Duas visões que, respeitosamente, se contrapõem:

Deísmo

– Embora esta postura filosófica admita a existência de um Deus criador, tenha ele o nome que tiver, questiona profundamente a idéia da reveleção divina e apega-se à concepção da inteligência humana como mediadora para a compreensão do Ser Superior, rejeitando a necessidade de religiões.

Para o deísta, Deus se revela não pelas religiões, mas pela ciência e pelas leis da natureza. Também para ele é difícil aceitar a visão de um deus antropomórfico, sendo-lhe mais digerível a idéia de “um princípio vital”, “uma força criadora” ou a “energia motriz do universo”.
Voltaire (1694-1778) filósofo francês, foi um Deísta. Acreditava que para chegar a Deus não se precisa ir à igreja, mas à razão
Voltaire (1694-1778) filósofo francês, foi um Deísta. Acreditava que para chegar a Deus não se precisa ir à igreja, mas à razão

Galileu Galilei
Galileu Galilei
O deísmo teve origem com os filósofos gregos da antiguidade, ganhando muita relevância a partir do movimento iluminista, com o apoio, por exemplo, de Galileu Galilei, Isaac Newton e outros.
 Isaac Newton

Isaac Newton
Um grande expoente do deísmo, Edward Herbert, assim o definiu:
“Deus existe, e pode ser cultuado pelo arrependimento e por uma vida de tal modo digna, que a alma imortal possa receber a recompensa eterna em vez do castigo”.

 

Afirmações deístas:

  • 1- Admito uma existência divina, mas com características distinta de religiões.
  • 2- Corroboro que a “palavra” de Deus são as leis da natureza e do Universo, não os livros ditos “sagrados” escritos por homens em condições duvidosas.
  • 3- Uso apenas a razão para pensar na possibilidade de existência de outras dimensões, não aceitando doutrinas elaboradas por homens.
  • 4- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de alguma religião.
  • 5- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
  • 6- Prefiro elaborar meus princípios e meus valores pessoais pelo raciocínio lógico, do que aceitar as imposições escritas em livros ditos “sagrados” ou autoridades religiosas.
  • 7- Sou um livre-pensador individual, cujas convicções não se formaram por força de uma tradição ou a “autoridade” de outros.
  • 8- Acredito que religião e Estado devem ser separados;
  • 9- Prefiro me considerar um ser racional, ao invés de religioso.
  • 10- O raciocínio lógico é o único método do qual podemos ter certeza sobre algo.
Thomas Paine, grande divulgador do deísmo nos Estados Unidos.
Thomas Paine, grande divulgador do deísmo nos Estados Unidos.

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Teísmo

 Deísmo X Teísmo 1
Teísmo  é um conceito filosófico-religioso desenvolvido para se compreender o Criador.
Esta linha filosófica entende que Deus é a única entidade responsável pela criação do Universo, onipotente e onisciente.
Esta expressão provém do grego Théos, com o significado de ‘deus’.

O Teísmo se contrapõe ao ateísmo, que não acredita na existência de uma divindade suprema.

A filosofia teísta foi disseminada em 1678, pelo filósofo e teólogo inglês Ralph Cudworth, integrante do movimento filosófico conhecido por Platonistas de Cambridge.
O Teísmo pode ser classificado em Monoteísmo – fé em um único Deus -; Politeísmo – devoção a diversas divindades – e Henoteísmo – quando se adora um Deus Superior, mas não se rejeita a existência de outros deuses.
Também pode ser dividido em:
Teísmo Cristão, que adota o monoteísmo e a crença em Deus como base primordial e transcendente do Cosmos; e
Monista, que vem do grego Monos, que tem o sentido de ‘um’, uma realidade una, tanto do ponto de vista metafísico, quanto no que se refere à analogia entre a psique e o organismo físico, contraposta à visão dualista e também ao conceito pluralista, ou seja, a uma realidade que se apóia na diversidade.
O Monismo está ligado à tradição filosófica ocidental dos pré-socráticos e filósofo mais importante desta escola é Spinoza, que afirma existir apenas algo a que ele denomina substância, da qual tudo deriva.
Este conceito está também associado a algumas práticas religiosas pagãs, como a tradicional e ancestral Wicca, que se vale desta idéia para justificar a criação do Universo por um único Ser, neste caso a Deusa-Mãe, já que eles acreditavam que apenas o feminino pode criar vida. Apenas algum tempo depois surgiria o culto a uma figura masculina, a de Deus.
Também se pode falar em Teísmo Aberto, uma prática teológica que retira de Deus suas principais características.
Seus seguidores defendem que o Criador não detém a completa ciência do futuro, o que Lhe permite modificar a todo instante suas idéias iniciais, conforme o desenrolar dos acontecimentos.
Charles Hartshorne
Charles Hartshorne

Este movimento provém da Teologia do Processo, nascida nos anos 30, da qual os principais ícones foram Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Cobb. É uma filosofia também conhecida como panenteísmo, a qual procura conjugar o teísmo e o panteísmo.

O Teísmo apareceu no século XVIII, em oposição aos movimentos conhecidos como ateísmo, deísmo e panteísmo. Ele fortalece a fé em um único Deus, Criador Supremo de tudo, transcendente, que se encontra constantemente ativo no mundo, nele intervindo quando necessário.
Os teístas igualmente crêem no poder da Razão, mas não rejeitam a revelação divina. Outro ramo conhecido do Teísmo é o agnóstico, que congrega aqueles que confessam não ser possível conhecer a Deus, mas mesmo assim acreditam ser possível ter fé no Criador, sem se preocupar com provas a seu respeito.
Do Teísmo também se desenvolve a Teologia, ciência que estuda Deus, no contexto de todas as religiões.
A admissão e crença na verdade revelada, por escrituras e outros meios, é a principal distinção entre o Teísmo e o Deísmo.
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Texto cedido por  Truques & Trecos

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