indústria mundial de ponta. Essa proposta é um assalto programado ao bolso do contribuinte e precisa ser rejeitada no Congresso, sob pena de termos que torcer para que um fenômeno da natureza qualquer varra da face da terra as duas casas congressuais, que nos representam a peso de ouro e raramente defendem, como deveriam, os interesses de seus representados.

 

*Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor.

1 thoughts on “CPMF Nunca Mais

  1. Alvaro dias says:

    Também eu,meu prezado Lino,sou contra a criação deste novo tributo e posso lhe afiançar que com o mesmo empenho que dediquei a sepultar o monstrengo da CPMF, vou lutar para impedir sua ressurreição. È falácia dizer que falta dinheiro para a Saúde,pois,assim que derrubamos a CPMF, imediatamente o então presidente Lula promoveu mudanças na cobrança de outros tributos para suprir a falta do dinheiro que iria entrar com aquele imposto absurdo. E organismos do próprio governo já admitiram, mais de uma vez, que a arrecadação de impostos cresceu em números muito superiores ao que deixou de entrar com o fim da CPMF. Logo, o problema da saúde não é resultado da falta de dinheiro nos cofres do governo. Dinheiro tem até de sobra. O que falta, no governo da presidente Dilma, é competência e seriedade na aplicação dos recursos que estão sobrando. E m meu blog, publiquei a constatação de que a corrupção vem consumindo, por ano, quase duas vezes o valor que o governo arrecadava com a CPMF, como você pode constatar em
    Mas no que depender de nossos esforços, essa idéia não passará. O brasileiro já carrega nas costas uma das cargas tributárias mais altas do planeta para ter que suportar mais essa, rigorosamente desnecessária. Vou lutar contra a aprovação deste novo imposto,mesmo porque a arrecadação do governo cresceu mesmo depois do fim da CPMF,conforme provei em pronunciamento aqui no Senado cuja repercussão na imprensa coloco abaixo..
    Cordialmente,
    Alvaro Dias
    ——————————————————–
    http://www.senadoralvarodias.com
    Blog: http://www.alvarodias.blog.br
    ALVARO mostra que arrecadação cresceu sem a CPMF

    O Líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), usou argumentos técnicos, na sessão plenária desta terça-feira (06/09), para mostrar que o País arrecada mais sem a CPMF e que, portanto, o Congresso não pode aceitar a justificativa do governo de que um novo imposto é necessário para financiar os gastos da saúde:
    “Segundo o IBPT- Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – a arrecadação de impostos cresceu 17% depois do fim da CPMF. Além disso, o impostômetro de São Paulo registrou que o contribuinte pagou esse ano R$900 bilhões em tributos. Em 2009 essa marca foi atingida só em novembro. O fim da CPMF injetou na economia mais R$ 170 bilhões, o que promoveu o crescimento, a geração de renda e de receita pública. Não há razão para se criar um novo imposto”, justificou o Líder.

    Alvaro Dias destacou o histórico da criação da CPMF, as prorrogações, e as inúmeras promessas da então candidata Dilma Roussef, que garantiu na campanha não admitir a volta do imposto. “A presidente prometeu fazer a reforma tributária e o que vemos é o governo discutindo a criação de um novo imposto. A CPMF confiscou R$200 bilhões do bolso dos brasileiros e estes recursos não contrataram médicos, não compraram aparelhos cirúrgicos e não contribuíram para melhorar a saúde no País. O Senado se valorizou ao derrubar o imposto, e não pode voltar atrás. Seria um retrocesso imperdoável. Certamente essa proposta não passará no Senado Federal”, disse.
    O Líder também lembrou que, descumprindo um acordo com a oposição, o governo aumentou o IOF para compensar o fim da CPMF e que isso também não garantiu mais recursos para saúde. Segundo ele, os números do IBPT mostram ainda que a carga tributária chegou a 35,13% do PIB em 2010, uma alta de 0,72%. “O problema da saúde não é dinheiro; o problema é de competência, honestidade e administração. Certamente se tivéssemos isso, os recursos do orçamento não seriam devolvidos e teríamos a oportunidade de dar saúde de qualidade ao povo brasileiro”, observou.

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