Aécio César

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Companheiros de Ideal.

Jesus esteja conosco.

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            Disse Descartes: “Penso, logo existo”. E, se existo alguém me criou. Diante desse sublimado axioma, esse filósofo enuncia, na sua pureza ideológica, a certeza de uma Força Superior interagindo com os cabedais do raciocínio humano.

             É sabido que o homem na Terra se encontra numa escola de aperfeiçoamento mental, além, claro, de também ser ela um hospital, onde procurará ele mesmo, segundo as suas experiências vividas na carne, a própria liberdade de consciência.

             Diante da charrua de pensamentos – na maioria os mais insalubres – pelos quais se afinize, vem a criatura humana lutando para ludibriar a sensação de aprisionamento existente entre o meio em que se vive, com a automação psicológica em que singra compreender a sua participação na gleba de aprendizado tanto intelectual quanto religiosa do modo mais difícil e perigoso.

             Desde eras mais remotas, vem a Centelha de Deus auscultando seu mundo íntimo no sentido de Existência, onde ainda procura se adaptar de certa maneira aos conceitos dos grandes sábios que passaram pelo mundo enunciando a Individualidade Humana.

 Desde eras mais remotas, vem a Centelha de Deus auscultando seu mundo íntimo no sentido de Existência, onde ainda procura se adaptar de certa maneira aos conceitos dos grandes sábios que passaram pelo mundo enunciando a Individualidade Humana.

             Natural o é a disparidade de exemplificação, aqui no caso, a religiosa, que enxameia a carência espiritual da humanidade em busca de Luz em um mundo de expiações e provas, onde, por afinidade, se faz retraída no tentame do seu (re)aperfeiçoamento com seus sentimentos sublimes ainda os mais ocultos.

             Nesse sentido, muitas vezes barramos em metódicas discursões dirigidas ao conjunto Kardequiano que, em essência, se encontra irretorquível. Existem, pois, mentes brilhantes que procuram divisar com maior espiritualidade, esse mundo ainda visto e aceito como Maravilhoso e Sobrenatural, até mesmo para alguns espíritas.

             Com Kardec, a sensação de medo da morte fora sintetizada para melhor compreensão humana, porque para muitos ainda existem apenas o Céu e o Inferno externos.

             Mesmo para respeitáveis confrades que participam mais diretamente com o Mundo Espiritual através das suas mediunidades em aperfeiçoamento, ainda se encontram, estes, desorientados quanto ao convívio com certos irmãos encarnados e também desencarnados, aproveitando, a priori, da fragilidade mental de muitos representantes de diferentes Casas Espíritas, para semear o joio do desconforto em meio ao trigo já pronto para consumo.

             Diante das correntes espiritistas que com o passar dos anos vem crescendo em muitas Casas de Oração, observamos com certo assombro, como são fáceis de manusear determinadas mentes responsáveis pelo equilíbrio e sintonia com os planos mais altos da Vida.

             O entendimento humano na sua caracterização espírita, muito tem ainda que ser apreciado e analisado com rigor. Sua contemporização se molda, sem o saber, formas-pensamentos que são criadas justamente para inibir conceitos, aqueles com mais tino, que ainda não foram devidamente bem digeridos.

             Por isso a necessidade de reuniões especiais em que se pesem as controversas idealizações em que numa Casa, onde deveria reinar a justa harmonização entre seus componentes, é fato real a dissolução de até mesmo, trabalhos dignificantes originados pela Espiritualidade que tenta cotidianamente nos inspirar.

             A divisão utópica de interpretações textuais do Pentateuco Kardequiano deve chegar a um consenso comum. A Codificação ainda não dera sua última palavra quanto aos desígnios humanos e, principalmente espíritas, no que concerne a permuta de pensamentos entre os Vivos  do Além e os Vivos da Terra. Muita coisa há que ser ainda descoberta, analisada, bem interpretada.

             Voltando um pouco no passado, podemos observar pelo crivo da razão que nos tempos de Moisés, ele, como Legislador nato, não conseguiu reunir todo o conhecimento que tinha para passar aos irmãos à sua guarda, pois houve muitos que, rebelando contra os Ensinamentos Divinos, resolvessem adorar o Bezerro de Ouro.

 Sócrates, o inesquecível filósofo, tentou por várias vezes mostrar a dimensão espiritual que nos rodeia diante de um mundo ainda materialista que o caracterizava entre as grandes mentes do seu tempo. Foi forçado a beber cicuta.

 Jesus, o nobre Mestre que veio até nós, mostrando as nuance da Boa Nova, deixaram enraivecidos, judeus e romanos. E o seu fim foi a trágica morte na cruz.

Há mais de cento e cinquenta anos atrás estava conosco Kardec que nos trouxe conceitos onde substancializou um deus raivoso e punitivo, com outro, mais sensato com as suas Criações. Com isso, teve muitas perseguições principalmente àquelas religiosas a ponto de serem queimados em praça pública os seus livros compilados e forçado a mudar até de identidade.

Chico Xavier deu continuidade ao pensamento do ilustre professor de Lion, para ser mais bem analisado e estudado a contento pelas gerações que o precederam. Não nos falou tudo que sabia, pois que reconhecia a fraqueza humana nos seus dísticos pensamentos ainda presa a uma ideologia religiosa que ainda se faz marcante.

 Como podemos observar todos esses Arautos que conosco estiveram, sentiram na pele as dificuldades de entendimento humano, sem que para isso viessem a cruzar os braços. Ao contrário, procuraram de todas as formas, deixar um rastro luminoso onde seus pensamentos crísticos pudessem, em futuro próximo, serem mais bem revistos por outras mentes mais aperfeiçoadas no que tange aos conceitos religiosos, espirituais e mediúnicos.

 De sobejo, peço uma maior interação no que possam compreender sobre as nuances entre Kardec e Chico, para que possamos compreender melhor as Leis Máximas da Moral deixada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 Uma ideologia nos moldes da conscientização de todos quanto à familiarização do Evangelho Redivivo, demanda tempo de maturação, ou seja, melhor receptividade nos conceitos esposados em que se possa criar um vínculo, uma sintonia, um equilíbrio marcante entre o mundo espiritual com o mundo físico.

 Espero que compreendam melhor minhas palavras, e não as leve como reproche. Não estou aqui para desviar ninguém dos preceitos que a Doutrina Espírita nos convoca a transformação do homem velho, no novo mais espiritualizado. Assim sendo, deixo a vocês outro axioma sublime para melhor reflexão: “Conheça-te a ti mesmo”, Assim, doravante, possamos seguir com mais seguridade e amadurecimento de raciocínio e de fé raciocinados a proveitosa legalização do entendimento humano nas variegadas conceituações espíritas em permuta constante com a Espiritualidade Superior a que estamos sendo convidados a interagir.

 Que o Mestre seja nosso Guia.

Do servo humilde,

Silva Jardim.

 

(Mensagem recebida no culto do lar de Aécio César, no dia 10/08/2014 em Sete Lagoas)

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