Gilberto Vieira de Sousa
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Esta coletânea é uma singela homenagem aos amigos Lino Tavares, Delmar Marques e Maria Marçal
Com uma das melhores qualidades de vida do Brasil, a Capital dos gaúchos foi fundada em 26 de março de 1772 como Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais.
Em 1774, começou a tomar forma do jeito que a conhecemos: foram inauguradas a Praça XV, a Praça da Alfândega e a da Matriz.
Em 1821, ganhou o status de cidade pelo imperador Dom Pedro II. Devido a sua expansão, no século XX, Porto Alegre destacou-se entre as demais cidades do Rio Grande do Sul e projetou-se no cenário nacional.
Hoje, abriga eventos, integra o pólo turístico do Estado e é modelo de administração para o país.
A cidade de Porto Alegre tem como data oficial de fundação 26 de março de 1772, com a criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, um ano depois alterada para Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre. O povoamento, contudo, começou em 1752, com a chegada de 60 casais portugueses açorianos trazidos por meio do Tratado de Madri para se instalarem nas Missões, região do Noroeste do Estado que estava sendo entregue ao governo português em troca da Colônia de Sacramento, nas margens do Rio da Prata. A demarcação dessas terras demorou e os açorianos permaneceram no então chamado Porto de Viamão, primeira denominação de Porto Alegre.
Em 24 de julho de 1773, Porto Alegre se tornou a capital da capitania, com a instalação oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo. A partir de 1824, passou a receber imigrantes de todo o mundo, em particular alemães, italianos, espanhois, africanos, poloneses, judeus e libaneses. Este mosaico de múltiplas expressões, variadas faces e origens étnicas, religiosas e linguísticas, faz de Porto Alegre, hoje com quase 1,5 milhão de habitantes, uma cidade cosmopolita e multicultural, uma demonstração bem sucedida de diversidade e pluralidade.
Foi a ferro e fogo que Porto Alegre construiu a sua história. A capital do Rio Grande do Sul é também a capital dos Pampas, como é conhecida a região de fauna e flora características formada por extensas planices que dominam a paisagem do Sul do Brasil e parte da Argentina e do Uruguai. É nessa região que nasceu o gaúcho, figura histórica, dotada de bravura e espírito guerreiro, resultado de lendárias batalhas e revoltas por disputas de fronteiras entre os Reinos de Portugal e Espanha, a partir do século XVI.
As revoltas se sucederam, mas foi o século XIX que marcou o seu povo, após uma longa guerra por independência contra o Império Português. A chamada Guerra dos Farrapos se iniciou com um enfrentamento ocorrido na própria capital, nas proximidades da atual ponte da Azenha, no dia 20 de setembro de 1835. Mesmo sufocado, foi este conflito que gravou na história o mito do gaúcho e é até hoje cantado em hino, comemorada em desfiles anuais e homenageada com nomes de ruas e parques.
Com o fim da Guerra dos Farrapos, a cidade retomou seu desenvolvimento e passa por uma forte reestruturação urbana nas últimas décadas do século XVIII, movida principalmente pelo rápido crescimento das atividades portuárias e dos estaleiros. O desenvolvimento foi contínuo ao longo do tempo e a cidade se manteve no centro dos acontecimentos culturais, políticos e sociais do país como terra de grandes escritores, intelectuais, artistas, políticos e acontecimentos que marcaram a história do Brasil.
Prédio construído em 1772 – ainda existente e conservado ao lado do Palácio do Governo na Praça da Matriz. O segundo piso foi construído em 1860. Esta foto é de 1890.
Av. Salgado Filho (1930),onde esta o caminhão e o trator hoje existe um viaduto. Ao fundo o Ed. Vera Cruz em construção na época.
Palácio do Comércio ao fundo e o “Mercado Livre” – demolido e hoje estação do metrô no sub solo.
Bonde
1ª Corrida no Cristal – 1950
Boa tarde. Gostaria de saber se o sr. tem alguma coisa sobre a boate “AMERICAM BOITe” na Voluntarios da Pátria. Quando foi sua inauguração e fechamento definitivo? Algumas fotos internas da casa? abraços e obrigado. Parabens pelo belissimo trabalho;
Olá Paulo!
Eu ainda não tenho informações e material sobre a “AMERICAM BOITe”, mas já iniciei a procura e assim que tiver algo, eu publicarei e te aviso.
Obrigado por sua visita e comentário.
Sinta-se sempre bem vindo.
Grande abraço!
Amigo Gilberto,estou em fase de revisão de um livro que trata de um tema especial,as “conexões e inter-relações” entre dois bairros da cidade de porto alegre.
