O Corpo
Débora Gimenes/ Debby Lenon
Capitulo IV – Encontros e Desencontros
Debby estacionou o opala no subsolo do Sesc Pinheiros. Apressou-se para entrar no elevador. Apertou o segundo andar e observa a porta fechando enquanto batia seu pé esquerdo nervosamente:
– Esteja ai, por favor! – pensava a ruiva em voz alta.
Assim que o elevador abriu as portas ela saltou para fora. Caminhou a passos largos até a entrada da Comedoria1, pediu um cartão comanda para a recepcionista e caminhou até as mesas por trás de umas cortinas, o local era meio escuro e bem reservado, quase não havia pessoas lá. Saulo já a esperava. Assim que a viu, levantou-se e gentilmente a cumprimentou com um beijo no rosto e um abraço fraterno.
– Você está tremendo! – exclamou ele ao perceber que o frágil corpo feminino tremia incontrolavelmente.
– Saulo, acho que fui seguida! – disse Debby com a voz assustada.
– O que está acontecendo? No que você se meteu?
Debby resumiu o máximo que pode seu dia. Saulo olhava preocupado para a amiga. Parecia que havia emagrecido um pouco depois da separação e do lançamento do livro. Começou a fumar o que causara surpresa a todos, depois de tudo o que o avô e o pai sofreram por conta do cigarro, ela mesmo abominava tudo isso e do nada começou a fumar.
– Acho melhor você ir para casa, tomar um banho e descansar. Provavelmente não é nada, mas contatarei meus amigos para verificarmos a placa da SUV. Você lembrou de anotar espero?
– Sim. Está aqui! – esticou a mão que segurava o pedaço de papel em formato de coração.
– Você e esses post its em forma de corações, bichos, frutas… – Saulo divertia-se com as manias de adolescente da mulher de quase 40.
Eles se olharam e antes que Saulo pudesse dizer algo, Debby levantou e beijou a face do amigo.
– Preciso ir. Obrigada.
Debby saiu sem olhar para trás, conhecia a fisionomia do amigo e ele estava com a expressão de que tocaria naquele assunto novamente. Não queria mais discutir algo que não tinha solução, mexer na ferida só a machucaria muito mais. Ele fizera a escolha, ela aceitou e estava seguindo em frente, ou pelo menos tentando.
Assim que passou pela porta do restaurante sentiu que alguém a observava, não poderia ser Saulo, a sensação de perseguição a invadiu novamente. Ela sempre foi assim sentia quando corria perigo.
Entrou no elevador, um homem bem grande e musculoso entrou atrás dela. Ela ainda viu Saulo tentando alcançar o mesmo elevador sem sucesso. Ele apertou o botão e em seguida outro elevador parou no andar.
Assim que chegou ao estacionamento não conseguiu ver ninguém, a bolsa de Debby impedia que a porta do elevador se fechasse. Saulo demorou a agir. Assim que reconheceu o homem que entrou no elevador tentou avisar a amiga. Agora nem sinal dela, apenas o opala estacionado em frente aos elevadores.
1. Comedoria – Nome do restaurante do Sesc Pinheiros
Clique aqui e veja os outros capítulos do conto O Corpo
Complicado este sistema, mas para aquelas que aderem as cotas, espero que tenham aproveitado o dia, pois o próximo agora, só o ano que vem.
Só ano que vem se na véspera não vazarem as provas e gabaritos, como já tem se tornado hábito no ENEM e em concursos públicos.
Rose, calma… Sete dias passam logo ;)
beijos
Eduardo, você vai me deixar convencida.
A história tomou vida própria e não estou conseguindo seguir a trama que o Giba passou para mim.
Bom, nem eu mesma sei se morri. Também não sei quem é o corpo e muito menos quem pode ser o Batengi. Como disse tomou vida própria. Obrigada pelos comentários.
beijos
Debby mas um sinal de esperança para o meu novo filme, espero que não tenha morrido pois preciso do/a roteirista.
Muito obrigado isto é incrivel.
E agora ?
Gostaria de ter mais capítulos dessa novela por semana, rs
Fica difícil ter que esperar toda quarta, rs
Debby, vê se vc pode escrever mais capítulos, estou ansiosa…!
abraço
Rose*