Nosso editor, dia desses, sugeriu-me a pauta sobre os “efeitos da política pública sem responsabilidade”, oportunidade onde demonstrei que se o aparato de controle interno e externo da administração funcionar, não há lugar para tal consequência, ou seja “os efeitos” da irresponsabilidade administrativa de um política de estado (união, estados e municípios).
Todavia, os exemplos que estão espalhados no País, como construção de metrôs, estádios para competições internacionais e diversas melhorias outras, como bairros inteiros que foram implementados para esses eventos, hoje, estão jogados a própria sorte.
Consequentemente, como essas obras públicas, claro, foram feitas com dinheiro público, sem a devida previsão de reembolso ou em orçamento, começou a faltar dinheiro para atividades típicas de estado, como pagamento de salário de servidores e fornecedores.
Iniciou-se, então, o odioso atraso no pagamento de salário, com posterior parcelamento dos mesmos, inclusive do 13º, o que é uma realidade há anos nas administrações. E, mais! Sem dinheiro, no meu estado, não há previsão orçamentária suficiente para despesas com gasolina das viaturas da polícia encarregadas do policiamento ostensivo.
Por outro lado, hospitais públicos da rede que atende pelo SUS, com mesma dificuldade, fecham ou reduzem o seu atendimento, posto que salários estão em atraso, fornecedores sem receber no prazo previamente contratado com a administração e as verbas federais devidas por repasse, por idênticos motivos, não vêm com regularidade prevista em lei.
Escolas municipais e estaduais têm experimentado várias dificuldades que vão da ausência de professores, conserto de instalações e distribuição da merenda, por vezes, única refeição do dia dos alunos, também, pela ausência de políticas públicas responsáveis. Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com endividamento excessivo e comprometimento da folha de pagamento; Rio de Janeiro, com obras faraônicas paradas, pois até o bairro olímpico criado está abandonado, exemplificam os resultados nefastos de uma administração e política pública irresponsável, cujo saldo é devedor para população que paga e não tem saúde, segurança e educação, mínima retribuição pelos impostos pagos anualmente.
Sugestão, então: fiscalize o cumprimento do orçamento público de seu município, através de seu vereador e cobre dele a atuação devida! Forte abraço!