Encontrei duas imagens que me interessariam,inclusive para colocar no livro.
como devo proceder,visto que já as vi em outros museus,caso venha a ter vossa autorização basta citar tua fonte,e se a imagem de vosso belíssimo site não tiver boa resolução,como devo agir,buscar uma imagem melhor no arquivo do museu?Enfim,peço vossa orientação para que não cometa algo,que venha a ter problema ao vosso trabalho.
Para mim,como arquiteto e urbanista ,professor,pesquisador e escritor,é gratificante poder contar com fontes como a sua,pois dizem que,(…) “recordar é viver”,mas eu prefiro ainda dizer que,”recordar é reviver de fato”(PUPE,2013),é andar,circular,voar,por todos os lugares pelos quais ainda nos é possível,graças aos que preservam estas imagens,ou livros,para que possamos resgatar,algo de valor inestimável.
William, lhe respondi por e-mail, fico no aguardo de seu retorno.
Grande abraço
É com grande saudade que tomo conhecimento das fotos histórica da bucólica Capital do Rio Grande o Sul. O que me chama atenção é que precisou um paulista no naipe do amigo Gilberto Sousa, que que se deu o trabalho de compilar todas essas fotos e publicar em seu blog Giba.net para que tomássemos conhecimento desse belo acervo.
Examinado todas e cada uma das fotos vieram trazer à toda na minha mente, desde tenra idade, lembranças das mais significativas que tinham sido deletadas da minha memória!
Em face disso, só resta-me agradecer ao Amigo Gilberto Souza, por esse ato de grandeza e dedicação e apreço por nossa Valorosa Porto Alegre!
Caros Senhores
Possuo uma Cigarreira de Prata Contendo o Aplique da Confeitaria Rocco e a Frase “Ricordo di Nicola Rocco”
O aplique que representa o prédio da Confeitaria Rocco na cigarreira possui em suas fachadas a frase “Confeitaria Rocco”, somente observável com 10 x de aumento.
Por dentro ela é banhada a ouro.
Não observei nenhuma noticia sobre esta cigarreira.
Olá Wilson,
Eu nunca ouvi falar deste tipo de cigarreira que você comentou.
Você tem em suas mãos uma verdadeira preciosidade, que talvez tenha sido feita em quantidade limitada para presentear autoridades e/ou grandes empresários.
Cuide bem desta relíquia.
Grande abraço
Giba
Também tenho essa cigarreira e também gostaria de saber a história dela.
Sem falar que aquela animosidade improcedente que dizem existir entre gaúchos e paulistas, por causa dos antagonismos da Era Vargas, que culminou com a Revolução Constitucionalista de 1932, não passa de um mito, até porque São Paulo e Rio Grande do Sul respondem juntos por, no mínimo, 60% da produção industrial e agropastoril deste pais, e, no futebol, detêm juntos a expressiva maioria dos títulos internacionais de clubes do Brasil.
Gilberto, ilustre e carissimo amigo
Estava viajando, por esta razão sem internet na área, mas abrindo hoje meus e-mails fico emocionada de rever tanto sobre P. Alegre.
Sou natural da cidade vizinha, Guaíba – do outro lado do rio, mas te confesso que amo esta Capital. Adoro tudo porque aprendi a viver aqui. Lembranças maravilhosas me trazem estas imagens, principalmente da travessia do Guaíba (barcas), quando pequena ainda cheguei a usar com meus pais.
Como é gostoso relembrar…como é saudável constatar que as mudanças acontecem sempre e cada pessoa que no tempo ficou contribuiu para que gerações e gerações tenham a mesma emoção que me acometeu agora.
Obrigada, Gilberto.
Presentão aos gaúchos que guardarei como preciosidade.
Maria Marçal – Porto Alegre – RS
Maria,
Fico muito contente que tenha gostado, pois este sentimento que retratas é a confirmação de que valeu muito ter feito a publicação.
Obrigado por sua amizade.
Pela parte que me toca, muito tenho que agradecer ao amigo Giba por essa homenagem, que me remete aos meus 20 e poucos anos, quando vivi minha “boa vida de playboy dos anos 60”, em quase todos os recantos daquela Porto Alegre bucólica, vista nessas belas e históricas fotografias. Isso não é para apenas ler e esquecer, mas sim para salvar em arquivo, por se tratar de mais uma relíquia colocada à disposição da posteridade pelo gênio empreendedor do cidadão Gilberto Sousa. Valeu !
Caro amigo Lino, se eu fosse o gênio empreendedor que você diz, eu já estaria tão rico e famoso quanto você.
Obrigado por sua amizade valiosa.
Um grande abraço